Ana Duarte
“Há momentos em que tenho vontade de desistir”

“Está tudo reunido para que seja o meu ano.” As palavras são de Ana Duarte, que está focada na carreira, que já conta com duas décadas.

Com uma mudança de visual e com um disco novo, a artista está apostada em ter o seu espaço na música em Portugal.

Ana Duarte fala ainda da filha, Riana, de quatro anos – fruto da anterior relação com o jogador de futsal Ricardinho –, a quem prevê um futuro no meio artístico.

VIP – “Ano novo, vida nova” é algo muito comum nesta altura do ano. É algo que se aplica?

Ana Duarte – Aplica-se muito! Mesmo! Ano novo, vida nova. Disco novo, imagem nova. É tudo novo (risos). Acho que vai ser um ano bom. Vai ser um ano maravilhoso. Estou a apostar tudo. Estou confiante que o público irá aceitar mais este trabalho. Estamos a apostar que este seja o meu ano.

Sentia necessidade de mudar a imagem?

Mais ou menos. Sinto-me bem com o meu corpo. Sou mãe, fiz a capa da Playboy e sinto-me muito mais confiante agora do que há alguns anos. Entendi que era possível ousar um pouco mais. E o nosso público necessita desse impacto, mesmo não sendo nada exagerado. É um visual mais arrojado e mais sexy do que aquilo a que estão habituados. Acho que fazia sentido mudar a imagem.

E o público português está preparado para essa imagem?

O público português é um pouco fechado de mentalidade. Se a cantora está de calções, com o rabo um pouco à mostra, é porque é isto e aquilo. Quero desmistificar esta ideia. Se uma mulher é bonita, deve mostrá-lo. No palco é criada uma personagem. Aquilo que sou em palco é diferente do que sou fora dele. E acho que as pessoas não têm essa noção. Quando fiz a Playboy, tinha receio de ficar com uma imagem negativa junto das mulheres.

Porquê?

Para os homens, estamos sempre bem (risos). Para as mulheres, não. E preciso agarrar o público feminino. Sou muito feminista e defensora das mulheres a todos os níveis. E a verdade é que recebi muitas críticas construtivas das mulheres. E com este novo visual quero transmitir a imagem sexy sem ser vulgar. Quero que as mulheres olhem para mim e digam que adoravam vestir aquelas roupas. Mas acho que o nosso público ainda é um pouco fechado. Mas olhando para o que é feito lá fora, é tudo maravilhoso. Elas são maravilhosas (risos).

Essa comparação também se aplica à música nacional e estrangeira?

Exatamente! O que nós temos é bom. As pessoas é que têm de abrir um pouco a mente.

Veja a galeria de imagens e leia a entrevista na íntegra na sua revista VIP n.º 1021, já nas bancas

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Jorge Firmino

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