Estreiam dia 30 a peça Isto É Que Me Dói, no Teatro Villaret, e é lá que vão passar o ano. Apesar de estarem a trabalhar, Sara Barradas e José Raposo dizem que o que interessa é estarem juntos. Afinal, o amor que os une nasceu no trabalho e também passa por lá. Para 2013 o desejo é aumentar a família, apesar de dizerem que não há prazos para ter os 27 filhos que desejam.
VIP – Isto É Que Me Dói é uma peça que foi levada a cena por Raul Solnado em 1977. Agora o José e a Sara adaptaram o texto e estreiam–no em palco na companhia dos filhos de José Raposo. É mais fácil trabalhar assim?
José Raposo – Claro, porque temos grande cumplicidade, temos relações afetivas e acho que isso tudo ajuda no trabalho de palco. São todos muito novos – o Miguel tem 26 anos, o Ricardo tem 20 e a Sara tem 22 –, mas todos têm muito talento. Se não tivessem nunca teria incentivado os meus filhos a serem atores.
Esta é a estreia da Sara em teatro. Nervosa?
Sara Barradas – Sim. Mas por ser uma peça familiar é mais fácil. Se bem que eu acho que não vou conseguir esquecer que está público a ver-me. Mas vou tentar abstrair-me ao máximo e eles vão ajudar-me.
É uma estreia em dose dupla, porque para além desta vão estrear outra peça, não é?
SB – Sim, a Casa de Campo, mas não vai ser para já. Vai ser em janeiro e vamos ficar com as duas em cena ao mesmo tempo.
JR – Uma vai ser às 19h30 e outra as 21h30. É curioso que nesta também entramos os quatro – eu, a Sara e os meus dois filhos. E, para além dos meus filhos, entram também a mulher e a namorada de um e do outro. É mesmo, mesmo na base da família.
Isso também é possível porque a produtora que faz estas peças foi criada por vocês?
JR – Sim, a nossa produtora chama-se Estreia, Sucesso e Despedida Produções Lda. O nome é uma expressão que se usa quando uma peça estreia e é um fracasso, agora o que desejamos é completamente o contrário. Por acaso, a mãe da Sara também está neste projeto como produtora. Ela tinha experiência na área dos eventos, de dirigir outro tipo de eventos, mas está a sair-se lindamente.
Esse sentido de família é vos comum?
JR – Sem dúvida. A Sara tem uma ligação umbilical com o núcleo familiar dela. Eu também. Perdi há pouco tempo o meu pai, mas tenho a minha mãe e a minha cunhada no meu coração. Para não falar nos meus filhos, que são as pessoas mais importantes da minha vida. Eu e a Sara temos características muito parecidas.
O que é que vos aproxima mais?
JR – Então… muito sexo (risos). É comum, não é verdade? As pessoas que se amam têm isso em comum.
SB – Apesar de termos 27 anos de diferença de idades, temos muita coisa em comum. Somos muito parecidos, tirando o facto de ele ser desarrumado e atrasado, por norma! De resto, somos divertidos, bem-dispostos, somos boas pessoas, não gostamos de injustiças.
JR – Não andamos cá para chatear ninguém, andamos cá para nos divertir e divertir os outros. Por exemplo, a Sara é muito envergonhada, mas esta é uma característica comum a muitos atores. E eu, também não pareço nada, mas era um moço supertímido, por isso, às vezes as pessoas que nos abordam e que esperam uma reação mais efusiva da nossa parte, têm surpresas desagradáveis. A Sara põe um travão porque fica aflita com a abordagem das pessoas e não sabe como há de reagir. Ai somos um bocadinho diferentes, mas completamo-nos até nesse sentido. Ora ela está comigo, coitadinha, tem de levar com os bêbados e com os malucos – que vêm todos ter comigo (risos).
Faz um ano que casaram. Ainda se lembram o que é vos encantou um no outro?
SB – Claro, porque o que nos encantou continua a encantar-nos todos os dias.
JR – Sem dúvida. Nela encantou-me tudo. Nós conhecemo-nos e foi amor à primeira vista. Acontece mesmo, a prova somos nós. Ainda hoje não sabemos explicar… Eu nunca pensei que a mulher mais linda do universo fosse olhar para mim e achar-me alguma piada.
SB – E eu achei o mesmo: como é que um homem experiente e tão charmoso como ele ia olhar para uma miúda que não tem nada para dizer. À partida, uma pessoa com 20 anos ao lado de uma com quase 50 não há de ter muito em comum. E eu sempre achei que as pessoas mais velhas não se podiam interessar pelas mais novas por causa da experiência de vida.
JR – Estavas mesmo enganada! Em muitas coisas eu sou muito mais novo do que a Sara e vice–versa. Eu reconheço: sou um puto! Ela é muito mais madura do que as pessoas da idade dela em muitas e muitas coisas. No fundo acho que nos encontramos ali a meio.
SB – Nos 30 (risos).
JR – Nós damo-nos bem, isso é o que interessa.
Houve muito falatório por causa da diferença de idades.
JR – E ainda há.
SB – Agora já não há tanto, mas tudo o que é diferente primeiro estranha-se, depois entranha–se. Quando assumimos foi a “bomba”, depois as pessoas habituaram-se. Ainda assim, não deixa de haver pessoas que criticam e vai haver sempre.
O que costumam ouvir mais?
SR – Que ele tem idade para ser meu avô. Mas nós não damos importância. Quando se ama mesmo, uma pessoa não liga a nada.
JR – É difícil às vezes quebrar as convenções sociais que estabelecidas.
Que balanço fazem deste primeiro ano?
JR – Estamos muito bem. O facto de sermos figuras públicas faz com que se fale mais de nós, estamos mais expostos. Mas aquilo que as pessoas dizem já se vai esbatendo porque as pessoas perceberam que a nossa relação é séria.
Se não fosse não se tinham casado, não é?
JR – Exatamente. E nós casámos sem dizer nada a ninguém precisamente para não haver falatório. Não estamos cá para dar nas vistas. Estamos cá para nos amarmos, porque nos amamos. Fizemos o casamento e nem sequer à família dissemos que íamos casar. Toda a gente pensava que ia apenas ao aniversário da Sara. Quando oficializámos foi uma sensação fantástica. Foi tudo muito bonito.
Não mudou nada por terem assinado um papel?
SB – Já era como se estivéssemos casados, vivíamos juntos, tínhamos essa vida em comum.
Passaram apenas a tratar-se por meu marido e minha mulher?
SB – Sim e gosto muito de dizer o meu marido. É um orgulho! E passei a gostar de ver um anel no meu dedo, que antes não gostava. Nós não casámos por causa do papel, mas sim para partilharmos este momento com as pessoas mais importantes da nossa vida.
Foi o casamento com que a Sara sonhou?
SB – Foi muito melhor do que tinha imaginado. Nunca tinha feito planos para casar, nem pensava casar cedo. Até que conheci o Zé.
Na vida nunca se pode dizer “nunca”.
SB – Sempre achei que ia casar muito tarde, que só ia encontrar uma pessoa muito tarde, mas assim que conheci o Zé mudou tudo completamente e tive a certeza que queria casar com ele e que queria que ele fosse o pai dos meus filhos.
Para quando aumentar a família?
JR – Nós queremos ter 27 filhos, mas não há prazos.
E quem é que deu o primeiro passo nesta relação?
JR – Nós próprios quando falamos nisso, não conseguimos perceber.
SB – Fomos os dois a ir ao encontro um do outro. Os olhares, os sorrisos, o coração a bater mais forte foi acontecendo nos dois ao mesmo tempo. Nós estávamos a gravar quando nos conhecemos e as coisas foram acontecendo.
A Sara já tinha um encanto pelo José, enquanto ator?
SB – Sim. Para já, ele é o Pumba [personagem do filme de animação Rei Leão]. Eu sem saber, porque ainda era uma criancinha, aquele que viria a ser o meu marido já me acompanhava (risos).
JR – Ela apaixonou-se pelo Pumba… (risos).
SB – Ele sempre foi um ator conhecido e querido do público, portanto conhecia-o nesse sentido, mas não o conhecia pessoalmente.
E contracenar agora… Estar em palco com ele, como é?
SB – É bom, mas às vezes distraio-me, esqueço o papel e fico a olhar para ele. Quando temos cenas só os dois esqueço-me que ele é o ator, só vejo o meu marido e apetece-me dar-
-lhe beijos.
Vocês são sempre um casal muito apaixonado. Qual é o segredo?
SB – Estamos sempre a namorar. Porque é isso que sentimos e é isso que nos apetece fazer.
Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Romão Correia; Cabelo e Maquilhagem: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel
Siga a Revista VIP no Instagram
TOP VIP
-
1Nacional
Cristiano Ronaldo
Desiludido com Georgina Rodríguez e tudo por causa dos filhos: “Tinha a obrigação…”
-
2Nacional
Fernando Daniel
Volta a ser arrasado no The Voice Kids: “ Tamanha arrogância “
-
3Nacional
Marco Paulo
Eis o motivo para a família não herdar um cêntimo
-
4Nacional
Marco Paulo
Família ‘impedida’ de lutar por herança: “A menos que…”