Catarina Rosas, Cláudia Soares Pereira e Catarina Soares Pereira são o trio de decorado
ras de interiores da Casa do Passadiço, um atelier, em Braga, que celebra este ano 20 anos de existência. Os sobrenomes comuns levantam a ponta do véu sobre o que as une, além da paixão pelo design e decoração: são mãe e filhas e consideram que é “muito fácil” trabalhar juntas. Sendo a Casa do Passadiço um negócio de família, as decoradoras gostavam que os seus filhos e netos pudessem, no futuro, juntar-se a elas. “Mas isso será uma decisão deles, claro”, diz Cláudia Soares Pereira, de 42 anos, mãe de dois filhos. Catarina Soares Pereira, de 39 anos, é mãe de uma rapariga.
A Casa do Passadiço é conhecida por ser fiel ao estilo cosmopolita, elegante e de linhas atuais, garantindo sempre o máximo conforto e sofisticação. As designers de interiores dedicam-se a projetos públicos ou privados e já foram nomeadas para os prémios Andrew Martin Interior Design Review, que são considerados os Óscares do design interior a nível internacional. Em setembro foram galardoadas, em Londres, com o prémio de Retail Interior (Design de Loja) atribuído pela International Property Awards, um marco importante nestes 20 anos de carreira. E, recentemente, apresentaram ao lado de um grupo de profissionais de decoração as suas propostas de Natal na exposição Pratas no Palácio – Natal 2012, no Hotel Palácio Estoril, com a colaboração das pratas portuguesas Topázio. De 16 a 19 de novembro, o público pôde apreciar alguns dos mais belos motivos de Natal no salão imperial do hotel. Este último trabalho das três decoradoras de interiores foi o mote de partida para esta entrevista.
VIP – Participaram na exposição Pratas no Palácio – Natal 2012, que se realizou no Hotel Palácio Estoril. Que balanço fazem?
Cláudia Soares Pereira – Foi um enorme sucesso, com propostas muito ecléticas e interessantes dos variados profissionais que participaram. A associação desta organização, no cenário maravilhoso que é o Hotel Palácio Estoril, com uma marca como a Topázio e os nomes dos profissionais de decoração convidados, só poderia resultar num evento perfeito. Gostámos muito de ter participado.
Em que se inspiraram para criar as vossas propostas de Natal?
O próprio ambiente palaciano do Hotel Palácio Estoril foi o ponto de partida e mote inspirador e, a partir da ideia Pratas no Palácio, pensámos criar um pequeno tea room, com apontamentos natalícios. Decorámos as árvores de Natal com bules em prata, em vez das tradicionais bolas, e criámos um ambiente cosy, à inglesa, na hora do chá.
Nesta exposição usaram pratas portuguesas Topázio. Foi também uma boa oportunidade para mostrar o que de melhor se faz em Portugal?
A Topázio é uma boa marca portuguesa com a qual nos identificamos. Em Portugal existe muita qualidade, artesãos muito talentosos e é fundamental trabalharmos mais que nunca com o que é nosso.
Atualmente, vivem-se tempos difíceis. Que dicas dariam àqueles que pretendem decorar a casa para o Natal sem gastar muito dinheiro?
É sempre possível tornarmos a nossa casa acolhedora e bonita nesta época sem gastar muito dinheiro. Podem-se reutilizar materiais ou usar muitas velas, que transmitem o calor e a luz que gostamos de sentir no Natal.
É possível decorar com bom gosto e a preços low cost?
Sim, é sempre possível criar um ambiente confortável sem gastar muito dinheiro, embora não seja possível garantir a mesma qualidade.
Sentem que o papel do decorador está em crise atendendo à conjuntura económica atual?
Não, porque existe sempre espaço para um bom profissional.
Contornar a crise passa por uma estratégia de internacionalização ou o mercado nacional ainda oferece condições?
Ainda oferece condições, claro, embora a internacionalização seja cada vez mais uma realidade.
Quais são as fortes tendências de decoração para 2013?
Mistura de materiais naturais e uso de padrões geométricos.
O que procuram e exigem cada vez mais os clientes de um decorador?
Um serviço personalizado e eficiente.
Trabalham desde 1992 como designers de interiores. Como surgiu a vontade de trabalharem juntas?
Foi um processo natural, que partiu do projeto Casa do Passadiço, há já 20 anos.
E de onde vem a paixão pela decoração?
Desde sempre nos foi incutida uma sensibilidade estética, era natural que daí tenha surgido o interesse pela arte e decoração.
Como é trabalhar em família?
Muito fácil, porque estamos muito em consonância num objetivo comum, uma força criativa comum e que se reflete num conceito que é já reconhecido.
Conseguem separar as relações familiares das profissionais?
Não precisamos, trabalhamos as três sempre em equipa e, embora cada uma tenha funções específicas, na hora de tomarmos decisões e elaborarmos projetos, reunimos as três. Geralmente, as opiniões convergem e há muita sintonia no nosso trabalho.
Haver laços familiares facilita ou dificulta a gestão de situações de stress? Porquê?
Facilita, porque somos unidas e sabemos com o que podemos contar.
Gostavam que os vossos netos e filhos se juntassem no futuro ao negócio de família?
Sim, mas isso será uma decisão deles, claro.
Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Luís Baltazar e DR; Produção: Sara Batista;
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