A experiência foi boa, mas chegou. Nucha saiu do 'Big Brother VIP' e espera, sobretudo, que o programa lhe traga mais trabalho. À 'VIP', admite que o último ano da sua vida foi atribulado, mas realça que o divórcio com Paulo Trindade está bem resolvido e que, agora, gostava de voltar a apaixonar-se.
VIP – Que balanço faz do BB VIP?
Nucha – Foi muito giro, principalmente aqueles dias de partilha e de conquista no barracão. Estar fechada, ser vigiada é um misto de sensações, é perturbador, porque de facto aquilo é um microclima. No mesmo dia passamos por 1001 emoções. Mas é ótimo porque testamos os nossos limites, as nossas capacidades, é um desafio.
Esperava ficar mais tempo?
A minha promessa a mim própria e à minha filha era não desistir, mas as pessoas viam-me seguramente falar com a fotografia dela, acho que saí na altura certa. Para mim, já estava a ser complicado gerir os sentimentos, as saudades… E acho que já havia conflitos a mais, aquele género de coisas que não se resolvem porque as pessoas não falam umas com as outras e as coisas ficam por dizer.
Os conflitos já estavam a assumir grandes proporções?
E vão ser ainda maiores, com certeza, porque, à medida que o tempo vai passando, há uma maior saturação. Lá dentro, um dia parece uma eternidade. Eu achava que era explosiva e até fiquei a achar que sou a pessoa mais calma do mundo. Se o Zézé ficar, e se entrarem outros concorrentes de que ele não gosta, ou se ficar a Fanny, não sei… porque já vi, muitas vezes, a situação mal parada.
É por isso que está tanta gente a desistir?
Se as pessoas já não se sentem bem, é melhor saírem. A Liliana e a Marta quiseram sair bem- dispostas, antes de descer o nível…
Fez amizades ou inimizades?
Acho que não fiz inimizades, até porque penso que fui bastante conciliadora e apaziguadora.
Os portugueses ficaram a conhecer a Nucha?
Acho que não sou tão chorona como pareceu e também tive momentos muito divertidos.
O que a levou a entrar? Foi uma daquelas decisões pós-divórcio que as pessoas tomam frequentemente?
De todo, até porque, felizmente, tive um divórcio muito calmo e não preciso de fazer loucuras pós-divórcio. De facto, aconteceu muita coisa após o divórcio, de que não estava à espera. Mas é nessas alturas que descobrimos os nossos amigos, quem deve ficar na nossa vida e quem deve partir. Foi, sobretudo, uma oportunidade. Qual é o artista que não precisa de visibilidade? Quero que as pessoas saibam que estou viva, que estou aqui.
Diz que o divórcio está muito bem resolvido… esquecem-se, assim, 21 anos?
Foram 21 anos de felicidade. Quando as pessoas são amigas, continuam a ser a mesma família, só não vivem na mesma casa. Separámo-nos porque chegámos à conclusão que tínhamos o direito de ser felizes com outras pessoas. Estávamos acomodados a uma relação e isso não pode ser. Se as coisas já não resultam como um casal apaixonado, que fique, pelo menos, a amizade, uma relação de irmãos. O facto de não sermos marido e mulher não significa que não sejamos uma família.
E agora, está preparada para voltar a apaixonar-se?
Claro que gostava de voltar a amar, mas ainda não aconteceu. Acho que as coisas mudaram muito, as pessoas agora vivem muito no virtual, eu não sou desse tempo. Se calhar, é por isso que ainda não encontrei ninguém.
O seu ex-marido teve uma relação com a Dora, depois da separação. Isso não a incomodou?
Não, de todo. Eles já não estão juntos, mas eu espero que ele seja feliz. Já não tenho nada a ver com a vida do Paulo. Agora, tem outra pessoa e quero que seja feliz. E tenho a certeza que, quando eu tiver alguém, ele me vai desejar o mesmo.
Separaram-se depois de ter tido cancro da mama. Acha que o facto de ter passado por isso lhe deu uma nova perspetiva da vida?
Não é por aí. Claro que o cancro me mudou, de alguma forma. Mas a separação aconteceu porque chegámos à conclusão de que isso era o melhor para nós. E ainda bem que assim foi, porque o pior que pode acontecer é uma pessoa acomodar-se a uma relação. Ou, no meio do comodismo, conhecer alguém e surgir uma infidelidade. Isso, para mim, é que é inconcebível.
Que projetos tem agora?
Estou à espera de trabalho. O desafio foi ótimo, é mais uma coisa para contar aos meus netos, mas foi por isso que fui lá. Estou pronta para trabalhar. O projeto 'Gerações' acabou com uma disputa com a Ana.
Isso afetou-a?
Na véspera de entrar para a casa houve um desentendimento por causa de uma camisola, que é uma coisa estúpida, mas não consigo conceber que alguém a quem eu chamava irmã, a quem a minha filha chamava tia, procurasse protagonismo só porque eu entrei no Big Brother. Foi uma grande desilusão.
Texto: Elizabete Agostinho; Fotos: Paulo Lopes, Produção: Elisabete Guerreiro, Maquilhagem: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel
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