Este ano o Pai Natal vai voltar a entrar em casa de Tânia Ribas de Oliveira e de João Cardoso, como acontecia no passado, quando a apresentadora passava a noite de 24 à espera que o velhote de barbas brancas descesse pela chaminé da cozinha da avó e lhe deixasse os presentes no sapatinho. Pais de Tomás há precisamente um ano, a partir de agora a quadra vai ser toda preparada para ele. Uma alegria para os pais que veem no filho, nascido dia 18 de dezembro, ou seja, sete dias antes da noite da consoada, a melhor prenda que podiam ter recebido.
VIP – Como é que vai ser este Natal?
Tânia Ribas de Oliveira – Vai ser em família, como sempre, aliás. Não é o primeiro Natal com o Tomás, porque o ano passado ele tinha cinco dias, nasceu dia 18. Agora, com um ano, já vai ser diferente. Ele já gatinha por todo o lado e está quase a andar. Acho que vai ser um Natal muito feliz.
O ano passado, possivelmente, foi um Natal especial, mas não terá sido bem Natal…
Sim, foi passado entre fraldas. E ra tudo uma novidade, mas foi uma quadra muito especial. Foi muito quentinho. Lembro-me que ele passou a consoada inteira a dormir, portanto, foi muito calmo e tranquilo. Mas o Tomás foi o melhor presente que eu e o João poderíamos receber.
Mãe de Tomás há um ano, agora não há nenhum presente que venha superar esse?
Não. Aliás, a partir de agora acho que vou ser como os meus pais eram e os meus avós. Vou passar a viver o Natal sempre na tentativa de proporcionar o melhor para o meu filho. O Natal é das crianças. Há a magia de reunir a família, de decorar a casa. Este ano já vou fazer a árvore de Natal com o Tomás. Imagino que vá ficar linda (risos)… Acho que os meus Natais vão ser completamente virados para ele.
Mas o Tomás ainda não percebe nada. Deve achar piada às luzes….
Sim, não vai perceber nada, mas um dia vai ter memórias do passado com todos à volta dele, nesse dia.
Portanto, esta época não é dos adultos?
É dos adultos, mas no sentido de reunir a família. Acho que há um sentimento de saudosismo e até de melancolia que, muitas vezes, se instala nos adultos.
A Tânia também sente isso? Sente que fica melancólica ou saudosista?
Não sou nem uma coisa nem outra, sobretudo, porque não tenho motivos para isso. Não perdi pessoas importantes para mim nesta altura… Quer dizer, por acaso perdi um grande amigo nesta altura, mas já passou muito tempo e nós aprendemos a viver com isso. Mas eu acho que é pesado para as pessoas que não têm junto de si as pessoas que mais amam. Não é uma altura feliz para todos.
Que recordações guarda dos Natais da sua infância?
Tenho lembranças extraordinárias. Penso imensas vezes nos meus pais, nos meus avós, no meu irmão Miguel, que nasceu alguns anos depois de mim. Nós vivíamos a consoada na expectativa da meia-noite para abrirmos as prendas, porque acreditávamos no Pai Natal. Acreditei até muito tarde, porque os meus pais faziam tudo muito bem feito. Fechavam-nos no quarto, porque o Pai Natal descia pela chaminé da cozinha da minha avó e, se nos visse, fugia. O meu pai fazia barulhos para nós pensarmos que era ele que estava a chegar. Depois disso, íamos à cozinha e as prendas já lá estavam na chaminé. Eram Natais muito mágicos.
Tem uma noção de Natal muito familiar e tradicional. Vai tentar passar isso ao Tomás?
Claro, quero que o meu filho acredite no Pai Natal. A fantasia não tem idade. Até quanto mais tarde as pessoas acreditarem em sonhos, e quanto mais tempo conseguirem manter a sua criança interior acordada, melhor.
Já sabem o que vão dar ao Tomás?
Vamos limitar as prendas até porque ele faz anos muito perto do Natal. E não faz sentido nenhum ele abrir, imagine-se, três prendas no mesmo dia. É uma injeção de informação tão grande que ele nem aproveita o que tem. Ele, curiosamente, não é miúdo de ligar muito a brinquedos. É capaz de ficar a brincar com uma garrafa de água uma data de tempo, ou com as etiquetas das fraldas. Acha mais graça ao meu telemóvel do que a brinquedos, propriamente ditos.
É incrível a atração que as crianças tem pelas novas tecnologias…
Sim, é muito estranho. Parece que nascem ensinados. Ele tem 11 meses e está ali a dar com o polegar no ecrã táctil, à espera que aconteça alguma coisa porque ele sabe que acontece. Isso desenvolve o intelecto. Sim, seguramente. Mas eu brinco muito com ele a coisas tradicionais que impliquem montar e construir. Ele adora Legos. Eu construo e ele destrói (risos). Mas, se há um telemóvel por perto, para tudo.
A Tânia já tinha dito que quer que o Tomás tenha uma infância a brincar na rua, a sujar-se na terra. Sim.
Ele ainda é pequenino, mas eu quero que ele brinque. Eu não gosto nada que ele fique um dia inteiro fechado em casa. Até agora, que está muito frio e chove, eu agasalho-o bem e vamos sempre dar uma volta. Gosto que ele saia de casa. Passou um verão sempre a passear connosco por todo o lado.
A Tânia colocou várias imagens desses passeios no Instagram. Faz questão que os espectadores da RTP, que o viram a crescer na sua barriga, acompanhem o crescimento do Tomás?
Sim, mas nas fotos que publico ele aparece sempre de costas, porque não acho que faça sentido expô-lo demais. As pessoas que estão dentro da Praça da Alegria, no público, quase todas as semana veem fotos do Tomás porque eu mostro como é que ele está. As pessoas que o veem na rua quando ele está comigo comentam sempre “ah, este é que é o famoso Tomás”.
Está preparada para que ele um dia seja o famoso Tomás, no sentido de as pessoas já o conhecerem por ser o seu filho?
Eu estou preparada para tudo, mas ele vai ser o que quiser ser. Desde que continue com os traços de personalidade que já mostra, dá-me a certeza de que vai ser uma pessoa muito feliz.
Que traços são esses?
Ele é muito bem-disposto. Mas é seletivo e meio tímido. Acho imensa graça porque ele só se ri quando quer. Nunca quando lhe pedem. E está sempre a falar. É muito falador. Ninguém entende o que ele diz, mas fala que se farta. Sai à mãe! É a única coisa na qual ele sai à mãe. Porque, de resto, é a cara chapada do pai. É muito fofo. Está sempre a palrar, faz expressões e mexe muito as mãos. Acho que vamos ter grandes conversas um com o outro, quando ele começar a falar. Voltando ao Natal.
É a Tânia que prepara a ceia de Natal lá em casa?
Não, eu trato muito bem da decoração, mas, em relação à comida, tenho ótimas cozinheiras lá em casa. Os doces de Natal são sempre feitos pela minha mãe, pela minha avó e pela minha sogra. Eu decoro a casa para receber a família e arrumo a cozinha. Só não cozinho. Este ano, ainda não decidimos se fazemos a consoada na nossa casa ou não.
Preocupa-se com a “linha” nesta altura do ano?
Eu preocupo-me o ano inteiro com o que como, precisamente para poder chegar a esta altura e poder cometer algumas loucuras. Estou autorizada, por mim própria, a fazê-lo. O que acontece, normalmente, é que, como há tanta coisa para comer, eu enjoo e perco o apetite.
Que prenda gostava de receber este ano?
Não penso nisso. Não ligo nenhuma. No dia dos meus anos, o João escreveu uma carta pelo Tomás e ofereceu-ma. Recebi um envelope à meia-noite a dizer “mamã”. Aquilo foi o presente mais bonito que já recebi. Ligo muito mais a atitudes do que a presentes. Portanto, este Natal espero receber umas palavras bonitas do pai do Tomás, que já fico muito feliz. Por outro lado, lembro-me da prenda que mais me marcou: foi uma bicicleta que recebi quando era miúda. Pedi uma, durante algum tempo, porque o meu irmão tinha e eu também queria. Fiquei muito feliz quando os meus pais me deram uma.
Falando um bocadinho do casamento com o João. É fácil manter o romance com um bebé em casa?
É mais difícil namorar. Mas o Tomás facilita-nos a vida, porque é um bebé muito tranquilo e tem rotinas. Por volta das 20h30 ele já está a dormir e dorme a noite toda, desde os dois meses e meio. A partir dessa hora, consigo ter tempo para tudo. É maravilhoso e eu tenho noção que sou uma sortuda.
O pai continua a estar muito presente e a ajudar muito com o Tomás?
Sim. Ele continua a fazer tudo. Põe-no o dormir, dá-lhe banho, leva-o à creche, brinca com ele… Faz tudo. Têm uma relação ótima, os dois. Parecem o João grande e o João pequeno. Parece clones. Às vezes, estão os dois a olhar para mim, fazem ambos uma expressão idêntica com as sobrancelhas e são idênticos.
Desejos para 2014?
Pessoalmente, espero que a minha vida continue assim, porque, se assim for, continuarei a ser muito feliz.
O futuro profissional vai continuar a passar pela Praça da Alegria?
Não há qualquer indicação em contrário, acho que é um projeto para continuar. A dupla é uma aposta ganha e eu adoro este horário porque, agora, o meu horário é acordar sempre às 7 da manhã. Portanto, rentabilizo muito mais o meu dia pelo facto de ir trabalhar mal acordo.
A Praça continua a ser um formato no qual se sente confortável?
Sim, gosto muito de fazer talkshows e gosto muito de trabalhar em direto. Adoro trabalhar com o João [Baião] e trabalhar de manhã. Mas também nunca escondi que adorei fazer o concurso. Eu gosto de fazer televisão, tenho uma paixão enorme por aquilo que faço.
É uma mulher realizada?
Sim, mas acho que ainda vou fazer muitas coisas diferentes. Sinto-me feliz e realizada, mas sei que as coisas acontecem quando têm de acontecer.
Voltar a ser mãe, por exemplo, enquadra-se nesses desejos?
Quero voltar a ser mãe, mas não faço planos. Quero que eles tenham pouca diferença de idade, mas que essa diferença permita que o Tomás tenha gozado dos pais, enquanto bebé.
Querem uma menina?
Sim, mas eu adoro ser mãe de um menino. Tenho dois irmãos, portanto, sempre lidei muito com rapazes. Claro que, se vier uma menina, vou ficar muito feliz, porque será uma experiência totalmente nova.
Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: José Manuel Marques; Produção: Nucha; maquilhagem e cabelos: Inês Franco
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