“Eu já devia estar morto.” É assim que começa o livro de Bernardo Pinto Coelho.
Aos 37 anos foi-lhe diagnosticada esclerose lateral amiotrófica, uma doença incurável, progressiva e altamente incapacitante que pode levar à morte em poucos anos. Desde que soube da doença, o gestor e DJ procurou várias alternativas à medicina, conseguindo contrariar todas as expectativas, já que a esperança média de vida é entre dois a cinco anos.
Bernardo, hoje com 42 anos, recorda o início do seu problema: “Tive os primeiros sintomas em junho de 2009. Comecei a sentir fraqueza na mão direita.” Falou com o pai, o médico Manuel Pinto Coelho, que o aconselhou a ir a uma consulta com o professor João Lobo Antunes. O neurocirurgião encaminhou-o para o professor Mamede de Carvalho, que o mandou fazer uma série de exames e acabou por confirmar o pior cenário.
Bernardo diz que ouviu as explicações do especialista, mas não se apercebeu do que se tratava. “Não realizei logo a doença. Só me apercebi da gravidade quando senti fraqueza no meu corpo, quando comecei a sentir incapacidades de mobilidade. Foi aí que comecei a perceber que era verdade.”
A seguir veio a revolta. “Quando deixei de poder correr, jogar futebol, golfe… não tinha aceitado a doença. Lembro-me de estar numa caixa multibanco a levantar dinheiro e pedir a Deus, em voz alta, para alguém me assaltar para eu poder extravasar a revolta. Se isso acontecesse, ia preso o resto da vida porque estava muito revoltado.”
Leia a entrevista na íntegra na sua revista VIP n.º933, já nas bancas
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