Aos 57 anos, Maria Vieira continua cheia de energia para fazer rir os portugueses, mesmo nos momentos mais difíceis da sua vida. “Já fiz rir os outros com vontade de chorar”, revela. A par da comédia, a atriz quer explorar ainda mais o seu lado dramático e espera, um dia, poder ter a oportunidade de fazer novelas em Portugal. O balanço que faz dos seus 33 anos de carreira só podia ser positivo. “Apesar do meu ateísmo, levanto as mãos aos céus por tudo aquilo que me foi dado”, afirma.
VIP – A Maria começou a sua carreira de repente, depois de participar numa audição que lhe valeu a estreia em teatro, no extinto Adoque. Como foram os seus primeiros tempos de atriz?
Maria Vieira – Foram tempos de descoberta, de deslumbramento e de aprendizagem. De repente, após aquela célebre audição, tornei- -me atriz e concretizei um sonho de menina.
Que balanço faz destes 33 anos de carreira?
Faço um balanço ultrapositivo. Ao longo destes anos, trabalhei com gente tão distinta e talentosa quanto o Francisco Nicholson, o Júlio Isidro, o Herman José, o Carlos Avilez, o Filipe La Féria, o Mário Viegas, o Fernando Gomes, ou o Miguel Falabella e contracenei com grandes atores portugueses e estrangeiros. Por isso, apesar do meu ateísmo, levanto as mãos aos céus por tudo aquilo que me foi dado.
Ainda tem sonhos artísticos por realizar?
Claro que tenho! Mal de mim se não os tivesse, tendo em conta a minha provecta juventude… O ator é um eterno insatisfeito que corre continuamente atrás dos seus sonhos e eu não fujo a essa regra espiritual de corredora artística de fundo!
Maria foi mãe cedo, aos 20 anos, e já é avó de um menino de dez anos, o Afonso. Sei que tem uma ligação forte com ele e que, juntos, fazem muitas palhaçadas…
À semelhança da avó, é um “palhaçorro”, mas um “palhaçorro” mais contido, mais sóbrio, uma espécie de palhaço rico, que não gosta muito de dar bandeira!
Viveu no Brasil, onde fez duas novelas, Aquele Beijo e Negócio da China. Uma experiência que adorou. Gostava de voltar a viver e a trabalhar no Brasil?
Vivi e trabalhei durante dois anos no Brasil. Adoro aquele país e aquele povo. Fui muito bem recebida por todos: pelo público, pelos meus colegas brasileiros e pelos responsáveis da Globo. Fui distinguida por três vezes com a famosa “Nota 10”, atribuída pela prestigiada Patrícia Kogut do jornal O Globo. Fui muito feliz no Brasil e, obviamente, continuo muito empenhada em regressar ao país onde fui tão feliz. Veremos o que o futuro me reserva. O mercado português é muito limitado e os atores têm, necessariamente, que estar recetivos a todas as propostas que surgem do estrangeiro. Trabalhar na TV Globo – a terceira maior estação de televisão do Mundo – é, seguramente, o sonho de qualquer ator e eu, apesar de já ter concretizado esse sonho, continuo a sonhar com o dia do meu regresso.
Já tem regresso marcado ao trabalho?
Ainda não tenho datas definidas para o início da rodagem dos dois filmes que vou fazer, mas tudo indica que, muito brevemente, estarei de regresso à “faina”.
Texto: Ricardina Batista; Fotos: Liliana Silva; Produção: Nucha;
Cabelo e maquilhagem: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’OréalProfessionnel
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