Ana Catarina Afonso
“O Gabriel não pede manos. Gosta desta exclusividade”

Nacional

Prestes a estrear-se como encenadora, fala sobre os desafios da profissão e de como é ser mãe de um menino de oito anos

Ter, 23/06/2015 - 9:57

Conhecemos Ana Catarina Afonso pelos seus papéis de atriz em inúmeros projetos de ficção nacional, mas agora prepara-se para apresentar ao público o seu novo desafio na qualidade de encenadora com a peça de teatro Mortinho por Viver. Se para alguns estar nos bastidores pode representar estar mais protegido dos olhares públicos, Ana Catarina Afonso sente, pelo contrário, que está mais exposta. “É de uma exposição sem filtros”, sublinha. Paralelamente ao trabalho, a atriz dedica-se ao seu papel de mãe e foi na companhia do filho, Gabriel, de oito anos, que se deixou fotografar para a VIP. A, agora, encenadora diz que o filho não lhe pede irmãos e que Gabriel até gosta da  “exclusividade”, mas revela que o menino teve recentemente um irmão pela parte do pai, André Cerqueira, antigo diretor de programas da TVI. 
 
VIP – Vai estrear-se como encenadora com a peça Mortinho por Viver, que vai estar em cena no Teatro Guilherme Cossoul, em Lisboa, a partir do dia 19 de junho. Como é estar pela primeira vez nos bastidores de um projeto?
Ana Catarina Afonso – Estar nos bastidores ou, mais concretamente, no papel de encenadora é estar no comando de toda uma conceção teatral. E, desconhecia eu, é estar muito mais exposto, é de uma exposição sem filtros. 
 
Qual é o principal desafio que enfrenta?
Tudo é um desafio e todos são de igual importância. Neste contacto com a arte da encenação não consegui deixar-me levar por atribuir maior destaque a determinados componentes em detrimento de outros. Talvez seja de principiante, não sei, mas tudo o que compõe um espetáculo, desde a estética teatral, passando ao cenário, à luz que pretendia, as cores escolhidas, os figurinos, a linha de representação, tudo isto para mim foi de uma relevância enorme e o encontro desse equilíbrio um igual desafio. 
 
Como surgiu esta oportunidade?
Surgiu de um convite, o qual declinei prontamente dada a distância a que estava dessa possibilidade. Mas a verdade é que quem me dirigiu o convite, pacientemente, não se contagiou com a minha reação e passados dois dias eu, surpreendida até comigo própria, disse: “Fico com estas seis personagens!”
 
Este é um trabalho muito diferente de ser atriz e, neste caso, além dos cenários também teve de pensar no guarda-roupa para as personagens. Sente que descobriu uma nova paixão?
O que sinto é que desconhecia que este lugar se pudesse apresentar tão confortável para mim. Confortável na medida em que toda a minha exigência, todo o meu perfeccionismo, toda a minha paixão por esta arte, a do teatro e a de representar, tem agora um lugar onde pode habitar, existir e se estender sem reservas. É sem dúvida a visão de um todo e é muito completo. 
 
À sua semelhança, também procura estimular um lado mais criativo no Gabriel?
Não tenho essa preocupação. É para mim importante construir uma boa base de valores e, principalmente, acompanhar o processo no seu raciocínio. 
 
Ele mostra curiosidade pelo seu trabalho e de ter algum jeito para a representação?
Sim, as crianças no geral são curiosas e não lhe nego o acesso a essa curiosidade. E a partir daí, ao compreender e ao sentir-se envolvido com o processo, acaba por ter o interesse de o acompanhar e isso é giro. 
 
Desde a novela Mundo ao Contrário que tem estado mais afastada das lides da televisão. Se por um lado tem mais tempo para o seu filho, por outro como gere esta situação?
Hoje, para um ator, fazer televisão oferece uma estabilidade muito confortável para quem tem despesas fixas todos os meses, como toda a gente, aliás. Resumindo, é um carrossel de emoções. 
 
Leia a entrevista completa na edição número 935 da VIP 
 
Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Bruno Peres; Produção: Romão Correia; Cabeloe maquilhagem: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’ Oréal Professionnel

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