Pedro Abrunhosa apanhou um comboio sozinho aos 13 anos com destino a Paris. A vontade de conhecer o mundo levou-o a sair com 300 escudos no bolso, equivalente a cerca de 90 euros. O cantor conseguiu sobreviver com esse dinheiro durante um mês.
No programa “Conta-me”, da TVI, confessou ao apresentador Manuel Luís Goucha que, mesmo assim, teve de comer ração de gato para se alimentar. “Ia com os tostões contados e, às vezes, ia comer comida de gato. Não nego comida de gato, que era a mais barata no supermercado”, contou Pedro Abrunhosa. “Nos últimos dias da viagem era preciso poupar dinheiro. Ou roubava umas bananas”, acrescentou o músico.
Essa viagem à capital francesa, feita em meados dos anos 1970, foi a primeira e aconteceu por o intérprete portuense, com 61 anos, sentir desde cedo uma enorme vontade de explorar outras realidades. “Os meus heróis viajaram. O Tom Sawyer, o Robinson Crusoé…”, enumera, referindo-se às personagens criadas por Mark Twain e Daniel Defoe, respetivamente. “Um dia, propus ao meu pai: ‘Espera aí: se estes viajam, porque é que eu não posso viajar?’ A minha mãe ficou aterrorizada e o meu pai disse: ‘Não. Tu deixa-o ir que ele volta’. E, de facto, voltei”, lembrou nesta entrevista com Goucha.
O prazer de explorar ainda hoje se mantém. Pedro Abrunhosa, diz, é um “veterano das viagens”.
Pode ver esta emissão do “Conta-me” aqui.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução Instagram
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