Numa altura em que Débora Montenegro volta a estar próxima de Ricardo Guedes, com quem namorou quatro anos, a modelo opta nesta fase por resguardar a vida sentimental. Débora, de 28 anos, encara o amor com seriedade e a maternidade é, para já, um sonho adiado. Atualmente, a manequim é uma das embaixadoras da discoteca Bliss, em Vilamoura, Algarve.
VIP – Verão é sinónimo de férias, mas a Débora tem estado a trabalhar no Algarve como embaixadora na discoteca Bliss. Como tem corrido este desafio?
Débora Montenegro – Tem corrido muito bem. Apesar de ser um projeto que vive de noite, as pessoas que fazem parte dele não estão ligadas diretamente à vida noturna, o que acaba por se tornar num ambiente mais leve. O ambiente do Bliss é muito selecionado, o espaço é ao ar livre e tem sempre um cartaz promissor, o que faz deste local o preferido por muitas figuras públicas e não só. Vejo neste projeto um ambiente saudável, daí ter muito prazer em fazer parte do mesmo.
Significa que não terá férias no verão?
Aqui, consigo trabalhar e também aproveitar um pouco do Algarve. O facto de ter muitos amigos de férias nesta altura pelo A lgarve permite-me fazer diversos programas. Nunca tirei férias no verão, normalmente é quando tenho mais trabalho, por isso, já estou habituada a este ritmo. Faço muitos quilómetros entre o Algarve e o Norte e tento conciliar o trabalho no Bliss com o resto dos trabalhos de moda.
Este é um trabalho que exige muito de si quando comparado com a moda?
Exige no sentido em que acabo por trocar as noites pelos dias, mas, como gosto de aproveitar os dois, tento equilibrar as horas de sono. Mas é um trabalho que está a correr muito bem, porque, como não tenho a obrigatoriedade de estar presente todas as noites, consigo recuperar bem e, sem dúvida, cada festa no Bliss é diversão garantida. Cada noite que vou, sei que me vou divertir, pois consigo reunir os meus amigos naquele que é considerado o melhor espaço deste verão.
O verão também é propício a paixões e a Débora ter-se-á reconciliado com o Ricardo Guedes. Está feliz?
Preferia não explorar esse assunto, estamos numa fase em que estamos demasiado expostos e, para já, gostaria de preservar este momento.
A vossa relação está agora mais forte?
Por vezes, é preciso fazer pausas e refletir… O tempo ajuda a tomar decisões.
A Débora é uma mulher que vive o amor de forma intensa?
Eu vivo a minha vida de forma intensa, sempre. No que diz respeito ao amor… esse é um assunto muito sério e penso que a segunda prioridade de toda a vida é conquistar um grande amor. Não se previne nem se explica, é algo que respeito muito.
Considera-se romântica? De que forma isso se manifesta?
Para mim, o amor é tímido e excêntrico e o romantismo tem de ser algo natural e presente numa relação.
Aos 28 anos já sente o desejo de ser mãe?
Cada vez mais as mulheres adiam a maternidade por se terem tornado mais independentes e terem carreiras profissionais que não lhes permitem ser mães tão jovens. Neste momento sintome nessa fase, ainda tenho muito para realizar antes de dar esse passo, mas faz parte dos meus planos, sem dúvida. Primeiro, quero reunir todas e as melhores condições para ter um filho.
Começou a trabalhar na moda com 13 anos. Que balanço faz da sua carreira?
Olho para estes anos que passaram e vejo-os como uma aprendizagem. Tenho muito boas recordações e outras menos boas, nunca me deslumbrei, mas percebo que tudo o que faço vai sempre melhorando. Gosto de novos desafios e de fazer coisas diferentes. Isso, para mim, é o que importa. Ao mesmo tempo que sinto falta de casa, posso viajar pelo mundo inteiro, conhecer outras culturas, pessoas e lugares maravilhosos. Perde-se, mas também se ganha.
Lembra-se de quem era a sua manequim–referência nos tempos da sua adolescência?
Cada modelo é única e cada carreira é única. A Cindy Crawford é única, assim como a Cláudia Schiffer e a Linda Evangelista, mas cada uma teve a sua importância em determinado momento. Nunca tive uma referência, tive várias, e tentava aprender o melhor de cada uma.
Já fez vários trabalhos de moda no estrangeiro, mas manteve sempre uma forte ligação com o mercado português. Nunca pensou internacionalizar e levar a um outro patamar a sua carreira?
Não meço a minha carreira em patamares, mas sim em oportunidades. Já vivi em Milão e tive muitas oportunidades de explorar mais o mercado estrangeiro, mas talvez por não me sentir ainda preparada a dar esse passo, fui ficando e também porque nunca senti essa necessidade de ir residir noutro lugar. Mas estou numa fase em que penso muito em ir para fora; existem mercados muito bons para trabalhar que estão numa enorme evolução e por onde já passei, como Angola e Dubai.
O que acha que mudou na moda ao longo destes 15 anos de profissão?
Antigamente, dizia-se que a carreira de modelo era curta, mas, hoje em dia, é possível perceber que ela vai-se prolongando para 20 ou 30 anos. Mas tudo depende.
O que faz para manter a boa forma física?
Não existe um segredo ou uma fórmula mágica, tento ser uma pessoa saudável, com consciência alimentar. Faço alguns tratamentos de estética na Clínica Ibérico Nogueira, como LPG e radiofrequência, para refirmar a pele e prevenir a celulite, e adoro programas ao ar livre. No inverno opto por ir ao ginásio.
Ouve muitos piropos? Acha graça?
Depende… mas, normalmente, não acho muita piada, a não ser que seja de alguém mais próximo e em tom de brincadeira.
E quais são os seus cuidados de beleza?
Adoro usar cremes, comprar produtos de beleza, maquilhagem… Sempre que passo na Sephora, compro alguma coisa, nunca saio ilesa… então, tenho de usar. Hoje em dia, tenho muito mais cuidados do que quando tinha 20 anos, que era capaz de sair de casa sem colocar creme. Agora, isso é impossível para mim. A base é sempre a alimentação – esse cuidado vem de dentro para fora –, depois os cremes e a água complementam e faço alguns tratamentos que ajudam a prevenir as manchas na pele.
Já aumentou o peito e, recentemente, fez uma rinoplastia. Sente-se agora totalmente satisfeita com a sua imagem ou gostava de poder retocar mais alguma coisa?
Neste momento, não sinto necessidade de retocar nada, mas penso que a cirurgia estética, muitas vezes, é usada como prevenção e, se for o caso, não terei qualquer problema em recorrer a esse método para me sentir bem mais tarde.
Acha que atualmente se vive uma ditadura da beleza?
Atualmente, existem mais recursos e, hoje em dia, tudo é possível no que diz respeito à imagem pessoal. O importante é ter consciência e saber lidar com toda essa informação de uma forma cuidada e aconselhada. A Débora mostra ser algo tímida, mas quando está a posar para a câmara, demonstra grande à-vontade.
A que truque recorre para vencer a aparente timidez?
Sou uma pessoa discreta, gosto de passar despercebida, mas encaro a câmara como o meu trabalho e, como tal, tento dar sempre o meu melhor. Mas foi algo que foi evoluindo com o tempo – acaba-se vivendo e tudo se torna rotina. É uma evolução natural.
Que projetos tem para breve ou que gostava de poder realizar num futuro próximo?
Tenho alguns projetos que gostava de concretizar na área da moda, nomeadamente, continuar a escrever para revistas sobre moda, atualidade e lifestyle. Gostava muito de lançar uma linha de lingerie e tenho um projeto que está a ser desenvolvido no Dubai que, para já, não posso adiantar muito, só quando estiver mesmo realizado.
Texto: HMC; Fotos: Tito Calado
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