Digestão, absorção de nutrientes, circulação sanguínea, eliminação de toxinas, proteção de órgãos e tecidos, combate à flacidez da pele, regulação da temperatura corporal, tudo isto é proporcionado pelo elemento mais fundamental à vida de todos os seres da Terra: a água. Sem água não há vida. Uma pessoa pode sobreviver várias semanas sem comer, mas suporta apenas três dias sem beber. Num quadro de desidratação, todo o funcionamento do organismo é comprometido e entra-se em processos de confusão, delírio, dificuldade de concentração, cansaço, dores musculares e articulares, dores de cabeça, dificuldades de visão e auditivas.
Em média, perdem-se cerca de dois litros e meio de água por dia, através dos mecanismos normais de eliminação de resíduos e toxinas do corpo, como a respiração, a evaporação, a transpiração e o funcionamento renal e intestinal. Deve repor-se constantemente este nível, consumindo cerca de dois a três litros de água por dia, de preferência bebendo pouco de cada vez e várias vezes ao longo do dia.
Os grupos com maior risco de sofrer desidratação são as crianças e os idosos, cujo mecanismo da sede pode não estar a funcionar convenientemente. Aliás, a sede é um aviso tardio de desidratação, é a forma que o corpo tem para nos alertar que os níveis de água estão perigosamente baixos no organismo.
Também os problemas gastrointestinais, como vómitos persistentes e diarreia, conduzem à desidratação, que é a doença que mata mais crianças até um ano de idade em todo o Mundo, principalmente devido a problemas intestinais.
Se estiver perante um caso de desidratação, dê a beber um pouco de uma bebida isotónica, própria para desportistas, e procure um médico ou um hospital. Beba água ao longo do dia, e aumente o consumo no tempo quente. Lembre-se que a desidratação pode matar.
Principalmente quando existe uma atividade física, como a caminhada, ou atividades que exijam muita concentração, é necessário dar ao nosso organismo as ferramentas adequadas para lidar com o esforço físico e intelectual. Isso significa dar-lhe nutrientes, na forma de água simples, infusões de ervas, chá verde ou bebidas isotónicas (caso se faça um exercício mais vigoroso ou haja demasiado calor), em sumos de fruta naturais, fruta inteira (que pode ser menos prática para consumir) ou iogurtes líquidos.
Os líquidos são fundamentais para o equilíbrio eletrolítico do organismo. Além disto, mantêm os níveis de hidratação adequados, melhorando o desempenho muscular e cardíaco (recordemo-nos que o coração é um músculo), mantendo a função pulmonar afinada, o que garante uma boa oxigenação, regulando a viscosidade do sangue, o que permite a chegada eficiente do oxigénio a todas as células e órgãos e fornecendo sais minerais fundamentais para a reposição daqueles perdidos durante o esforço (pelo que regressamos ao tal equilíbrio eletrolítico fundamental).
Por outro lado, fazer exercício ou apenas passear a pé durante uma manhã ou tarde implica passar algumas horas a exigir resposta do nosso corpo, o que torna importante dar-lhe combustível. Nada melhor do que sumos de fruta naturais, sem adição de açúcar, que fornecem hidratos de carbono, fibras, vitaminas e minerais. Além de tudo, são fáceis de transportar e de ingerir, ajudam a hidratar e a matar a sede. Para quem não gosta de monotonia, pode intercalar iogurtes líquidos com sumos de fruta. O ideal será beber água frequentemente e ingerir um sumo ou um iogurte líquido de duas em duas horas.
Texto: Humberto Barbosa; Foto: D.R.
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