A nova gastronomia!

Hoje, os chefs dão prioridade aos alimentos da estação, aos produtos da época, nacionais e locais, mais frescos e saborosos, características que fazem toda a diferença no prato final. Elaboram menus a pensar na sazonalidade dos ingredientes, remetendo assim ao consumo sustentável, sem agredir o meio ambiente.

Estamos a viver num mundo que está em constantes mudanças, muda o meio ambiente, a política, a economia, a sociedade, mudam os hábitos… estas mudanças, ou ajustes, influenciam a população, e por consequência o consumo.

E a gastronomia também não escapa à mudança… seja no formato dos novos restaurantes, na tendência de consumo, no estilo de vida, os novos alimentos para substituir os que estão muito caros, em tempo de crise, por exemplo, ou que não são assim tão saudáveis. Estas novas tendências fazem parte de um cenário que anda à procura de soluções mais sustentáveis e que prioriza a “volta às origens”, de forma a combater o desperdício, na busca da sustentabilidade.

A cozinha orgânica e biológica, o respeito pelo cultivo dos temperos e ingredientes, o cuidado com a origem e a qualidade dos alimentos, sejam eles animais ou vegetais, são tendências que estão a dominar hoje o mundo da gastronomia.

Plantar legumes e ervas aromáticas em casa é um hábito que está a ganhar cada vez mais adeptos. Em muitos terraços e varandas dos apartamentos, seja em espaços pequenos, em vasos ou em canteiros verticais, foi criada uma pequena horta, com alfaces e ervas aromáticas, e até com limoeiros ou laranjeiras.

Muitos chefs estão a deixar a tecnologia de lado e a voltar ao passado, às suas raízes, à cozinha das avós e das memórias olfativas de infância, como uma viagem biográfica de carinho, amor e afeto.

Conceitos como “da horta para a mesa”, “cozinha e emoção”, “paixão e experiência”, “cozinhar com amor” fazem-nos refletir sobre as novas tendências gastronómicas. Estamos de volta a refeições mais simples, repletas de amor, afetividade e sustentáveis.

Texto: Virgínia Esteves