No Casados à Primeira Vista, Dulce e João parecem estar a entender-se melhor. Perante a frustração da algarvia relativamente ao facto do concorrente não falar sobre o passado ou sobre a família, o especialista Eduardo Torgal desafiou o casal a um exercício para aprofundar a relação dos dois.
João falou sobre o passado e fez revelações chocantes. O participante de 55 anos revelou que pai lhe batia desde os seis anos de idade. “Era um miúdo muito alegre, fui criado num seio com muitos irmãos. Éramos dez”, começou por dizer.
“Tinha os mais velhos que me protegiam e tinha as mais novas. Eu protegia-as a elas e elas gostavam muito de mim. O meu papel era protegê-las. O meu pai mandava-nos ir apanhar a azeitona, algumas não queriam apanhar porque estava frio e eu obrigava-as, se não depois o meu pai caía em cima de mim”.
O reformado recordou que o progenitor lhe batia “por tudo e por nada”: “Eu apanhava. O meu pai batia-me por tudo e por nada (…) Na altura eu não entendia, odiava o meu pai, mas depois percebi que ele tinha razão. Tinha muitos filhos e para cuidar deles todos não é fácil”.
O nortenho relembrou um episódio que o marcou pela violência em questão e que quase lhe tirou a vida. João estava junto de uns amigos que resolveram roubar melancias e, apesar de não ter participado, acabou por levar por tabela.
Casados à Primeira Vista: João conta “Bateu-me até não poder mais”
“Eu fiquei cá fora, não pus nem um pé lá dentro do terreno do senhor, e foram dizer ao meu pai que eu também roubei as melancias. O meu pai ia-me matando. Chega a casa, sem saber a razão, começou a pôr-me lá na coisa de prender os bois e bateu-me, bateu-me até não poder mais”, disse, emocionado. “Ele queria que os filhos fossem à semelhança dele”, acrescentou.
A mãe também era vítima de violência doméstica, por tentar defender o filhos. “A minha mãe era quem nos defendia, mas ela metia-se no meio e depois também apanhava (…) Preferia apanhar eu do que apanhasse a minha mãe”, afirmou.
Perante estas revelações, Dulce, a esposa no programa, mostrou-se mais solidária com João. “Acho que este passado do João faz com que se feche e não queira falar dele”.
“Uma criança de seis sete anos estar a levar cacetada não é fácil. Mais tarde, quando cresci, percebi que ele não tinha bem a consciência do que estava a fazer”, confidenciou João nos depoimentos.
Veja o vídeo desse momento aqui
Texto: Inês Borges; Fotos: DR
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