Foi mãe em julho, regressou ao trabalho árduo e fala como se Letícia fizesse desde sempre parte integrante da sua vida ao lado
de Paulo Sousa Costa. Diretora de Comunicação da Yellow Star Company, Carla Matadinho continua a desfilar e a fazer televisão, nomeadamente com a rubrica Mamã Cheguei, na Praça da Alegria, mas é com o companheiro e a filha por perto que se sente completa. A relação com o produtor sobreviveu à mais dura provação – a perda do filho de Paulo – e tornou-se mais forte ainda, mas a luta, realça Carla, é para a vida.
VIP – Voltou à passerelle três meses depois de ser mãe, foi uma prova ou estava confiante?
Carla Matadinho – Estava mais insegura, mas adorei desfilar na mesma. Cada mulher reage de forma diferente às transformações que ocorrem durante a gravidez. Eu ganhei alguns quilos e recuperei muito rápido. Claro que fiquei mais nervosa, mas recebi reações bastante positivas. Em setembro fomos os três para a Madeira fazer o desfile Cravo e Canela. Foi espetacular levar a Letícia. O mais importante é fazermos tudo juntos, não fazemos nada de diferente por ela estar cá, é ainda melhor. Ela adora convívio, portanto sempre que viajamos diverte-se.
No fundo, o nascimento da Letícia também trouxe novos projetos profissionais…
Depois de a Letícia nascer comecei a planear como podia voltar à televisão, percebi que no início, logo depois dela nascer, tinha muitas dúvidas, e podia agora passar a palavra para mães e pais inexperientes. Foi quando criei o Mamã Cheguei, para dar conselhos práticos de como comprar um carrinho, de como lidar com cólicas… Não falo de nada que não tenha vivido, mas às vezes as pessoas contactam-me através do Facebook acerca de temas específicos e aí contacto especialistas para poder esclarecer as dúvidas dos pais.
Vai continuar a sua rubrica na Praça da Alegria apesar da alteração dos apresentadores?
Sim, antes ia ao Porto, uma vez por semana, e agora vou continuar em Lisboa. Gosto muito da Tânia Ribas de Oliveira e do João Baião, claro que vai ser diferente, é tudo novo, já estava habituada à Sónia Araújo e ao Jorge Gabriel, mas acho que vai ser agradável.
Diz que tinha muitas dúvidas no início, quando nasceu a Letícia, a quem recorria?
É bom termos alguém que seja uma referência para nós e que tenha experiência. Eu tenho uma amiga que tem dois filhos, sou madrinha de um deles, e ajudou-me por exemplo a escolher o carrinho, chamou-me à atenção para coisas que eu não sabia e também recorria a uma enfermeira frequentemente. É importante ter estas referências porque há dias desesperantes, nós não temos de saber de tudo e é essa mensagem que tento passar. É muito fácil pensarmos que somos más mães quando não é nada disso. Temos o nosso tempo de adaptação e de aprendizagem.
Imagino que ter o Paulo a seu lado a deixou mais confiante…
Sim, soube identificar os choros mais rápido do que eu. O Paulo para mim é uma referência enquanto pai, aprendi muito com ele e com o Paulinho, enquanto éramos os três, e faço questão de passar isso para a Letícia.
Disse que o importante é estarem os três, tentam o mais possível estar sempre juntos?
Sim, é muito raro deixar a Letícia. Tentamos fazer tudo os três, achamos que é importante ela estar connosco. Os pais do Paulo têm sido uma grande ajuda porque agora o ritmo continua igual e às vezes é difícil gerir, mas temos conseguido.
A sua família é do Alentejo, custa-lhe não ter alguém por perto?
Tenho alguma família no Alentejo, mas as minhas irmãs estão espalhadas por todo o lado. Somos muitas, mas vivem todas longe. Claro que gostava de as ter por perto, quando temos um filho é uma grande ajuda.
Já estão juntos há algum tempo, pensam em casamento?
O mais importante que podíamos fazer em comum já fizemos, foi ter um filho. Se acontecer acontecerá, mas vivemos juntos há muito tempo, somos marido e mulher na prática, só não temos um papel assinado. O Paulo é o meu marido, o meu companheiro. Quando se tem uma vida em comum e se ultrapassam tantos problemas…
A vossa relação passou por momentos muito complicados, por isso mesmo é tão sólida?
Já era antes de passarmos pela perda do Paulinho, sempre fomos “unha e carne”, sempre contámos muito um no outro. Se não fosse uma relação forte não tinha aguentado esta tragédia na nossa família. As pessoas pensam que já passaram dois anos e meio e as coisas estão melhores. Isto é uma luta para a vida, as coisas não desaparecem. Se a nossa relação não fosse forte não aguentava.
Texto: Elizabete Agostinho; Fotos: Paula Alveno
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