Acalentando o desejo de voltar a ir aos Jogos Olímpicos, Gonçalo Carvalho apoia-se na família, e no cavalo Rubi, para concretizar o seu sonho. Pai de Guilherme, de quatro anos, o cavaleiro pode voltar a ser pai novamente. São essas as suspeitas da mulher, Carmen, que tem estado muito emotiva, à semelhança do que lhe aconteceu, aquando da primeira gravidez. A VIP foi saber como a família, vestida pela Sacoor Brothers, vive esta época festiva.
VIP – Quais são os seus objetivos para 2014?
GCC – O ano de 2014 vai ser muito exigente porque, o ano seguinte, será o das qualificações para os Jogos Olímpicos. Vou entrar com cavalos novos e temos de fazer muitas provas para os cavalos poderem ganhar experiência no campo de pista, de forma a que, em 2015, consigamos pontuar para cumprirmos o objetivo, que é a qualificação para os Jogos Olímpicos do Brasil.
Como foi participar nos últimos Jogos Olímpicos?
GCC – Foi uma das melhores experiências da minha vida! Foi um momento único, em que consegui reunir todos os ingredientes necessários em competição. Tive lá a minha equipa completa, o ambiente e o público eram fabulosos, o que me ajudou a ter uma prestação ótima porque estava descontraído, como nunca estive. Vou recordar essa minha prestação para o resto da minha vida.
Acha que Portugal motiva os cavaleiros?
GCC – (Risos) Acredito que as coisas vão melhorando. Deveria motivar-se mais.
A sua família continua a apoiar a sua carreira?
GCC – Muito. O meu pilar é a família. Sem a família, não teria conseguido o que consegui.
Carmen Carvalho Conchinhas – Tentamos ao máximo…
Considera a sua carreira estável ou instável?
GCC – O mundo equestre não é estável. Mas, dentro do possível, acho que a minha vida é estável, sim.
Motiva o seu filho Guilherme a montar?
GCC – Não o forço nesse sentido. Ele já montou várias vezes, de vez em quando monta comigo. Mas só se ele pedir.
Pretendem ter mais filhos?
GCC – Eu gostava de ter uma filha.
E ficavam só com essa menina e o menino?
CCC – Eu gostava de ter mais! Gostávamos muito de ter uma casa cheia de crianças. Mas não é fácil. A vida não nos dá tempo, para os conseguir acompanhar. Não basta tê-los… Ter filhos é também estar com eles. Por acaso, tenho estado muito emotiva, tal como quando estava grávida do Guilherme… vamos ver…
O que dá mais trabalho, um cavalo ou um filho?
GCC – Eu acho que o cavalo dá mais trabalho, sinceramente. Um cavalo de alta competição dá mais trabalho do que um filho. O seu cavalo Rubi é acompanhado por um osteopata, faz massagens e acupunctura…
Tem mais cuidados com ele do que consigo?
GCC – Muitos mais (risos)! Deveria ter um bocadinho mais de atenção comigo. Nesse sentido, devia ser mais exigente comigo, como sou com o cavalo. Vou tentando sê-lo, com o tempo que tenho, o que não é fácil. Mas, sim, tenho mais cuidados com o cavalo do que comigo. Dizem que o cão é o melhor amigo do Homem.
No seu caso é o cavalo?
GCC – Sim, é o meu cavalo, o Rubi.
Sempre pensou ser cavaleiro ou considerou outra profissão?
GCC – Desde muito pequeno, com a idade do meu filho, que eu venerava os cavalos. Cheguei a começar a tirar um curso, que não conclui, de engenharia do ambiente. Gostava muito de concluir o meu curso, mas não para exercer, apenas para satisfação pessoal.
O que sente quando está a montar?
GCC – É como se fosse uma droga. Eu posso montar de manhã até à noite, que fico bem. Por mais cansado que esteja, a satisfação que sinto é tão grande que é mesmo uma droga, é viciante.
Qual foi a melhor lição de vida que aprendeu?
GCC – Ser persistente, seguir as minhas ideias, os meus instintos, não me deixar influenciar pelo que me rodeia. Porque, muitas vezes, as pessoas tentam influenciar-nos num sentido não tão positivo, porque a alta competição é, também, isso mesmo. É uma das grandes lições que tenho aprendido. Em alta competição não existem amizades. Por mais que custe perceber, amizades não existem. No momento em que entramos lá para dentro, todos querem ser bons, todos querem ser os melhores e isto é um desporto individual, uma disputa entre pessoas. E, nesse sentido, tenho aprendido que sou só eu, depende de mim e de mais ninguém.
Mas já foi traído na alta competição?
GCC – Isso já me aconteceu muitas vezes.
O que faria para dinamizar a equitação em Portugal?
GCC – A primeira coisa que faria, seria organizar provas para as pessoas que não fossem profissionais. Acho que é uma lacuna em Portugal.
Como é viver com um cavaleiro?
CCC – (Risos) Não é fácil, porque é uma profissão que exige dele muitas horas do dia. O Gonçalo sai de manhã e chega a casa tardíssimo. E isto inclui fins de semana e semanas inteiras, em estágios e em competição. Não é fácil de gerir. As mulheres sonham com a chegada de um cavaleiro num cavalo branco.
Considera-se sortuda por ter um cavaleiro num cavalo castanho?
CCC – (Risos) Eu considero-me uma sortuda por ter o Gonçalo ao meu lado, com ou sem cavalo, castanho ou branco.
Sente-se uma princesa num conto de fadas?
CCC – (Risos) Sinto-me uma princesa, mas não num conto de fadas. É uma vida muito difícil. É difícil conseguir-se estar ao lado dele e respeitar tudo o que este meio envolve e exige. Não é um conto de fadas. Mas sinto-me uma princesa ao lado do meu príncipe, o Gonçalo.
Se pudesse escolher outra profissão para o seu marido, qual escolheria?
CCC – (Risos) Não, acho que já não seria o Gonçalo.
São uma família unida?
GCC – Sim e só assim é que funciona. Estamos numa fase muito exigente para os dois, a nível profissional, e não há tempo. Se não fossemos unidos, não conseguíamos.
Texto: Carlota Arantes; Fotos: Bruno Peres; Produção: Elisabete Guerreiro; Cabelo e maquilhagem: Ana Coelho com produtos Maybelline e L'Oréal Professionnel
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