Foi uma das revelações de 2015 e prepara-se para voltar a surpreender no novo ano com o projeto da TVI que vai suceder A Única Mulher. A Impostora é o novo desafio de Maria Leite que partilhou com a VIP como está a viver esta fase recheada de sucessos profissionais. Nasceu em Loulé, viveu em Portimão, nos Açores e em Lisboa por causa da vida profissional do pai, engenheiro civil. Recorda uma infância feliz, mesmo quando tinha de saltitar de escola em escola e deixar os amigos para trás. Ser mãe, para já, só dos dois gatos, o Ícaro e a Valentina.
VIP – Depois da polémica Ana Maria, sente-se preparada para voltar a surpreender?
Maria Leite – Espero estar à altura deste novo desafio! Estou a dar o meu melhor.
Sempre esteve mais ligada ao teatro e ao cinema, havia algum tipo de preconceito em fazer novelas?
Nunca tive qualquer preconceito com nenhum meio de expressão ou forma de arte.
Surpreendeu-a a qualidade da ficção em TV?
Desde que vim estudar para Lisboa que tenho amigos que trabalham e trabalhavam na TVI, por isso, sempre estive a par da qualidade da ficção que é produzida.
Começou a trabalhar aos 20 anos e ganhou a sua independência. Passou pelo Centro de Investigação da Universidade Nova, serviu às mesas num café, licenciou-se em Ciências da Comunicação, ambiciona realizar documentários e encenar. Não é muita coisa para uma menina de 26 anos?
Parecem muitas coisas? Não dei por isso, foi acontecendo.
Em pequena queria ser bailarina e chegou a fazer audições para o conservatório. O que correu mal?
Nada correu mal! O conservatório tem parâmetros técnicos muito elevados e na audição que fiz não atingi o que era exigido. Depois comecei a perceber que não queria ser só bailarina.
Em que momento da sua vida percebe que o seu caminho seria no “palco”?
Não tive um momento específico, foi surgindo trabalho e eu fui fazendo o que aparecia, até me aperceber que gosto mesmo muito de fazer isto. E, por enquanto, é o meu caminho, mas nunca sabemos o que nos espera a seguir nesta profissão.
Nasceu em Loulé, viveu em Portimão, nos Açores e em Lisboa. Onde se sente em casa?
É em Lisboa que me sinto mais em casa, apesar de ter saudades de Loulé.
Sei que adorava ser abordada na rua e que se entusiasmava tanto a falar com as pessoas que achava que elas acabavam por se arrependem de ter ido ter consigo. Continua a ter esse entusiasmo?
Continuo, sim! Não aconteceu nada que me fizesse mudar de opinião.
São os elogios, as palmas, que a fazem fazer mais e melhor?
O que me faz querer ir sempre ir mais longe é o amor e a paixão que tenho pelo que faço e acreditar que não existem vias únicas ou soluções perfeitas.
Como foi crescer em movimento, a mudar de casa em casa, por causa da profissão do seu pai, engenheiro civil?
Acabámos por nos instalar mais tempo em Loulé e nesse sentido acabei por ter um sítio estável onde cresci. Mudei algumas vezes de escola, mas isso sempre foi positivo, deu-me uma boa capacidade de adaptação a realidades diferentes.
É a mais velha de três irmãs. Que relação tem com elas?
Somos todas muito diferentes e cada uma tem os seus próprios objetivos e caminhos a traçar. Não tentamos ser iguais umas às outras. Sempre fomos independentes nesse sentido. Admiro-as muito e gosto muito delas.
Com um pai engenheiro, como foi convencê-lo que queria seguir artes?
Não tive de o convencer. Os meus pais sempre respeitaram as minhas escolhas e incentivaram-me a seguir os meus objetivos com disciplina e afinco.
O curso de Jornalismo foi um plano B?
Não foi um plano. Não sabia o que estudar quando fui para o ensino superior e escolhi este curso por recomendação de uma pessoa amiga.
Sei que namora. Criar a própria família está nos seus planos?
Neste momento estamos a criar gatos. Está a ser ótimo e eles são muito felizes, o Ícaro e a Valentina.
Vê-se como mãe?
Dos meus gatos. Sou uma mãe extremosa.
A Ana Maria tem uma relação problemática com a mãe. Que tipo de relação tem com a sua?
Tenho uma ótima relação com a minha mãe. A minha mãe é como uma amiga para mim, respeitamo-nos muito.
A instabilidade financeira da sua profissão e a geração recibos verdes travam alguns sonhos pessoais?
Neste momento não. As expectativas ajustam-se às circunstâncias e à realidade laboral em que vivemos.
Que relação tem com o seu corpo e a imagem?
O meu corpo é o meu instrumento de trabalho. Procuro manter-me saudável, faço exercício, descanso bem, alimento-me com atenção para estar sempre no meu melhor. Tal como um instrumento, temos que estar bem afinados para trabalhar.
Agora é ruiva. Gosta de se ver?
Sinto-me pronta para começar a gravar A Impostora. Gosto muito de ver a Luísa Fontes ganhar corpo como resultado de um ótimo trabalho de equipa!
Esteve a gravar em Moçambique, o que conheceu?
Um bocadinho de Maputo, Vilankulos e Bazaruto. Na viagem entre Maputo e Vilankulos, que fizemos de carro, passamos por várias vilas.
Já conhecia Moçambique?
Não conhecia.
Dizem que África tem o poder de transformar as pessoas. Sentiu isso?
É uma realidade diferente. Ter contacto com formas de estar diferentes das nossas e termos que nos adaptar para comunicar melhor e existir em comunhão com o que nos rodeia, transforma-nos. E Moçambique tem sem dúvida essa capacidade.
Abraçou alguma causa solidária?
Vou ajudar a recolher livros infantis para as crianças da escola da ilha de Benguerra.
Fez amigos?
Fiz sim! E espero poder voltar a encontrar-me com as pessoas que conheci nesta viagem.
Texto: Teresa de Oliveira Martins; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Manuel Medeiro; Maquilhagem e cabelo: Vanda Pimentel com produtos Kioma e L’Oreal
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