Filipa Azevedo largou tudo para entrar no The Voice, para dar impulso à sua carreira, e conseguiu a proeza de cativar os quatro mentores. A concorrente venceu o Festival da Canção em 2010, e na Eurovisão alcançou o 18.º lugar.
Depois, a sua carreira estagnou e agora volta a tentar a sua sorte no programa The Voice.
VIP – Gravou um CD em 2009, venceu o Festival da Canção, concorreu à Eurovisão e desapareceu da vida pública, até reaparecer agora no The Voice. O que é que aconteceu em todo este tempo?
Filipa Azevedo – Estive a trabalhar numa loja durante quatro anos, porque não conseguia arranjar trabalho na música. Além disso, o meu estado de espírito da altura não era dos melhores, não estava muito disposta a isso e tive de arranjar outro meio de sobrevivência.
Mas, entretanto, esteve em Londres…
Foi antes de começar a trabalhar a sério. Tentei a minha sorte em Londres, mas não correu muito bem e tive de regressar. Fui a um casting, não passei e regressei…
Como é a sua vida agora?
Despedi-me da loja onde trabalhava, para conseguir cumprir com esta nova fase. Não tinha tempo para as duas coisas, não dava, pelo que tive de abdicar do meu trabalho, para dar tudo por tudo agora, na música.
No The Voice, acabou por escolher Anselmo Ralph como mentor; porquê?
Queriam todos ser meus mentores! Acabei por escolher o Anselmo, mas não sei porquê. Foi instinto. Ouvi o que cada um tinha para me dizer e no final acabei por seguir a minha intuição. Não tinha nada preparado, deixei para o momento. E nunca pensei que isto pudesse acontecer… Tinha pensado que, se se virasse uma cadeira, era aquele o mentor que escolhia, se virassem dois também facilitava, mas não estava à espera dos quatro… Todavia, é muito melhor que tenha sido assim, que se tenham virado os quatro!
E ídolos, nacionais e estrangeiros?
Estrangeiro é o meu Michael Bubblé! Vai ser sempre! É uma grande referência que tenho, porque acho aquele homem excecional, acho-o mesmo fantástico. Em Portugal, gosto muito de Sara Tavares, embora ultimamente não a tenha seguido
muito, mas é uma voz de que gosto bastante. Admiro imenso a Beyoncé, acho que é uma grande artista, a Diana Krall… Gosto muito da Aretha Franklin, mas prefiro uma onda de jazz e bossa nova. O que mais gosto de ouvir é aquilo que me faz sentir melhor.
Por que razão é tão difícil triunfar na música em Portugal?
Noutros países dão valor a grandes vozes, em Portugal não sei se têm medo de arriscar, seja na voz ou no estilo musical. Há muita gente em Portugal a querer mostrar o seu trabalho e acho que o público está apto a absorver novos estilos e coisas diferentes. Será provavelmente medo de alguém arriscar nisso.
Para uma cantora, como é viver no Porto? A Invicta sempre teve uma grande tradição em dar grandes músicos ao País; tal continua a verificar-se?
Sim, Rui Veloso é o primeiro que me vem à cabeça… A cena musical no Porto está cada vez melhor. E isso estende-se ao resto do País. Em certas coisas, como a música, está cada vez melhor. No Porto, veem-se mais bares com música ao vivo, o ambiente está muito melhor… A vida noturna no Porto é ótima! Não quer dizer que seja uma pessoa que beba álcool, mas gosto do ambiente.
Como vai de amores? Tem namorado? Ele apoia-a na sua carreira e escolhas de futuro?
Tenho namorado, o João, com quem vivo em união de facto, damo-nos muito bem, porque acho que a cumplicidade é muito importante. E a amizade também, tanto que nós começámos por ser amigos e depois é que evoluiu para uma relação mais séria…
Imagino que ele apoie a sua carreira…
Ai dele que não o faça! Que remédio tem ele se não apoiar-me! Ou era despedido! (Risos.) Ele gosta muito de me ouvir cantar, não tem nada a ver com o mundo da música. Conheci-o através da minha melhor amiga, fazia parte do seu grupo de amigos. Tinha acabado de regressar de Lisboa, estava um bocado em baixo, e ele foi uma grande ajuda para mim…
O que ambiciona para o futuro, em termos pessoais?
Casamento e essas coisas? Toda a mulher quer casar e, mal eu tenha oportunidade financeira, isso vai concretizar-se. Sou daquele tipo de mulher que primeiro casa-se e depois é que tem os filhos. Não tenho nada contra quem o faça ao contrário, mas sempre tive essa ideia. Os meus avós sempre me puseram essa ideia na cabeça e prefiro que seja assim: primeiro casar e depois ter filhos. Toda a mulher quer ter filhos, não é?
E quantos quer ter?
Quero ter três filhos, dois rapazes e uma menina. Já está tudo pensado, não é de agora; desde criança que penso nestas coisas. Gostava de ter dois rapazes para proteger a menina!
Texto: Luís Peniche; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Zita Lopes; Maquilhagem e cabelos: Ana Coelho com produtos Kioma e L’Oréal Professionnel
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