Foi alguns dias após o seu regresso à arena do Campo Pequeno, em Lisboa, que a VIP esteve à conversa com João Moura e a família na sua propriedade, em Monforte.
O toureiro contou, em exclusivo à VIP, como foi o processo de recuperação e como o apoio da família foi fundamental. O toureiro atravessa agora uma fase pessoal em que está a aproveitar ao máximo a companhia da família, junto da mulher, Filipa Telles de Carvalho, e dos filhos João Moura Júnior, de 24 anos, Rita, 21, Miguel, 18, do seu primeiro casamento, e João Tomás e Madalena, de cinco e três anos
VIP – Ter regressado ao Campo Pequeno para tourear, depois de ter passado por um momento delicado a nível de saúde, teve um significado especial? Como foi?
João Moura – Muito especial. Apesar de ter sido a segunda praça que toureio desde o incidente, mas sendo o Campo Pequeno a primeira praça do toureio equestre, é uma grande responsabilidade, pois ambicionava estar ao meu nível sem desapontar todos os aficionados.
Foi ainda mais especial por ter concedido nessa noite a alternativa ao seu filho Miguel?
Sem dúvida. Conceder a alternativa ao meu filho nesta praça tem um toque emotivo especial, pois é passar ao Miguel tudo aquilo que aprendi. Com a sua forma de tourear, espero que mostre ao público que é mais uma grande figura do toureio português.
Como pai, as emoções tenham estado mais à flor da pele. Teve algum tipo de receio por ele?
Fico sempre mais receoso pelos meus filhos. Neste caso, e sendo um dia especial para o Miguel, queria era que as coisas corressem pelo melhor, para não desapontar o público.
Foi durante a preparação da alternativa do seu filho que se deu o acidente. Tem noção do que realmente aconteceu e motivou a sua queda do cavalo?
Não, não me recordo de nada daquele momento. Tive um “apagão”…
Montar a cavalo e enfrentar um touro impõe sempre respeito. Acha que ganhou ainda mais respeito do que já tinha?
Tudo é um risco. Claro que, nesta profissão, o risco que se corre é maior. Ganhei mais respeito e mais cuidado, pois já não tenho 20 anos.
Enquanto cavaleiro tauromáquico, medo é uma palavra que faz parte do seu dia-a-dia?
Todos temos medo de algo, mas o medo não pode fazer parte da minha profissão, porque isso faz com que fiquemos suscetíveis e impede-nos de reagirmos nos momentos certos. Não se pode ter medo na nossa profissão. É o trabalho e empenho diário com os cavalos que faz com que estejamos preparados. Sem isso, os riscos são maiores.
Recuperou totalmente do traumatismo cranioencefálico?
Neste momento estou bem, a cem por cento, e já não preciso de nenhum acompanhamento médico.
Como foi a recuperação e que cuidados foram necessários durante este período?
Julguei que a recuperação ia ser mais rápida, mas é natural que o corpo precise de descansar… Ficava cansado com muito pouco, tinha muito sono e andava um pouco baralhado, no início. Repouso, repouso e muito repouso.
Filipa, o seu marido foi um homem fácil ou difícil de cuidar?
Filipa Telles de Carvalho – Difícil. E como não se recorda do que sucedeu, pior, pois apenas quem esteve presente consegue entender o grande susto e o momento de aflição que foi, e a sorte de o termos cá! E o João não era aquele doente que cumpria tudo à risca. No início, quis logo sair de casa e fazer a sua rotina diária, o que me punha com os nervos à flor da pele, até que começou a abrandar, porque o próprio organismo pedia que abrandasse. Mesmo assim, em casa o meu nome era citado inúmeras vezes, para me perguntar apenas, por exemplo, onde estava…
Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Elisabete Guerreiro; Cabelos e maquilhagem: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oreal Professionnel
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