Já viveu nos Estados Unidos, quis ser fotógrafa até que começou a representar. Iniciou a carreira de
atriz em Super Pai e hoje podemos vê-la na RTP, na série Os Nossos Dias. Madalena Brandão fala à VIP sobre os desafios da sua profissão e de como a maternidade mudou a sua vida.
VIP – Estreou-se como atriz em 2000, no papel da Camila em Super Pai. As pessoas ainda se lembram de si como a filha mais velha da série?
Madalena Brandão – É incrível que isso aconteça, mas sim. Por mais que tenha continuado a trabalhar e as pessoas me reconheçam pelos papéis que estou a fazer no momento, vão sempre parar ao Super Pai. Durante muitos anos chamavam-me diariamente “superfilha” na rua, agora pelo menos, já me chamam de “supermãe”.
Foi nessa altura que se apaixonou pela representação?
Tinha vivido nos Estados Unidos, onde tive aulas de representação e acho que foi aí que tudo começou. Quando voltei continuei a ter aulas de teatro, mas nunca pensei vir a fazê-lo profissionalmente. Achei que iria ser fotógrafa e que o teatro seria mais como um hobby. Mas, entretanto, comecei a gravar o Super Pai e as coisas inverteram-se. Decidi investir na carreira de atriz e a fotografia ficou para os tempos livres.
Se pudesse escolher, que personagem gostaria de representar?
Sinceramente, não tenho um estereotipo de personagem que gostasse de representar. Aliás, até tenho chegado à conclusão que as personagens aparentemente mais simples são as mais desafiantes. Basicamente, espero ter oportunidade de fazer papéis interessantes em projetos com os quais me identifique.
Em Os Nossos Dias, interpreta Patrícia, uma desempregada que sofre com a crise. Sente que houve uma grande mudança a nível de televisão com a crise financeira? Sim, como em todas as áreas, temos que nos adaptar a estes tempos trazem. Fazem-se mais novelas chamadas low cost, mas o importante é que se continua a apostar em ficção nacional e sinto que, apesar de tudo, a qualidade dos produtos tem continuado a crescer.
Como tem sido a resposta do público a esta personagem?
Esta novela tem uma história muito atual e infelizmente há muitas pessoas na mesma situação da minha personagem. Pessoas que andam na luta e que simplesmente não conseguem ter uma oportunidade. Recebo muitas mensagens de pessoas que estão a viver as mesmas dificuldades da Patrícia, o que me deixa triste, mas espero que ela as motive a não desistirem e a acreditarem que tudo pode mudar.
Continua a ter tempo para se dedicar ao projeto UBU Pet Photography?
Na UBU Pet Photography faço sessões fotográficas a animais de estimação. É um conceito muito explorado noutros países e ainda pouco explorado em Portugal. Tem tido uma ótima aceitação e tem-me dado muito gozo. Cada sessão é um desafio diferente, uma surpresa. Continuo a fazer sessões aos fins de semana, apesar de não ter tanto tempo para me dedicar ao projeto como quando não estou a gravar.
É mãe de Duarte, de dois anos. Como encara a maternidade?
É como se tivesse comprado um bilhete só de ida para um planeta novo, mais desafiante e muito mais interessante, onde as prioridades estão muito bem definidas.
É uma mãe muito preocupada?
Sou uma mãe muito presente e atenta, mas tento não ser muito preocupada. Estou sempre lá para o meu filho, mas tento não o pressionar nem sufocar. Tento ter calma e não o incentivar de maneira nenhuma a dar passos antes do tempo dele. Quero que todas as fases do seu crescimento sejam conquistas dele e não minhas. Mas há coisas que me preocupam sim, nomeadamente a sua alimentação. Nunca lhe dei uma papa de pacote, mas também nunca tive de o levar ao hospital, nem dar antibióticos. Preocupo-me também que ele seja livre, autoconfiante e feliz e em não castrar a sua criatividade.
O que mudou na sua vida depois do nascimento do Duarte?
Tudo! É uma mudança muito rápida e um bocadinho dura. Sinto que tive de crescer muito, de forma abrupta, foi tudo muito intenso. Internamente, talvez tenha sido a mudança mais difícil da minha vida, mas também a melhor, sem dúvida.
E o seu corpo mudou muito? Que cuidados tem?
Mudou, claro, mas não me chateia nada. Até acho que gosto mais de como é agora. Tenho cuidados, mas não sou nada obcecada com o corpo. Costumo treinar com a minha PT, Ana Faias. Faço aulas de dança e semanalmente faço tratamentos de corpo e rosto na LX Clinique, em Campo de Ourique.
Gostaria de ter mais filhos?
Gostava muito que o Duarte não fosse filho único, mas sinceramente, neste momento não penso nisso. Neste momento só me preocupo em ser a melhor mãe possível e em aproveitar todos os segundos com ele.
Na sua opinião, qual é o maior desafio para um ator?
É manter o foco e estarmos sempre num estado de consciência de nós próprios para nos irmos sempre superando e crescendo com cada personagem que fazemos.
Se não fosse atriz, que outra profissão gostaria de ter?
Sempre gostei e tive curiosidade em fazer várias coisas. Tenho um curso de fotografia e outro de tradutores e intérpretes, e já trabalhei nessas áreas, mas também gosto de costurar, cozinhar, restaurar… Adorava saber trabalhar com madeira e ser carpinteira, por exemplo. Também teria curiosidade em saber fazer outras coisas dentro da minha área: produção, realização, guarda-roupa, maquilhagem…
Texto: Bárbara Corby; Fotos: Bruno Peres: Produção: Romão Correia; Maquilhagem e cabelos: Ana Coelho com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel
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