A mulher atrás do império Fabergé esteve em Portugal e a VIP marcou encontro com a bisneta do joalheiro dos famosos ovos imperiais dos czares da Rússia.
Sarah Fabergé partilhou um pouco sobre a sua vida simples, que contrasta com o luxo das joias que cria. É à mesa, na companhia da família e dos amigos, que se sente mais feliz, quando está longe das pedras preciosas e das obras de arte que desenha, avaliadas em milhões de euros.
Apaixonada por museus de arte e exposições, confessa que não é grande cozinheira mas que o seu creme de abóbora é muito elogiado.
Gosta de música, de cinema e de dançar: “É muito bom para a alma!”
Nunca imaginou a sua vida rodeada de diamantes, apesar da herança da família. É mãe de um rapaz, Joshua, que herdou a criatividade da família, tal como ela, que ainda hoje se inspira no pai, Theo, que também era joalheiro.
VIP – Primeiro, gostava realmente de saber se tem um dos famosos ovos imperiais feitos para os czares da Rússia em sua casa?
Sarah Fabergé – Quem me dera! Esses estão em coleções espalhadas por todo o Mundo, mas eu uso o ovo do século XXI, que fazemos atualmente na Fabergé Company. É claro que a Fabergé não faz só ovos, tal como acontecia com o meu bisavô Peter Carl Fabergé. Nós criamos objetos de arte.
A história da Fabergé é mágica, tal como as suas peças. Travaram uma luta para ter a marca que a família perdeu para uma empresa americana, nos anos 50.
A história da Fabergé é, de facto, longa e com muitos altos e baixos. Enquanto o documentário Fabergé: Uma Vida de Si Mesmo conta muito dessa história, muitas vezes dizem que a história da família, especialmente a do meu querido pai, Theo, daria um bom filme.
Após vários anos, a família e a companhia estão, finalmente, juntas.
Falou da magia, mas podemos chamar destino. Relançámos a empresa Fabergé em 2009, começámos com uma coleção de joias, mas os nossos fiéis amigos, os pingentes de ovo, acabaram por surgir em 2011. Desde então, tem sido uma reconstrução lenta e constante das nossas peças, com a ajuda de uma equipa dedicada e apaixonada, pois realmente não se pode trabalhar numa empresa como a Fabergé sem paixão.
Leia a entrevista na íntegra na edição em papel da sua revista VIP n.º 1009, já nas bancas
Texto: Teresa de Oliveira Martins, Fotos: Helena Costa
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