Ao longo de sete anos, Tânia Ribas de Oliveira partilhou as rotinas profissionais com João Baião, que se mudou para a SIC.
Agora, sozinha à frente de Praça da Alegria, a apresentadora garante que o programa terá mais de si. Tânia Ribas de Oliveira sente que o seu futuro será muito bom e não lamenta a mudança do amigo, pois a amizade fica, independentemente dos canais e das pessoas com quem se trabalha.
VIP – Ao longo de sete anos partilhou as rotinas profissionais com João Baião. Como têm sido estes primeiros momentos sozinha?
Tânia Ribas de Oliveira – Há uma redescoberta diária. Para ser sincera, já não me lembrava de trabalhar sozinha. E num talk show nunca o tinha feito, exceto em situações específicas, em que um de nós tinha de faltar. Já nem me lembrava de como era trabalhar sem ele. A verdade é que tem sido uma surpresa. O mais importante de tudo na vida é a amizade e a nossa vai durar para sempre. Desejo-lhe a maior sorte e sei que ele também me deseja o mesmo. A nossa amizade continua igual, falamos a toda a hora ao telefone. Tudo o resto é trabalho. O João vai ter um trabalho diferente e eu também tenho um trabalho diferente, apesar de ser o mesmo formato. Como assim? Este é um programa completamente novo. Neste momento, pelo facto de o fazer sozinha, tenho gostado muito.
No dia do último programa fez-lhe uma homenagem e confessou não conseguir dizer tudo o que queria. Agora, já consegue?
Achava que não conseguia, mas acabei por lhe dizer tudo (risos). Até muito mais do que na carta que lhe escrevi. Aquelas lágrimas não eram de tristeza, mas de homenagem. Vivemos sete anos inesquecíveis e irrepetíveis. A dupla que nós criamos é irrepetível. O João vai trabalhar com outras pessoas, mas nenhum de nós anda à procura de um melhor amigo porque, quando se encontra é porque não se procurou. Foi uma homenagem à nossa amizade e ao que construímos juntos em termos profissionais, mas, sobretudo, pessoais. O que lhe disse naquele dia digo-lhe em todos os dias da minha vida, porque vai estar sempre presente.
Se vier a ter um programa à mesma hora que o João, será complicado para o vosso público que gosta muito de vos ver juntos?
Ia ser um problema para as pessoas (risos). Abordam- me muitas vezes na rua e dizem que lhes estragamos a vida se ficarmos à mesma hora (risos). Se ficar um de manhã e outro à tarde, tudo bem, dizem. As pessoas saberão o que ver. Mas é uma possibilidade porque trabalhamos em duas estações diferentes e concorrentes. É normal que possa acontecer algumas vezes ou durante muito tempo. Ninguém sabe.
Seria motivo de brincadeira entre vocês?
Nós já brincamos muito um com o outro sobre tudo e mais alguma coisa (risos). Aliás, a ida para a SIC e as conversas que costumamos ter são muito divertidas. Mas tudo muito saudável. O que é importante é que as pessoas sejam honestas, cordiais e sinceras, pois não se sabe o dia de amanhã. E isso somos os dois.
Como se imagina daqui a cinco anos?
Estou a viver muito o presente, porque é melhor. Assim, não projeto cenários que não dependem de mim. Sinto uma confiança brutal em mim por parte da direção de programas da RTP e isso é fundamental. Sei que estou à vontade para falar sobre tudo com eles. Temos conversado muito, nos últimos tempos, e tudo está a ir no bom caminho. Daqui a dois ou três anos, sei que serei uma profissional melhor do que sou agora porque trabalho todos os dias para isso. Acho que as coisas vão correr muito bem. Estou muito confiante no meu futuro profissional. E pessoal também.
Leia a entrevista completa na edição número 877 da revista VIP
Texto: Bruno Seruca; Fotos: Jorge Ferreira e Impala
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