Mia Rose
“O meu namorado é o meu trabalho”

Famosos

Depois do sucesso na música, Mia Rose aposta na representação e na sua personagem Bia

Sex, 01/11/2013 - 0:00

Publicou o primeiro vídeo no YouTube aos 18 anos e, desde então, tem sido um fenómeno na Internet. Hoje, com 25 anos, Mia Rose é a prova de que os sonhos realmente se realizam. A menina de sorriso meigo, que se define com uma “pessoa muito trabalhadora e dedicada”, soma sucessos na música, já escreveu um livro e, agora, realiza mais um sonho, ao protagonizar a série juvenil da TVI, I Love It.

 VIP – Conhecemos a Mia através da música quando, em 2006, começou a publicar vídeos no Youtube. De onde surgiu a vontade de ser atriz? 
Mia Rose – Sempre gostei muito de cantar e representar, desde pequena. São dois sonhos que sempre tive. Na escola, participei em muitas peças de teatro e esse mundo esteve  sempre presente parte na minha vida. Depois, ao longo do meu percurso, foram surgindo oportunidades e eu nunca deixei escapar nenhuma. 

Como foi o seu percurso na representação, até aqui? Como surgiu a oportunidade de protagonizar esta série da TVI? 
Em 2011, convidaram-me para fazer uma participação numa série da Rede Globo, onde fiz de Fernanda, uma portuguesa. Depois, participei da primeira série da Red Bull, onde interpretei uma personagem má, uma cantora muito conhecida que queria destruir a vida dos artistas que estavam a começar. Foi uma personagem muita gira e um projeto muito interessante. Vivi em Los Angeles durante os cinco meses em que estive a desenvolver esse projeto. Quando voltei para Portugal, a minha agente ligou-me a dizer que a TVI tinha interesse em que eu fosse a protagonista da nova novela e eu aceitei, com muita felicidade. Tem sido um projeto muito engraçado em todas as vertentes. 

Já trabalhou no Brasil, quando interpretou a personagem Fernanda, na série Acampamento de Férias, da Rede Globo. Quais são as maiores diferenças a nível do método de trabalho? 
São métodos bastante diferentes, com maneiras de abordar muito diferentes. Mas isso foi ótimo para mim, porque pude aproveitar a sabedoria de lá e daqui. Claro que, no Brasil, eram poucos episódios e, aqui, temos de ter um episódio gravado por dia. Isso faz com que o ritmo seja completamente diferente, mas ambas são equipas muito profissionais. São pessoas muito pacientes e isso é importante. 

Até agora, qual tem sido o feedback da sua personagem Beatriz? 
Não consigo julgar-me a mim própria, mas, até agora, o feedback que tenho tido dos fãs e das pessoas mais  próximas tem sido muito positivo. Gostam da Beatriz, dizem que estou a fazê-la bem, com naturalidade, que é a única coisa que posso ir buscar, já que nunca tive aulas de representação. E eu faço questão de ver a novela e avaliar o meu desempenho. 

A Bia dá aulas num ginásio. E a Mia, que relação tem com o desporto? 
Sempre gostei muito de fazer desporto. Faço equitação e ténis desde muito pequenina. Já a Beatriz é uma professora de body combat, uma modalidade que eu nunca tinha feito, e isso foi complicado. 

Como foi a preparação para a personagem? Teve aulas de body combat? 
Não, nunca tive aulas de body combat , porque temos um ritmo muito acelerado e preferimos dar mais importância à vertente da representação. Essa é a minha parte preferida, é onde eu posso tentar descobrir a minha personagem, ver quais são os sonhos dela, desvendar o seu lado amoroso e ver até onde ela pode ir…

A Mia é daquelas pessoas que não dispensa uma ida ao ginásio? 
Gosto muito de ir ao ginásio, acho que faz muito bem. Não só porque trabalhamos o nosso corpo, mas porque o exercício físico liberta endorfinas que nos deixam mais felizes e eu acredito nisso. Sempre que saio de lá, saio mais feliz. 

Acha que o trabalho como atriz exige mais do que o de cantora? 
Sem dúvida que representar exige mais de nós. Tenho de entrar numa personagem e isso não acontece quando canto. São muitas horas em estúdio a gravar, ou à espera de gravar. São muitas cenas para aprender de um dia para outro. Tira-nos muito mais tempo. 

A Bia e Mia têm o mesmo sonho. Isso tornou mais fácil a construção da personagem? 
Claro que sim! Temos as duas o sonho de cantar e isso tornou tudo mais fácil. Mas também há diferenças: eu sou muito sonhadora, criativa, estou sempre de cabeça no ar… O meu pai costumava chamar-me “Madame Butterfly” exatamente por causa disso. A Beatriz é muito mais pés assentes na terra, racional, desbocada… tenho aprendido muito com ela. Sempre fui de dizer o que sinto, mas ela é totalmente assim, sabe dizer “não”, é muito honesta, não aceita nada que não ache correto. E eu, às vezes, tenho alguma dificuldade em dizer “não”. 

Se pudesse escolher, que personagem gostaria de representar? 
Se algum dia me deixassem escolher, com certeza que gostaria de encarnar a atriz Audrey Hepburn. Ela é o meu ídolo! 

É escrava da imagem? 
Não. É claro que há dias em que me apetece vestir mais a rigor. Mas gosto de me vestir segundo o meu estado de espírito e, se me apetecer usar um macacão e uns All Star, saio assim. Sou apenas escrava de mim mesma. 

Quando sai, o que nunca se esquece de levar na mala? 
O meu telemóvel. Não é a resposta mais bonita, podia dizer que é “o meu livro preferido” (risos)… Mas não! Preciso muito do meu telemóvel para poder comunicar como toda a gente. 

É adepta das redes sociais? Gosta de ler tudo o que lhe escrevem e responder aos fãs? 
Sou uma miúda do século XXI. Eu comecei nas redes sociais, no YouTube, e apoio todas as redes sociais. Se não fossem elas, eu não estaria aqui a dar uma entrevista. Não fazia sentido eu existir sem os meus fãs e as pessoas que me apoiam. Eu aprendo muito com eles. As pessoas, às vezes, esquecem-se que temos que ser humildes, acima de tudo. Eu leio tudo o que os meus fãs me escrevem e, muitas vezes, eles vão ter comigo à Plural, no fim das gravações, para me dar beijinhos e tirar fotografias. Isso é, sem dúvida, o mais importante para mim e o que me deixa mais feliz por poder trabalhar neste meio.

Nasceu e foi criada em Londres. Qual foi a maior diferença que sentiu quando regressou a Portugal? 
O mais difícil foi a língua. Eu já estudava português com a minha avó, mas passar a ter aulas em português e fazer os trabalhos de casa em português… foi muito difícil. Eu já tinha as tradições portuguesas e por isso, nesse aspecto, não senti muita diferença. E adoro o tempo, o sol, o mar… Adoro viver em Portugal e é aqui que quero comprar o meu primeiro apartamento. Com todas as viagens que faço, acabo por voltar sempre à minha terra. 

Como está o coração? Solteira ou comprometida? 
Estou completamente comprometida com o meu trabalho, o meu namorado é o meu trabalho. É ele que me dá apoio e é onde me sinto bem (risos). Eu considero-me uma pessoa muito profissional, gosto muito de fazer o meu trabalho de casa e sei que é agora ou nunca. O trabalho vem em primeiro lugar. Sempre. 

A Mia estudou Jornalismo durante um ano e decidiu deixar a universidade para abraçar a música. Pretende, um dia, tirar um curso superior? 
Eu pus os estudos em segundo plano, quando me foi dada uma oportunidade no mundo da música, que era o meu grande sonho. Ofereceram-me um contrato com a Universal Music e se há coisa de que eu não gosto é de deixar fugir uma oportunidade. Mas, um dia, hei de tirar um curso. Não sei se será o de Jornalismo, porque as pessoas mudam de interesses. Talvez até vá tirar um curso que não tenha nada a ver com as artes… 

Quantas tatuagens tem? Há alguma com um significado especial? 
Tenho quatro tatuagens. A mais importante foi feita em Espanha e é um triângulo no pescoço. É dedicada ao meu irmão, que é a minha alma gémea e uma pessoa muito importante para mim.  

Texto: Bárbara Corby; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Manuel Medeiro; Maquilhagem: Ana Coelho com produtos Maybeline e L’Oréal Professionnel

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