Conhecido por ser um cidadão do Mundo, D. Miguel de Bragança é duque de Viseu e irmão de D. Duarte Pio, duque de Bragança. Com toda a simpatia que lhe está inerente, abriu-nos as portas da sua Casa das Fidalgas, a quinta onde vive, em Santar, e falou sobre as saudades da Suíça, onde nasceu, sobre Portugal e o que o inspirou a começar a pintar. Hoje, a pintura é uma grande paixão.
VIP – Tem intenções de um dia voltar para a Suíça?
D. Miguel de Bragança – Adoro a Suíça que, para mim, é o país mais bonito do Mundo. Se tivesse dinheiro, iria lá todos os anos, mas a minha vida e a minha existência centram-se em Portugal. Quero continuar aqui e desenvolver projetos de âmbito cultural, social e de reflexão sobre o futuro, como a harmonia universal.
Quais são as suas principais áreas de interesse cultural?
Em primeiro lugar, o esoterismo, os fenómenos de óvnis e extraterrestres, as antigas e atuais profecias e, de modo especial, o tema dos chamados governantes invisíveis.
Como nasceu o seu gosto pela pintura?
Tenho talento para o desenho desde muito pequeno… Frequentei as Belas-artes e nas várias exposições em que tenho mostrado os meus trabalhos, as críticas têm sido francamente positivas.
Existe algo que lhe serve de inspiração?
Toda a fantasia e, sobretudo, o chamado mundo da banda desenhada. Sou um pintor do fantástico.
Que pintores mais admira?
J. Vermeer e H. R. Giger, este último, de forma particular, pois é o grande autor surrealista do fantástico, que, de forma mais intima, mais apela aos meus gostos e trajetórias artísticas pessoais… É considerado por muitos o príncipe modesto, mas, acima de tudo, um cosmopolita.
Concorda com essa afirmação?
Sou essencialmente um europeu. Gosto da minha existência, da minha solidão, da minha vida virada para o estudo, a análise e a reflexão dos problemas globais. Adoro conhecer e saber mais, gosto dos meus passeios a pé pela cidade de Lisboa. Tenho uma vida normal e muito económica.
Por que escolheu viver na Casa das Fidalgas?
Herdei-a, é confortável e gosto de viver aqui. São mais de 30 anos da minha vida entre estas paredes… A casa é rodeada por árvores centenárias.
É um homem da Natureza?
Sempre fui um homem da Natureza… Adoro passear a pé e estar em contacto com a Natureza. Gosto imenso de animais, sobretudo, de os tentar compreender e acompanhar… A Casa das Fidalgas também possui uma extensa vinha.
Dedica-se à produção do vinho Dão?
O vinho na Europa, como negócio, é uma desgraça por causa dos novos e grandes produtores de outros continentes, pelo que a vinha já não é rentável, em pequena escala, como era o meu caso… Já vendi quase todas as vinhas.
É duque de Viseu. Quais são as suas ligações afetivas a Viseu?
Gosto muito de ser o sétimo duque de Viseu e adoro a cidade, que é, pela terceira vez consecutiva, eleita a Melhor Cidade de Portugal. Diz-se que os portugueses perderam a esperança e vivem cada vez mais desesperados.
Qual a sua opinião?
Sempre foram assim, há séculos… É um denominador comum, uma característica ancestral… Que continuem assim, como sempre foram.
Em geral, que opinião tem sobre os nossos governantes?
Boa. Acho que não são incompetentes de todo… mas as circunstâncias são muito adversas.
E sobre a figura do Presidente da República?
É um homem honesto, empenhado, mas… sem jeito para o cargo.
Texto: Bárbara Corby; Fotos: José Manuel Marques; Produção: Elisabete Guerreiro
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