Quero que ela perceba o quanto é bom sonhar.” Foi assim que Patrícia Tavares começou a conversa com a VIP, depois de uma tarde animada a ser fotografada com a filha, Carolina, de 11 anos. A atriz, que atualmente integra o elenco da série juvenil da TVI, I Love It, admite que não só está a ensinar a filha a viver, como também é com ela que tem aprendido grandes lições de vida. Aos 35 anos e a passar por uma boa fase profissional e pessoal – depois de, no ano passado, ter casado com o arquiteto Pedro Iglésias –, a atriz afirma que precisa de estabilidade emocional para poder estar bem e tranquila na vida profissional. A viver intensamente o presente, Patrícia não esconde que poderá voltar a ser mãe no futuro. Até lá, vai partilhando as suas experiências com Carolina.
VIP – É notório que existe um grande entendimento entre as duas. Revê-se na sua filha?
Patrícia Tavares – Acredito que temos a cumplicidade normal numa relação saudável entre mãe e filha. Mimamo-nos as duas, sendo que agora é ela que me pega ao colo e eu adoro (risos). A Carolina tem quase 12 anos, está uma mulherzinha capaz de tomar conta de si própria e é nessa independência e autonomia que me revejo. Revejo-me também na parte mais refilona e na resposta pronta que ela tem. Tem sido uma ótima filha e companheira. Saímos juntas, divertimo-nos muito. Adoramos bailes e dançamos muito.
Sendo tão parecidas uma com a outra, como é que a educa?
Tento transmitir-lhe os valores mais importantes, que são, talvez, os mais simples e, por vezes, também os mais difíceis: o respeito por nós e pelos outros e a honestidade. O valor do trabalho para atingirmos objetivos. E, acima de tudo, tento ensinar-lhe que é bom sonhar.
Partilha com ela experiências que viveu no passado, no sentido de a ensinar a trilhar um bom percurso de vida?
As nossas conversas surgem à medida que vão sendo necessárias, não existem tabus. Falamos de tudo, tendo em conta a idade dela. Tento não me esquecer nunca que a Carolina tem apenas 11 anos… Não lhe escondo nada nem “pinto” a realidade de preto ou de cor-de-rosa. As coisas falam--se com a naturalidade e deixo que seja ela a decidir qual a cor que têm. Não há espaço para a mentira, que abomino. Sempre que é necessário falar com ela, falo tendo em conta a verdade e a escolha das palavras.
Como é ela no papel de ouvinte? Acata bem o que lhe diz?
As nossas conversas nunca são iguais nem lineares. Posso dizer, com muito orgulho, que o caminho que percorremos até aqui não tem sido difícil e tem sido o melhor caminho da minha vida.
Descola-se facilmente da figura de mãe para ser “a amiga” ou acha que entre mãe e filha deve existir sempre a marca familiar?
É importante e saudável que a relação entre mãe e filha esteja com os papéis bem definidos. Somos amigas, sim, mas sou a mãe. No limite, sou eu que resolvo. É também esse o meu papel. Nunca tive de me chatear muito com ela. É boa aluna, ótima cavaleira, gosta de música (toca trompa) e ajuda-me em casa. Que mais posso pedir? Nos momentos menos bons endurecem-se as palavras e a mensagem passa. Ela sabe que é para o bem dela.
A Patrícia não esconde as dificuldades que viveu no passado, que a obrigaram a trabalhar desde cedo. Como é que explica essa realidade à Carolina?
Tudo o que passei faz de mim aquilo que sou hoje. Tenho orgulho no meu percurso, com todos os altos e baixos que já vivi. Não trocava uma vírgula. Sem trabalho nada acontece, a Carolina já sabe isso. Se não trabalhar, os resultados da escola não são os que ela se propôs e ela trabalha porque não gosta de falhar.
O que também está a aprender com a sua filha?
A conhecer-me melhor, a melhorar-me e a trabalhar para ser a melhor mãe possível. Há uma coisa que ela diz: “Mãe, vamos viver o agora.” É isso que temos feito e tem corrido bem. Acho que vamos continuar assim.
É notório que dá muita importância à vida familiar…
A família é o meu porto de abrigo, o meu ninho, o local onde posso ser eu sem qualquer espécie de receio ou filtro. Sem esta estrutura bem alicerçada o resto torna-se mais difícil. Acredito também que se não existir equilíbrio no lado familiar, isso nota-se na parte profissional e vice-versa.
Sente vontade de voltar a ser mãe?
É um assunto de que falamos com naturalidade, mas sem datas definidas.
O ano passado foi marcado pelo seu casamento simbólico. Sentiu necessidade de dar esse passo?
Foi uma necessidade dos dois. Não tornou as coisas nem mais, nem menos sérias. Foi uma “moldura” que os dois quisemos. A vida com amor é sempre mais saborosa (risos).
Portanto, está a viver uma boa fase.
O ano passado foi um ano de equilíbrios. Fui e sou feliz na minha vida familiar e também fui presenteada a nível profissional com a possibilidade de fazer cinema, com o filme 7 Pecados Rurais, que já é o segundo filme português mais visto de sempre. Não podia estar mais feliz e grata.
São fundamentais as experiências como o cinema e/ou o teatro para a renovação de um ator?
Sinto que todas as áreas de representação são importantes para o desenvolvimento de um ator. O cinema é o meu sonho de menina, estou muito grata ao Nicolau Breyner, à Cinemate, ao Henrique Dias e ao Frederico Pombares por me terem permitido viajar até Curral de Moinas. Foi uma viagem maravilhosa. Estive rodeada de pessoas maravilhosas, desde a figuração à equipa técnica, passando, obviamente, pelo excelente leque de atores.
Agora está também na televisão, em I Love It, da TVI. Como está a correr?
Muito bem. É um projeto, quanto a mim, vencedor. Acredito que toda a equipa, técnica e artística, está de parabéns. Depois, por ser um trabalho com outra linguagem, é muito mais estimulante e exigente, como eu gosto (risos).
Como é que a Carolina reage ao seu mediatismo?
Ela vê a série, sempre que lhe é possível. É minha fã e isso deixa-me muito orgulhosa. Mas parece–me que não permite que os mundos da mãe e da atriz se misturem. Nesse aspecto, é muito protetora da mãe, o que me orgulha.
Já conta com “uns bons anos” de carreira…
O balanço que faço positivo. Tenho a sorte de viver o meu sonho de criança. Também tenho a consciência de que, se cheguei aqui, foi com trabalho e que só com trabalho é que poderei continuar.
O que é que não esquece?
Todos os trabalhos têm a sua complexidade. Acima de tudo, não esqueço as minhas origens. Mas quero continuar a fazer aquilo que gosto e a viver. É isso que faço para me reinventar como atriz: vivo.
Tem medo que o espectador se canse da sua imagem?
Não. Felizmente, tenho tido oportunidade de representar muitas personagens diferentes. Tenho sentindo sempre o carinho do público, o que me agrada e me dá força para continuar. É para eles que trabalho.
Vê-se que tem cuidados com a imagem. Submeteu-se a algum tratamento de rejuvenescimento?
(Risos) Tenho consciência da minha idade e pensei muito antes de me submeter a um tratamento. Prefiro chamar-lhe de tratamento preventivo. Escolhi o Dr. Chams, porque tenho várias amigas que o consultam e reconheço os extraordinários resultados que têm conseguido. Comecei a notar algumas marcas de expressão no rosto, que o Dr. Chams tem vindo a corrigir. O melhor é que é tudo de forma natural e praticamente indolor.
Tenho de lhe fazer a pergunta da praxe: tem medo de envelhecer?
Não é uma questão de ter medo de envelhecer. Trabalho com a imagem e, embora não seja escrava dela, sei que há cuidados que tenho de ter. Se é possível prevenir o envelhecimento, por que não aproveitar? Se alimentamos o corpo, também podemos e devemos alimentar a pele. Não tenho qualquer problema em admitir que faço estes tratamentos, como também não tenho em admitir que já recorri a uma cirurgia para aumentar o peito, porque quis e porque pude (risos). Sou a favor de que tudo o que existe e que pode ser usado para nos sentirmos melhor com a nossa imagem, deve ser usado.
A Carolina sabe que a mãe faz estes tratamentos? Como lhe explica?
Claro que sabe! Era impossível que não soubesse. Expliquei-lhe com a maior naturalidade. Ela reparou logo depois do primeiro tratamento que a minha pele estava mais bonita.
Então as diferenças no rosto são imediatas?
Iniciei os tratamentos há oito meses, mas deu para perceber logo após o primeiro tratamento, sim. A diminuição das marcas de expressão é progressiva e evidente. E não só, também sinto que recuperei elasticidade na pele e que o meu rosto ganhou luz. E beleza (risos).
A Patrícia aparenta ser uma mulher frontal, que não deixa nada por dizer. É mesmo assim?
Sou. Tento ser sempre verdadeira e honesta comigo e também com os outros. É por isso que digo sempre tudo o que acho. Antigamente, as coisas saíam-me sem filtros, agora posso demorar mais algum tempo, mas digo o que tenho a dizer. Aprendi a esperar e a encontrar a melhor forma de falar, principalmente procurando nunca magoar ninguém.
Texto: Micaela Neves; Fotos: Bruno Peres; Produção: Zita Lopes; Maquilhagem e Cabelos: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel
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