China
Mais do que muralha

Viagens

Descubra a história milenar e os cenários exóticos e apaixonantes de um país que deixa qualquer um de “olhos em bico”

Qui, 25/02/2016 - 19:40

Há poucos anos era um país “fechado” ao Ocidente. Mas, nos últimos tempos tudo mudou e a China abriu as portas ao turismo e tem recebido um número cada vez maior de visitantes. As razões deste fluxo são várias e entre elas destaca-se a sua história milenar, cenários exóticos que apaixonam à primeira vista e diversos monumentos ancestrais. Longe vão os tempos em que a ideia de adquirir um pacote de viagem para a China não passava de um sonho impossível de realizar.

Ultrapassadas as barreiras políticas, faça as malas e embarque numa viagem de sonho que tão cedo não irá esquecer. Propomos-lhe uma inesquecível aventura que irá percorrer os canais da China, durante 11 dias. Primeira etapa: Pequim, o maior chamariz da China. Aqui, os amantes das grandes metrópoles vão sentir-se como “peixes na água”. Como ponto de partida para a visita, nada melhor do que visitar a Praça de Tianannen, famosa pelos protestos pró-democráticos de 1989. Embora o país esteja direccionado para o futuro, neste local é possível relembrar memórias do passado daquela nação. A Sul, está situado o mausoléu de MAO, onde o antigo presidente do Partido Comunista Chinês está embalsamado em câmara ardente.

A Norte, está a Tianannen do século XV (ou a Porta da Paz Celestial), onde Mao proclamou a criação da República Popular da China, no longínquo ano de 1949. Outro ponto de paragem obrigatório é a Cidade Proibida, uma das maiores atracções do país. O maior complexo palaciano do planeta cobre uma área de 72 hectares (equivalente a 72 campos de futebol) e nela existem 800 edifícios com nove mil divisões. Conta a lenda que um milhão de empregados trabalharam 24 horas por dia durante 14 anos para o construir. Mas, Pequim tem muito mais para oferecer. Não se esqueça de passar pelo Palácio de Verão onde irá encontrar os maiores jardins imperiais e Tiantan (Templo do Céu).

Falar da China é falar da Grande Muralha. Construída com o objectivo de travar os invasores mongóis das terras selvagens localizadas a Norte, esta obra-prima arquitectónica (a única feita pelo Homem que se avista da Lua) percorre cinco províncias locais, estendendo-se ao longo de cinco mil quilómetros. Apesar das obras de restauro, custa a acreditar que grande parte do monumento tenha mais de dois mil anos. As zonas de melhor acesso estão situadas nos arredores de Pequim. Depois de cinco dias em Pequim, segue-se Xian, o ponto de partida da histórica Rota da Seda. Aqui, é imperdoável não visitar as muralhas da cidade, o Pagode do Grande Ganso Selvagem, o Museu Provencial, onde se encontram alguns dos mais belos objectos relacionados com a Rota da Seda, o mausoléu do imperador QIN SHIHUANG DI e ainda os vestígios do seu Império Celeste, onde se destacam perto de sete mil estátuas de terracota em tamanho normal do seu exército com soldados e cavalos. Ao sétimo dia de viagem, chegamos a Guilin, considerada uma das cidades mais bonitas da China. Aqui, destacam-se as Grutas da Flauta Pastoril, onde o realce vai para o colorido conjunto de estalactites e estalagmites.

Além disto, é importante referir a Colina de Fuboshan e o famoso Rochedo da Tromba do Elefante, perto da junção do rio Lijiang com o rio Pessegueiro em Flor. Esta paisagem inspirou, ao longo de muitos e muitos anos, poetas e pintores locais. Por fim, chegamos a Xangai, o último destino deste magnífico périplo pela China. Não se admire se, por momentos, pensar que está no cenário de um qualquer filme de ficção científica. A Exposição Mundial de 2010 trouxe consigo uma requalificação das margens do rio Huangpu. Passe pelo elegante bairro de Bund onde poderá maravilhar-se com os 27 edifícios coloniais que o constituem. Como o tempo não é muito, não se esqueça de fotografar a ponte Nanpu, precedida por um labirinto de viadutos que parece querer envolver-se nos prédios locais. Onze dias depois está na hora de regressar a Portugal. Na bagagem, irá trazer consigo muitas histórias, de fazer inveja, a todos aqueles que não partilharam esta viagem consigo.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Thinkstockphotos

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