Marie foi entrevistada para o Somos Todos Malucos, o podcast de António Raminhos. Ao episódio, o comediante deu o título de Marie Não Vai Com as Outras. Numa conversa sem tabus, ambos conversaram e partilharam experiências sobre consumo de drogas.
A ex-concorrente do Big Brother Famosos voltou a confessar que foi viciada em droga e contou como tudo se processou.”Eu vim para Lisboa e não sabia o que era cocaína. Eu não sabia. Quando eu fui viver para aquela casa, estávamos casualmente num jantar (…) havia muitos desequilíbrios emocionais e casualmente cheiraram cocaína à minha frente”, começou por contar. Quando os colegas de casa estavam sob o efeito de drogas, diziam à jovem nortenha: “tu pareces um refúgio.” Agora, Marie confessa: “foi muito pesado emocionalmente para mim lidar até porque eram mais velhos.”
Maria confessa: “Eu achava que tinha encontrado o sentido da vida”
Agora, reflecte que foi uma má fase da sua vida: “eu fiquei muito triste por todo o meu percurso este verão porque eu estava genuinamente feliz. Foi a melhor viagem da minha vida… eu achava que tinha encontrado o sentido da minha vida”, começa por contar. “Mas nunca foi sóbria. Eu sei que eram os cogumelos (droga)”, assume.
A tiktoker acrescenta pormenores da sua experiência: “Eu tomava todos os dias cogumelos. Eu cheguei a tomar nove gramas de cogumelos e a média é de dois. Eu lembro-me que (após consumir droga) estava no tempo da Virgem Maria”, confessa. Como os colegas a acompanham, garante que ninguém conseguia perceber “se tinham entrado num mundo paralelo.”
Depois de regressar à aldeia em que cresceu, Estela, na Póvoa do Varzim, a nortenha voltou a Lisboa e conta que andava sempre descalça pela revolta interna e os pensamentos eram sempre: “Por que é que as pessoas são assim? Por que é que não somos todos unidos?”
Marie fala dos pensamentos suicidas que a acompanham desde nova
A jovem tiktoker confessa que voltou a ter pensamentos suicidas: “que é uma coisa que eu tive desde muito cedo.” Além disso, acrescenta que pensou “já que eu estou assim, eu sei se continuar aqui, vou acabar por me matar. Eu digo isto de uma forma muito fria porque é uma realidade desde muito cedo. Eu sabia que ia acabar por me matar.”
Depois deste discurso, António Raminhos remata dizendo que, na sua perspectiva, Marie esteve sempre à procura de respostas. Marie confirma e acrescenta: “Em Lisboa encontras um bocado de tudo. Eu vinha da aldeia, não tinha contacto com esta realidade…. era inocente!”
O anfitrião da conversa acredita que “é um processo de aprendizagem e descoberta. Marie assume: “no fundo aquilo era um escape. Eu não tinha luz. Agora, se estiveres bem, rodeada das pessoas certas, não precisas mesmo destas coisas.”
Texto: Maria Constança Castanheira Fotos: Reprodução Redes Sociais
Siga a Revista VIP no Instagram
