Depois do Palácio de Versalhes, em Paris, a artista plástica conquistou desde o primeiro momento o Palácio Nacional da Ajuda. A exposição individual de Joana Vasconcelos é já um sucesso. Logo no fim de semana seguinte à inauguração, a exposição recebeu 4646 visitantes, conforme indicou fonte da organização da Everything is New, a empresa responsável pela produção da exposição da artista no palácio.
Acompanhada pela diretora do Palácio da Ajuda, Isabel Silveira Godinho, Joana Vasconcelos guiou um conjunto de ilustres numa visita pelas suas obras. A primeira-dama Maria Cavaco Silva, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o ministro-adjunto Miguel Relvas, o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, o presidente da câmara de Lisboa António Costa, a vereadora da Cultura Catarina Vaz Pinto e a presidente da Assembleia Municipal, Simonetta Luz Afonso, foram algumas das individualidades que viram, em primeira mão, aquela que é a maior exposição individual da artista plástica. Ao longo desta visita guiada, a artista plástica foi-se detendo nas suas peças e explicando os materiais usados e os significados que atribui a cada uma delas. As obras emblemáticas, como Coração Independente Vermelho, A Noiva e Marylin fazem parte das 38 peças em exposição, bem como as originais peças cobertas de crochet, inspiradas no bestiário de Bordalo Pinheiro; mas também fazem parte desta mostra peças que nunca haviam estado expostas em Portugal, como é o caso de Lilicoptère, Perruque ou War Games.
Contrariamente ao que aconteceu no Palácio de Versalhes – onde a peça A Noiva (um lustre criado com tampões higiénicos femininos) foi recusada – no Palácio da Ajuda é uma das obras em destaque, tendo sido criado um percurso em dois pisos do monumento.
“Fiquei deslumbrada com o Palácio Nacional da Ajuda e achei que poderia fazer aqui melhor do que em Versalhes. É uma honra estar num palácio português”, disse a artista plástica à Imprensa.
A exposição está patente no Palácio Nacional da Ajuda – que até à Implantação da República, em 1910, foi residência oficial da monarquia portuguesa – até 25 de agosto e foi a última que Isabel Silveira Godinho inaugurou na qualidade de diretora do palácio, uma vez que vai cessar funções.
Texto: Carla Simone Costa; Fotos: Helena Morais
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