Ana Bola
Confessa sofrimento com a morte da mãe: “Esteve muito tempo a definhar”

Nacional

Ana Bola confessou a Manuel Luís Goucha que ainda sofre com a morte da mãe: “De repente, vemos uma pessoa a definhar”

Dom, 16/01/2022 - 12:53

Ana Bola confessou a Manuel Luís Goucha, numa entrevista transmitida na tarde deste sábado, 15 de janeiro, no programa “Conta-me”, da TVI, que ainda sofre com a morte da mãe. A atriz, que assinou recentemente contrato com o canal de Queluz de Baixo, perdeu a matrirca no final de 2019, depois de esta ter estado ao seu cuidado durante anos.

“Ser mãe da mãe é das piores coisas que podem acontecer. De repente, vemos uma pessoa a definhar… A minha mãe esteve muito tempo a definhar”, recordou Ana Bola. “Ela nunca teve Alzheimer profundo, era mais uma demência, mas é muito difícil. Deixou-me completamente de rastos. No último ano, em que pedi que ela sossegasse, porque era melhor para ela, não se imagina o que eu sofri”, completou.

“Se calhar, por a partir daí ter ficado órfã”

A atriz referiu ainda que, apesar de as saudades se irem esvanecendo com o tempo, este “não cura”. “Eu sofri com a morte do meu pai, mas muito mais com a da minha mãe. Não sei se por a ver definhar aquelas anos todos, se por haver uma relação umbilical. Ou então, se calhar, por a partir daí ter ficado órfã”, frisa.

É em alturas como essas que Ana Bola, de 69 anos, se vira para o mar, perto do qual vive há mais de 20 anos. “Quando eu estou aflita com alguma coisa ou quando estou triste, o mar ajuda-me. E peço-lhe coisas, sim. Como outras pessoas pedem a Nossa Senhora ou a Deus”, exemplifica. E acrescenta: “Já pedi ao Zé [Nabo, o marido, com quem está casada há 42 anos] para me deitar só a olhar para o mar”, admite, referindo-se às “fantasias mórbidas”, como lhe chama, que tem quando começa a pensar no avançar da idade.

“Tenho medo de envelhecer. Não é fácil, não acredito que seja fácil para alguém”, diz ainda. Ainda assim, o pior seria ver o marido partir: “Não quero ficar cá sem ele. Não me imagino. Claro que quando o facto é consumado, não sabemos como reagimos. Mas não quero cá ficar”.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução TVI

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