O apresentador, de 51 anos, deu uma entrevista ao Larga Definição, projeto online de Kaluxa de Sousa, autora de livros como Diário de Uma Gorda, e as revelações são um tanto ou quanto inesperadas. José Carlos Malato começa num tom bem-disposto, quando lhe perguntam qual a relação com o corpo enquanto gordo. “Nunca fui o meu tipo de homem”, responde. “Tinha uma tendência a não me olhar da cabeça aos pés. Durante muitos anos, na minha casa, só tive espelhos da cintura para cima. E mais: quando era miúdo, costumava dizer que só gostava de mim do pescoço para cima, do ponto do vista estético/sexual. Havia também uma forma de superar isto tudo e gostar de mim, independentemente do meu corpo, que era na questão de inteligência, dos conhecimentos. Na escola era um excelente aluno.”
O apresentador também fala da religião – foi Testemunha de Jeová até aos 17/18 anos – e admite que isso fez com que o corpo fosse visto como uma fonte de pecado. José Carlos Malato admite ainda que sempre foi gordinho. “Sempre senti que era diferente e sempre para menos. Sempre tive essa marca de ser gordo. Sofri de bullying na escola, aliado ao facto de a minha mãe sublinhar isso com modelitos inenarráveis”, explica com uma pitada de boa disposição. O alentejano salienta que ainda hoje tem desprezo por roupa. “Visto a primeira coisa que me aparece à frente. Sou mais vaidoso intelectualmente do que fisicamente. Acho mais sexy as palavras do que as roupas.”
Uma das revelações mais surpreendentes surge precisamente sobre os tempos de estudante. ”Sempre tive um fraco por fortes. Juntava-me normalmente aos piores tipos do liceu porque eles me protegiam. Dava-lhes determinadas coisas que não tinham. Era capaz de lhes explicar o sistema solar. Era um tipo que normalmente não me daria com aquelas pessoas. Atraía-me a capacidade de ser violento, uma coisa que sempre quis ser. Sou muito violento verbalmente. Vivi toda a vida na expectativa de me transformar em super-herói e acabar com eles todos.”
Malato admite mesmo que tem uma marca brutal da adolescência e que há coisas difíceis de ultrapassar. E em relação ao bullying deixa uma opinião, no mínimo, curiosa: “A questão é como é que se resolve. Acho que é sempre melhor as pessoas terem aulas de karaté e luta. Não se resolve a conversar, só se resolve ao estalo. Fazem-te mal e tu… partes-lhe o braço. Está resolvido. A única forma de reagir ao bullying é com violência… violenta.” O apresentador revela ainda que também a sua irmã teve de sair da escola. “Foi uma coisa mesma dura, para não brincar.”
Mas Malato é um gordo feliz? Diz que não. “Sou bem-disposto. Sou muito mais triste do que alegre, só que a minha parte visível é de uma boa disposição. É uma forma de se ultrapassar. Sou muito mais fado do que samba. Mas também sou samba”, revela.
Texto: Humberto Simões; Fotos: Raquel Von Kaminaru e Impala
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