Lorenzo Carvalho
Recorde a entrevista exclusiva que o piloto deu à VIP

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Após a polémica com Judite Sousa, conheça melhor o multimilionário

Qui, 01/08/2013 - 23:00

A passagem de ano celebrou-a no Brasil com Neymar, o jogador do Barcelona, e é também amigo do cantor brasileiro Luan Santana. Agora, celebrou 22 anos com uma megafesta onde gastou cerca de 300 mil euros e à qual nem a atriz Pamela Anderson faltou. “Queria ter trazido a Paris Hilton, mas ela não pôde vir”, conta à VIP Lorenzo Carvalho, piloto de GT3 da Ferrari e… milionário.

Filho único, diz-se muito mimado pela família, que tem negócios nas pedras preciosas e na cosmética. Tentou comprar o Autódromo do Estoril, mas o negócio não se concretizou. De férias em Vilamoura, aceitou dar-nos uma entrevista onde falou sobre a sua paixão pela velocidade, do acidente que, no ano passado, quase lhe ceifou a vida, do sonho de constituir uma família grande e da dificuldade em ter amigos verdadeiros. Afinal, nunca sabe quando alguém se aproxima dele pelas festas dispendiosas que gosta de dar, pelos carros de luxo que tem ou pela possibilidade de, numa qualquer noite banal em Portugal, poder pegar num jacto privado e acabar a jantar em Paris.

VIP – É brasileiro, viveu 12 anos em Milão e agora está em Lisboa. Sentiu muitas diferenças?
Lorenzo Carvalho – Eu viajo bastante. Em Portugal encontrei uma realidade completamente diferente, mas que me agrada, porque quero construir uma família e Portugal permite-me pensar nisso.

Por ser um país mais seguro do que o Brasil?
Sim. No Brasil, morei em São Paulo e em Brasília, e não mudei para cá a pensar nos negócios, mas porque queria uma maior qualidade de vida, mais tranquila para a família.

Chegou cá e apaixonou-se pelo Autódromo do Estoril. Tanto que o quis comprar, verdade?
Verdade. Tentei fazer negócio, mas não deu certo. Continuo apaixonado pelo autódromo, porque o meu ídolo é o Ayrton Senna. Apesar de não o ter comprado, sempre que me apetece, vejo em que dias está disponível e vou correr lá.

Porque é que o negócio não foi para a frente? Qual foi o maior impedimento?
Não quero falar disso… Houve gente a falar de mais no momento errado, o que comprometeu tudo. Infelizmente, não deu certo.

Mas desistiu do sonho? Dizia, na altura, que queria abrir lá uma escola de pilotos da Ferrari…
Uma escola da Ferrari ou uma escola de condução ativa. Para os jovens é uma coisa interessante. Para quem tem empresas também. As pessoas aprendem a lidar com situações na estrada que obrigam a tomar uma decisão em segundos. E isso pode salvar a vida.

Como é que se apaixonou pelos carros?
O meu pai sempre jogou futebol e queria que eu fosse futebolista, mas eu nunca gostei muito. Comecei a correr nos karts; depois, apaixonei-me pelas motas e comecei a correr como piloto de motas. Fiz uma data de provas, mas percebi que nunca ganhava (risos).

Entretanto, teve um grave acidente…
Conheci o asfalto de perto várias vezes, mas no ano passado tive um grave acidente quando embati num camião e quase morri. Quase perdi o braço, teve de ser todo reconstruído em titânio. Foram quatro cirurgias e muita fisioterapia. Foi muito doloroso. Adorava andar de mota, mas, depois disso, percebi que a vida tem mais valor.

Foi o facto de ter deixado de andar de mota que o fez decidir ser piloto de carros?
Exato. E ainda não perdi nenhuma competição. Está a correr bem. Agora, vou entrar nas 24 Horas de Barcelona, em setembro.

Está de férias em Vilamoura. Não devia estar a treinar?
Pois é, estou aqui, mas as minhas festas com álcool terminaram. Não bebo, treino duas horas por dia e tenho uma alimentação muito proteica. É uma tristeza. Morro de vontade de comer um gelado (risos).

O acidente fê-lo repensar a sua vida? Sente que ficou uma pessoa diferente?
Claro que penso duas vezes antes de fazer coisas mais radicais. Mas gosto de tudo o que me dê adrenalina, portanto, não mudei muito.

Como é que os seus pais [Luiz Carlos Leal, de 52 anos, e Cleyci Rita de Carvalho, de 57] viveram o acidente e o período de convalescença?
Eles sofreram muito, porque eu arriscava mesmo perder o braço. Mas nunca me pediram para deixar de competir. Eles respeitam-me muito e, apesar de se preocuparem comigo, sabem que eu ia ser infeliz se deixasse de o fazer.

Qual é o seu sonho de vida?
Nesta altura, com 22 anos e sabendo que apenas tenho os meus pais – que são divorciados –, o meu sonho é construir uma família.

Festejou os 22 anos com uma megafesta, onde até esteve presente a Pamela Anderson. É fácil juntar os amigos? Deve ter amigos de todos os locais do Planeta!
Foi uma festinha (risos). Mas o problema é esse. Eu tive muitos amigos que não puderam vir. Mas eles sabem que estão no meu coração.

Tem fama de dar umas festas dispendiosas. Gosta de ser conhecido por isso?
Tudo o que faço – festas, quando compro um carro novo ou qualquer outro objeto de luxo – não é com o objetivo de ostentar, mas apenas por acreditar que vai dar uma emoção positiva à minha vida. Curto as minhas coisas sem pensar no impacto que causam nos outros. Claro que há muitas invejas e muitas pessoas que falam, mas isso não me interessa nada.

É fácil ser uma pessoa rica em Portugal?
Não é fácil em lugar nenhum. Sobretudo, porque até as pessoas que consideramos amigas, às vezes estão connosco com segundos interesses. Felizmente, não são todos assim e eu sei com que amigos posso contar, porque os verdadeiros já demonstraram várias vezes que o são.

Como é que o Lorenzo sabe que as pessoas se aproximam de si sem ser por interesse?
Só com o tempo e com as atitudes. Eu testo muito as pessoas. Tenho essa precaução. E isso fez-me aprender bastante. Sou muito novo, mas já viajei por quase todo o Mundo. Deixei de estudar porque não gostava da escola e fui viajar. Conhecer novas culturas fez-me muito bem.

Sente que é mais maduro do que os 22 anos que tem?
Não consigo ter nenhum amigo da minha idade. Os meus amigos são todos mais velhos. É bom ter dinheiro e ser novo, mas a verdade é que isso também pode estragar a vida. Eu fiz tudo o que quis fazer. E tudo o que quero fazer, faço. Não tenho aquela emoção de ter de esperar para ter alguma coisa e isso pode facilmente conduzir à depressão.

Então, o dinheiro não traz felicidade?
Traz, claro que sim, mas também traz infelicidade: já tentaram assaltar a minha casa várias vezes – sem sucesso, porque estou sempre acompanhado de muitos seguranças –, fazem estragos nos meus carros…

Como, por exemplo?
Normalmente, saio com o Ferrari, com o Bentley ou com o Porsche. Frequentemente, encontro pessoas sentadas no capô do meu Lamborghini. A última vez, bateram no meu carro, fugiram e eu fiquei com o meu para-choques no chão.

Quantos carros tem?
São vários carros e bons. E até tenho um Fiat Cinquecento.

É reconhecido na rua?
Sim, várias pessoas pedem-me para tirar fotos, para ver os carros.

Aposto que é mais abordado por meninas. O que é que elas têm de ter para o conquistar?
Ser humilde e bonita… não sou esquisito.

É namoradeiro?
Não… (risos). Sou tímido… vamos passar esta parte… (risos).

Qual foi a maior extravagância que já fez e que só é possível por ter dinheiro?
Por exemplo, apanhar um jacto privado e ir jantar a Paris. Ou então, numa festa, comprar todas as garrafas de uma discoteca. Mas agora sei que é um bocado prepotente. Eu nem bebo, mas gosto da rolha a saltar. Sou filho único e muito mimado.

Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Paula Alveno

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