Raquel Loureiro
“Tudo fica melhor com a idade”

Começou na moda, mas depressa se virou para a representação. Pelo meio, apaixonou- se pelas relações públicas e descobriu que tinha jeito como DJ. Assim se fizeram os 20 anos de carreira de Raquel Loureiro. Um percurso do qual muito se orgulha e no qual foi sempre acompanhada pelo pai babado, José Duarte Loureiro. Menina do papá, a morte do maestro em dezembro de 2011 foi um choque transformador. Hoje em dia, muito do que faz é para o homenagear a ele – o homem da sua vida.

VIP – Este verão está a trabalhar como relações públicas no T Clube, na Quinta do Lago. Como surge associada a esta casa?
Raquel Loureiro – O T Clube fez 26 anos, é uma casa com muito prestígio – talvez, a mais prestigiada do Algarve – e só por isso é que eu aceitei a proposta. Já há dois anos que não vinha ao Algarve e agora regresso em trabalho.

Consegue divertir-se neste trabalho?
Sim, temos uma equipa muito simpática. Para mim, isto é trabalho e, ao mesmo tempo, prazer. É uma casa na qual eu gosto de estar, tem um restaurante fantástico e temos um cartaz de eventos para o verão muito bom. É um prazer trabalhar aqui e o verão vai ser fantástico.

É preciso gostar muito de música e gostar muito da noite para aceitar este desafio?
Eu sou filha de um grande músico e tenho a música no sangue. Agora, com o meu novo projeto, ainda mais. Gostar da noite… eu diria antes gostar de festa, de diversão. Eu gosto de me divertir. Acabo sempre por me divertir quer aqui, a trabalhar, quer quando saio à noite com os meus amigos.

E de dia, dá para aproveitar o verão?
Dá perfeitamente. Venho quase todos os dias à praia e quando não o faço, porque estou cansada, fico na minha piscina. Acaba por ser um misto de trabalho com férias. Mas eu já tive férias antes. Estive uma semana no Dubai para desligar e aproveitar ao máximo. Provavelmente, não vou conseguir ter mais férias, embora gostasse de tirar mais uma semaninha em setembro.

Portanto, vêm aí projetos novos?
Vêm. Como atriz, estou de férias, embora esteja ansiosa por voltar a entrar num novo projeto. Mas, como DJ, não estou e tenho tido muito trabalho, imensos convites. Não estava nada à espera e fui bombardeada com convites maravilhosos. O Sunset Lovers está a correr muito bem.

O que é que recorda do seu pai?
O meu pai é, e será sempre, a minha alma gémea. Acho que não há nada mais difícil na vida do que perder alguém que é do nosso sangue, que se ama verdadeiramente e que é um exemplo para nós. O meu pai foi um grande pai, um grande homem, um grande músico. E senti isso quando, no ano passado, escrevi a primeira parte do livro. Entrevistei todos os grandes artistas que trabalharam com ele.

Deve ter sido um processo doloroso…
Foi, mas foi muito gratificante. Eu ouvi coisas… Eu já sabia que o meu pai era muito querido. O meu pai está muito presente no meu dia a dia. Eu sei que ele continua comigo, eu só não o consigo ver. Continua e continuará sempre muito presente. A parte dos testemunhos já está escrita, agora só falta a parte da biografia que requer pesquisa com a família. O livro ainda não tem nome, mas terá o nome dele. O que é um grande desafio. Queria tê-lo à venda daqui a um ano.

A Raquel é muito ativa no ginário.
Sou, agora estou a fazer kickboxing, que modificou a minha vida. Apaixonei-me completamente, e é a minha atividade desportiva preferida. Não perdi peso mas perdi imenso volume. O kickboxing trabalha corpo e mente. Faço três vezes por semana, uma hora e meia cada aula. Também treino no Clube VII. Vou mantendo a forma.

O que procura num homem?
Acho que procuro alguém que tenha os mesmos princípios, a mesma educação, os mesmos valores e a mesma boa disposição. Acho que não há pessoas ideais. Acho que há pessoas que encaixam, que se dão bem e que são felizes. Haja saúde, que o resto consegue-se. De certeza que o meu príncipe encantado anda por aí.

Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Paula Alveno; Marité

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