Mariana Guerra
“Sempre fui uma pessoa não monogâmica”

Mariana Guerra, licenciada em Media Studies, atualmente tem dois namorados. A jovem de 24 anos diz que o poliamor “não é uma questão de conversão. Neste momento, as minhas relações têm múltiplas e infidáveis pessoas que eu não consigo dizer ao todo quanto elas são. De momento, tenho dois parceiros fixos. Duas pessoas que se identificam como homens”.

E como funciona? “Só as pessoas que estão envolvidas numa relação poliamorosa é que poderão dizer como ela funciona. Eu tenho determinados números de acordos que cumpro com os meus parceiros. E, neste momento, somos todos livres de procurar outras pessoas e, basicamente, é assim que nos organizámos. Não temos grandes regras internas de limitação de parceiros e do género. Mas, efetivamente, o funcionamento de uma constelação é algo que depende de pessoa para pessoa e de relação para relação”.

Mariana Guerra teve uma grande abertura em relação a este tema junto do seio familiar. “No ano passado, no meu jantar de anos, a minha mãe e a minha irmã mais nova forma jantar com os seus parceiros da altura. Acabo por ter uma família bastante compreensiva a esse nível e sinto-me uma privilegiada nesse ponto”.

Quando for mãe, Mariana pretende “que haja um maior nível de apoio possível para a criança”. Defendendo que “quantos mais adultos existem, por norma há mais apoio para criá-la, porque numa sociedade é preciso uma aldeia para criar uma criança”.

Texto: Mário Rui Domingues; Fotos: Filipe Brito

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