São os humoristas de maior sucesso em Portugal dos últimos anos. Ricardo Araújo Pereira, 38 anos, José Diogo Quintela, 35 anos, Tiago Dores, 37 anos, e Miguel Góis, 39 anos, formaram os Gato Fedorento em 2003 e têm sido líderes de audiência com os programas que criam.
Contudo, o quarteto não vive obcecado com a presença contínua em televisão. Tanto que desde 23 de outubro de 2009, dia em que foi exibido o último episódio de Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios, que os humoristas não têm um programa num dos canais generalistas nem tão-pouco estão ligados contratualmente a qualquer estação.
Porém, a ausência prolongada do pequeno ecrã não significa que estejam parados e dedicados somente ao ócio e aos elevados rendimentos ganhos com as suas criações.
O único trabalho partilhado por todos é igualmente a maior fonte de rendimento do grupo na atualidade. Trata-se do contrato que têm com a Portugal Telecom (PT). Desde o verão de 2006 que estão ligados à empresa, com contratos que têm sido sucessivamente renovados (Os Gato Fedorento destacam-se pelos contratos de curta duração. Tem sido assim ao longo da carreira, nos diferentes canais onde trabalharam). Apesar dos valores nunca terem sido revelados, foi notícia que cada humorista recebeu aproximadamente 560 mil euros apenas pelo período referente aos anos de 2009 e 2010. Desde o início do contrato que os quatro têm feito diversos anúncios e sketches que são exibidos no Meo, um serviço da PT.
E se esta é a fatia maior do bolo dos rendimentos monetários dos Gato Fedorento, não é a única. Pelo menos para alguns. Por exemplo, Ricardo Araújo Pereira, o mais mediático do grupo, passou a dedicar parte do seu tempo à Rádio Comercial, onde tem uma rubrica humorística diária, chamada Mixórdia de Temáticas, que já resultou no lançamento de um livro com o mesmo nome. Além deste programa, Ricardo Araújo Pereira participa ainda em Governo Sombra, um programa exibido no canal TVI 24 e escreve uma crónica semanal na revista Visão. Recentemente esteve no Brasil, onde participou no evento Risadaria 2012, tendo ainda sido entrevistado por Jô Soares no seu talk show.
Por sua vez, José Diogo Quintela decidiu apostar numa área que nada tem a ver com o humor.
Numa sociedade com Nuno Carvalho, deu início ao negócio A Padaria Portuguesa. “Felizmente temos tido um enorme sucesso comercial e de forma muito consistente, o que nos deu alento para dar seguimento ao plano de expansão definido inicialmente”, explica Nuno Carvalho. Em dois anos, a dupla já abriu 13 lojas e promete não ficar por aqui. “Em 2013 previmos abrir mais sete e chegar às 20 lojas”, diz, deixando claro que ambos não temem a crise. Mesmo assim, “sabemos que não somos imunes à recessão económica do País e gerimos o negócio com uma responsabilidade adicional. Estamos muito atentos aos dados de consumo e ao comportamentos dos clientes das nossas lojas”, explica Nuno Carvalho. Mestre nas piadas, José Digo Quintela tem-se revelado um empresário de sucesso. Além deste negócio, José Diogo Quintela já editou um livro – Falar é Fácil – e escreve crónicas. Aliás, a escrita de crónicas é algo comum aos quatro, apesar de atualmente apenas José Diogo Quintela e Ricardo Araújo Pereira manterem essa atividade.
Tal como José Diogo Quintela, Tiago Dores também escolheu um percurso que nada tem a ver com o humor. A diferença é que o humorista não o fez a pensar no dinheiro que pode ganhar, mas na paixão. Amante confesso de ténis – é presença assídua em todas as edições do Estoril Open, o torneio português de maior reconhecimento internacional – Tiago Dores tem dedicado algum do seu tempo à modalidade que tanto aprecia. A VIP sabe que Tiago participa num circuito de torneios amadores que o levam a disputar jogos fora de Portugal, como aconteceu recentemente em Espanha. À parte disto, Tiago Dores dedica-se exclusivamente aos projetos dos Gato Fedorento.
Ao estilo de Tiago Dores, Miguel Góis também se destaca pela discrição. Longe dos Gato Fedorento, pouco se sabe sobre o humorista, que chegou a escrever uma crónica semanal para um diário desportivo.
Este afastamento da televisão tem dado igualmente a possibilidade dos quatro se dedicarem à família. Ricardo Araújo Pereira é casado com Maria José Areias, com quem tem duas filhas, Rita, de oito anos, e Inês, de sete. José Diogo Quintela é casado com Maria Cabral, com quem tem uma filha, Rosa, de 20 meses. Tiago Dores tem uma relação estável com Sofia Pinto há anos e Miguel Góis é casado com Teresa, com quem tem dois filhos, Frederico, de seis anos, e Gonçalo, de nove.
Ao longo dos tempos, o regresso à televisão tem sido um tabu para os Gato Fedorento. Até isso acontecer, dedicam-se às outras vidas, sem deixar que o sucesso estrague a amizade de longa duração. Aliás, os quatro sempre fizeram questão de ganhar o mesmo valor por contrato, por assumirem que todos têm a mesma importância no grupo.
Texto: Bruno Seruca; Fotos: Impala
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