Luciana Abreu
“Este papel mágico”

O musical no gelo Aladino e a Gruta Mágica está finalmente em Lisboa. Depois de uma temporada no Teatro Rivoli, no Porto, a história de amor entre Jasmine e Aladino sobe esta semana ao palco do Coliseu dos Recreios para encantar miúdos e graúdos. Luciana Abreu volta a vestir a pele da princesa Jasmine, Paulo Vintém estreia­ se como o simples e apaixonado Aladino e João Didelet aventura­ se a ser o cioso sultão, que sonha casar a filha com um príncipe. A VIP esteve no ensaio geral do espetáculo, que é uma coprodução da Yellow Star Company, de Paulo Sousa Costa, com a Palco Partilhado.

VIP – Depois do Porto, quais as expectativas para o espetáculo em Lisboa?
Luciana Abreu – Espero que em Lisboa corra tão bem como no Porto. O público tem aderido bastante a esta peça e isso deixa­ me feliz.
João Didelet – Pelo facto de ser uma reposição, estamos a aproveitar para acertar algumas coisinhas em relação ao espetáculo do Porto, mas não muita coisa porque correu bem.

Como se sente no papel de Jasmine?
LA – Sinto­ me muito bem. Adoro este papel… É mágico, faz­ me sonhar. Faz­ me muito feliz ver tantas crianças (e adultos) sonharem, nem que seja um bocadinho.

O sultão é um bocado mauzinho…
JD – É pai… Ele quer o bem dela e às vezes exalta­ se um bocadinho, mas não é mau. Acha que sabe o que é melhor para a filha.

As princesas da Disney faziam parte do seu imaginário de criança?
LA – Claro que sim. Fazem parte do imaginário de qualquer criança. Vibrava com todas as princesas. A Jasmine era uma das minhas preferidas.

Alguma vez, como ela, viveu um amor impossível?
LA – Não, nunca vivi um amor impossível.
Paulo Vintém – Acho que já todos nós tivemos, nem que fosse em miúdos por uma pessoa mais velha (risos). Neste caso, é um amor impossível, mas com um final feliz e com a magia da Disney. A parte musical é muito forte!

Como tem sido trabalhar com Paulo Vintém e João Didelet?
LA – Maravilhoso. São os dois muito talentosos, aliás, como o restante elenco. O Didelet tem muitos anos de experiência e dá­ nos conselhos fundamentais. Tem uma visão muito ampla do teatro e tenho aprendido muito com ele. O Vintém é igualmente talentoso. Acho que fazemos um par muito bonito como Aladino e Jasmine.

Sente uma responsabilidade acrescida por ser um espetáculo no gelo?
LA – A responsabilidade está sempre presente na minha vida. Considero­ me uma mulher de armas e quando se trata de trabalho não facilito. A parte do gelo já ultrapassei. Não sou patinadora, mas dou o máximo na parte da patinagem. Tenho exercitado muito o corpo, porque acho que é importante para conseguir dominar os patins. Treino, no mínimo, duas vezes por semana, com a minha personal trainer, Eliza Escalante, que tem feito milagres.

Ao que sei, o João não patina…
JD – Pois, eu não patino. Sei que temos uns sapatos que têm um antiderrapante. Há personagens com lâminas no gelo e outras com os pés bem assentes no gelo, eu sou desses. Já experimentámos e correu bem, mas nos espetáculos há sempre imprevistos e o chão dos palácios costuma ser muito encerado (risos).
PV – Eu patino! Não muito, mas ajeito­ me. Agora, para estar em pleno para fazer uma peça inteira em cima do gelo… é o maior desafio neste espetáculo, para que todos os movimentos fiquem naturais, sem desequilíbrios. Temos ido treinar numa pista de gelo em Viseu.

Porque aceitou este desafio?
PV ­– Disseram­ me que o casting estava a decorrer e depois o diretor musical ligou­ me a marcar uma hora e eu vim. Tranquilo, sem muitas pretensões, como vou sempre a um casting, e correu bem. A parte musical era importante… as músicas são Disney, são mágicas! Estou a gostar muito. A equipa é tranquila, o ambiente é muito bom. É bom trabalhar com a Luciana. O Didelet trouxe um sultão muito cool. Tem sido muito bom trabalhar com ele. Também está a dirigir toda a parte da encenação, é muito tranquilo.

Texto: Carla Simone Costa; Fotos: Jorge Firmino

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