Dois anos depois de um afastamento a que chama “retiro sabático forçado”, Ana Salazar regressa com um novo projeto,
uma nova marca e até um novo amor. De bem com a vida, e assumindo a sua atitude pioneira, a estilista está pronta para voltar a conquistar o mercado, com a marca Ana by Herself.
VIP – Comecemos por falar da sua nova marca, Ana by Herself. O que traz com esta novidade?
Ana Salazar – A ideia é ter parcerias, tal como tinha com a marca Ana Salazar, nas cerâmicas, nos óculos, nos perfumes, nos têxteis lar… Basicamente, vou trabalhar com empresas industriais que considerem que o trabalho de Ana Salazar – marca que vendi e que não posso utilizar – é uma mais-valia. Há algumas parcerias na área do calçado e da confeção que, com o tempo, poderão concretizar-se. Se não, estou a pensar fazer com a minha filha (Rita Salazar) uma edição limitada para apresentar, muito em breve, uma passagem de modelos. Pormenores é que ainda não sei… Mas este é um projeto completamente novo, que requer tempo. Construir uma marca requer muito engenho, muito marketing, muita arte e muito trabalho.
Vai continuar a desenhar?
Exatamente. Já desenhei várias coisas, como as próximas fardas para o Farol Design Hotel e a coleção de verão 2014. Mas esta ainda não é a tal coleção que desenhei com a Rita, que foi feita para colmatar uma situação muito importante. Temos imensas clientes que querem realmente Ana Salazar, como a Rita tem percebido na loja dela, uma necessidade que tem crescido ao longo dos últimos anos. Como sinto muita recetividade, não só por parte do público em geral, mas também das minhas clientes e dos media – e como já estou há dois anos num período sabático forçado –, julgo que está na hora de voltar.
Como é que a Ana se sentiu, durante estes dois anos?
Foi um processo difícil porque só deixei completamente a empresa em 2012, de forma inesperada… Mas custou-me muito. Dei tudo àquela marca, inclusive a minha vida sentimental, porque já estava separada do Manuel (Salazar) há muitos anos, apesar de continuarmos sócios e amigos até ele ter morrido, em 2010. De facto, a minha paixão era o meu trabalho e foi complicado.
Por outro lado, estes dois anos deram-lhe a oportunidade de viver aquilo que não viveu, durante esse extenso período de dedicação ao trabalho…
Eu sou uma pessoa positiva e vou vivendo porque acho que a vida é uma passagem, curta, e que se deve viver sempre com alegria. Aliás, brindo sempre à vida que é uma coisa fantástica. E, a partir daí, tiro partido das coisas que aparecem. Hoje faço as coisas de forma muito mais contida, porque as coisas mudaram um bocado, mas não sou nada pessimista… Há a crise, que é brutal, mas também temos de ver que, mesmo neste enquadramento, há gente a fazer coisas novas, a abrir novos negócios… Porque é isso que devemos fazer para resolver a crise, em vez de cruzarmos os braços.
Nestes dois anos houve pessoas, amizades, que se afastaram?
Sim, eu diria que sim. Nestes últimos tempos tenho criado novas amizades e novas formas de viver. Mas eu sempre tive uma postura na vida que nunca passou por pedir nada a grandes amigos… Nunca! A amizade não se pede, é algo que tem de ser sentido de parte a parte. E, em assuntos de dinheiro, já sabemos que não podemos contar com ninguém… Sempre contei apenas comigo própria. No entanto, talvez me tenham faltado algumas pessoas naqueles dias em que precisava de um ombro amigo, sabe?
Costuma dizer-se que é quando caímos em “desgraça” que conhecemos os verdadeiros amigos. Sentiu isso?
Apercebi-me, de facto, de algumas coisas estranhas. Eu tinha um negócio, uma marca que custou imenso a construir e, de um momento para o outro, ficou o vazio. Na verdade, eu estava na posição da pessoa que devia ter sido apoiada, com telefonemas de quem gosta de mim, o tal ombro amigo…
De que sente mais falta do passado?
Se calhar, dessas pessoas e das viagens que fazia porque eu viajava imenso e estava habituada a passar cá pouco tempo. Viajava muito por sítios fantásticos, com amigos, com quem conversava imenso… Se há coisa que adoro é passar horas a conversar! Porque a amizade é um dos valores mais fortes, a par do trabalho.
Tem aparecido muito acompanhada pelo Nuno. Há ou não uma relação?
Prefiro não fazer grandes comentários sobre a minha vida privada. Mas, efetivamente, nos últimos tempos, o Nuno tem sido meu motorista, meu segurança e tem sido, para mim, o tal respaldo, alguém que tem estado sempre ao meu lado e, por isso, tem sido muito importante na minha vida.
A Ana não acha que a sua relação com um homem muito mais novo dá uma certa esperança às mulheres mais velhas que ainda estão sozinhas?
(Risos e um acenar afirmativo com a cabeça)… Olhe, até nisso sou pioneira!
Texto: Alexandra Ferreira; Fotos: Sílvia Santos
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