Lula da Silva, ex-Presidente do Brasil, foi condenado esta quarta-feira, dia 12 de julho, a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais numa das operações do processo Lava Jato.
“Entre os crimes de corrupção e de lavagem, há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a nove anos e seis meses de reclusão, que reputo definitivas para o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, pode ler-se na sentença.
O juiz encarregue do caso reforça ainda que “a prática do crime de corrupção envolveu o pagamento de 16 milhões de reais (o equivalente a 4,3 milhões de euros) a agentes políticos do Partido dos Trabalhadores, um valor muito expressivo. Além disso, o crime foi praticado num esquema criminoso mais amplo no qual o pagamento de propinas se tornou rotina”.
A participação de Lula da Silva, é, de acordo com as palavras do juiz, “elevada”.
“O condenado recebeu vantagem indevida em decorrência do cargo de Presidente da República, ou seja, de mandatário maior. A responsabilidade de um Presidente da República é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes”, afirma.
Condenado mas não é já
O juiz Sérgio Moro informou durante leitura da sentença que a prisão de Lula da Silva não foi pedida de forma a que este possa recorrer da condenação ainda em liberdade.
O ex-presidente do Brasil negou sempre desde o início das investigações, todas as acusações que davam conta do seu envolvimento no processo, chegando mesmo a declarar que estaria a ser vítima de perseguição por parte de membros da operação Lava Jato e do aparelho judicial brasileiro.
Fotos: DR e Impala
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