Aos 29 anos Iva Lamarão é uma mulher feliz. Orgulhosa da aposta que a SIC tem feito em si, a apresentadora quer continuar a mostrar o seu trabalho para crescer profissionalmente. Apesar de discreta, Iva sorri quando o tema da conversa é André Santos, o jogador de futebol que lhe conquistou o coração. E se a vida lhe corre bem, a apresentadora acredita que o futuro será ainda melhor.
VIP – Que recordações guarda da época em que se estreou na moda, quando tinha apenas 15 anos?
Iva Lamarão – São memórias muito boas. São momentos que guardo e que vou recordando porque ainda faço alguns trabalhos como manequim. Eram tempos felizes e foi o caminho que me trouxe para o mundo da televisão. São vivências felizes.
O que mantém da menina daquela altura?
A maneira de ser é a mesma. Tenho uma maior experiência de vida e menor inocência, mas mantenho-me igual. Sou ligada à família, aos afetos e preocupo-me com os meus. Continuo com os pés bem assentes no chão e estes valores sempre me acompanharam.
Teve sempre o apoio da família?
No início nem tanto. Aos 15 anos é normal estudar. E com essa idade vim para Lisboa, apesar de não ter parado de estudar. Mas vim para Lisboa e entrei num mundo que era desconhecido para os meus pais. Isso assustava-os um pouco. Mas era aquilo que gostava e tive o apoio dos meus pais, que não me privaram de nada.
Sempre teve o sonho de trabalhar em televisão. Aquilo que tem hoje é o que perspetivava para si?
Desde miúda que sonhava com isto. Ser manequim foi algo que aconteceu. Mas não era deslumbrada. Era algo que queira, mas não ficaria triste se não conseguisse. Até porque tirei um curso noutra área. Fui tentando a minha sorte, mas sem ser obsessão. Sabia que era algo difícil porque quase todas as crianças sonham com isto. Porém, tive a oportunidade, que não deixei fugir. Agarrei-me a ela e agradeço as oportunidades que tenho tido.
Quando é que teve a noção de que a televisão seria a sua vida profissional e não uma atividade esporádica?
A partir do momento em que a SIC começou a testar-me e a dar-me cada vez mais trabalhos. Fui fazendo várias coisas e senti que estavam a dar-me oportunidades. A primeira coisa que fiz em televisão foram os diretos na noite. Estava duas horas a falar sozinha, em direto e nunca tinha feito nada.
Acabou por ser bom…
Foi uma grande escola. Vamos aprendendo e evoluindo. Foi o início que me permitiu aprender muito. Depois fui tendo mais projetos e senti que podia ser um caminho. É algo que tenho aproveitado sem esquecer que nada é certo ou garantido. Tenho de mostrar o meu valor cada vez mais.
Consegue eleger o seu melhor momento?
Gostei particularmente de um dia em que estava a fazer uma reportagem para o Fama Show. Passaram por nós o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e o Dr. Mário Soares que se recusaram a falar com qualquer jornalista por causa de uma notícia. Pensei que não ia querer falar comigo, mas tentei e consegui falar com o primeiro-ministro. Esse momento foi muito bom.
O que gostava que acontecesse no seu futuro profissional?
Não penso muito nisso. Se continuar a ter oportunidade de mostrar o meu trabalho já me sentirei feliz. A SIC deu-me a oportunidade de experimentar várias coisas e isso puxa por mim. Continuar assim será bom.
Mas há coisas que gostava de fazer?
Claro. Há muitas coisas. Gosto de bons projetos que me entusiasmem e que puxem pelo meu lado criativo. Tudo o que me dê garra para trabalhar.
Ficava satisfeita se lhe dissessem que os próximos cinco ou dez anos seriam passados a fazer o mesmo?
Estou feliz. De certo modo, posso dizer que sim. É sinal de que continuo envolvida nos projetos.
É fácil trabalhar sem ser afetado pelas guerras de audiências entres os canais?
Eu dou o meu melhor no que faço. Não é o sucesso de um programa que me faz relaxar e descansar. Claro que gosto de saber que os meus projetos têm boas audiências. Isso é importante, mas não é algo que me afete.
Imagina-se a trabalhar noutro canal?
Não penso nisso. Estou na SIC e tenho trabalho. Porquê pensar noutro canal?
Disse que a moda era um caminho para a televisão. Está na televisão, mas continua a fazer trabalho de moda. É uma paixão? Um rendimento extra?
Estou associada à Just Models e tenho recebido convites. Para mim é um grande prazer continuar a fazer esses trabalhos. É algo de que gosto e também é mais algum dinheiro que entra na conta.
No meio de tudo isto, onde fica a Bioquímica? Esquecida numa prateleira lá de casa?
(Risos) Acompanhou-me até 2011. Foram muitos anos de faculdade, trabalhos e estágio em laboratório. Não dava para tudo e tive de optar. Mas não me arrependo de ter tirado o curso. Gostei imenso e sempre que posso regresso ao laboratório, onde me dizem que existe sempre trabalho para mim (risos). Estou feliz com a opção que tomei.
Passou da moda para a televisão, algo muito comum nos dias que correm, quer seja na representação ou apresentação. É uma transição natural ou existe uma dependência da televisão em relação à moda?
É uma continuidade. Conheço muitas pessoas que tiraram cursos superiores e abandonaram a moda para trabalhar em bancos e hospitais. Pessoas que casaram, têm filhos e as suas casas. São caminhos. É uma continuidade. Mas não há dependência da televisão em relação à moda.
Também se imagina casada e com filhos?
Sim, claro. Mas aposto muito na minha carreira profissional. Quero muito ser mãe, mas não vivo obcecada. Chegará no momento certo. Acho que apostar na carreira é uma tendência dos nossos tempos.
Trabalhar numa área que vive da imagem torna mais complicada a escolha do momento para ser mãe?
Nunca pensei muito nisso porque estou focada no meu trabalho. Se quero ser mãe? Quero. Mas não penso nisso nem senti o apelo da maternidade.
Tem muitos cuidados com o corpo?
Desde os tempos de manequim que tenho cuidado com a alimentação. Também vou ao ginásio e tenho cuidados com o corpo. A CM Clínica proporciona que cuide do meu corpo, mas não é nada exagerado. É tudo feito de uma forma saudável.
É vaidosa?
Não sou muito vaidosa. Acho que qualquer mulher gosta de se cuidar.
Pouco fala da relação com o André Santos…
Sei que as pessoas têm curiosidade, mas optei por não expor a minha vida pessoal. Há coisas que têm de ser vividas e sentidas a dois. Daí optar por não falar.
É a parte mais difícil da fama, a falta de privacidade numa relação?
Não tenho nada a esconder. Quando opto por preservar este lado é por ser algo meu e da pessoa que até pode querer que não se fale sobre isso. Tenho de respeitar isso. Não sou eu que decido tudo.
Fazendo um apanhado de tudo o que vive no momento, é a melhor fase da sua vida?
Espero que ainda venham fases muito boas. Estou numa boa fase, mas espero que ainda venham outras fases muito boas. Estou expectante em relação ao futuro.
Texto: Bruno Seruca; Fotos: Paulo Lopes; Produção: Romão Correia; Maquilhagem e cabelo: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oreal Professionnel
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