Encantada com a sua personagem em Louco Amor, Sónia Costa falou à VIP da serenidade que a representação trouxe à sua vida. Ainda assim, afiança que a música está sempre no seu percurso e que tem projetos novos em carteira.
VIP – A Sónia é cantora, mas vamos começar esta a entrevista a falar de representação. Já estava há algum tempo à espera desta oportunidade…
Sónia Costa – Sim, pelo menos nas novelas, porque nos últimos dois anos fiz teatro. Em 2009 fiz uma pausa nas canções, fiz um casting e fui escolhida para Com Peso e Medida. Andámos dois anos pelo País e foi fantástico. Também já tinha trabalhado com o La Féria, mas no final de 2011 – fiz o curso da Plural em 2009 – tive oportunidade de fazer quatro episódios de Remédio Santo. Batalhei muito, porque sou uma batalhadora nata e a 13 de dezembro recebi um telefonema a convidaram-me para integrar o elenco de Louco Amor. Nunca pensei que me fossem dar o papel de sobrinha-neta do Ruy de Carvalho. Pensei que me iam dar um papel mais pequeno.
Porque está a começar?
Sim e devo muito esta oportunidade aos responsáveis da Plural, porque acreditaram. Claro que eu batalhei, dei sempre o meu melhor, mas nunca pensei que me fossem dar um papel com o Ruy. Saiu-me o Euromilhões! Agora tenho que gerir isto da melhor forma, sabendo que isto está difícil, que o panorama não é bom, que as oportunidades vão escasseando, mas há que mostrar trabalho, profissionalismo e não muitas exigências, para nos mantermos no mercado de trabalho. É isso que quero. E não desiludir quem me deu oportunidade.
Fale-me da sua personagem, que tem vindo a crescer.
Inicialmente era uma coisa mais pequenina. A Elsa estava no café, trabalhava para o Onofre (Zé Raposo), mas o facto de o seu tio Óscar (Ruy de Carvalho) precisar de ajuda para fazer as contas do café alterou a história toda. O enredo vai ficar muito interessante e a Elsa ainda vai sofrer bastante e ainda vai à Broadway, a convite, ver um espetáculo…
Vai cantar na novela?
Não sabemos se a personagem pede isso ou não, embora a Elsa tenha o sonho de cantar, mas é muito envergonhada e nem no karaoke consegue.
Portanto, muito diferente da Sónia Costa…
Muito! Se eu trabalhasse num café servia 24 bicas em dois minutos (risos), passava o tempo a conversar com os clientes e já a subir para o palco. Ali há uma contenção de energia obrigatória. Temos de gerir o que somos na vida real com a personagem.
Como é que a abordam na rua. As pessoas não ficam baralhadas.. costumam vê-la cantar, agora está na novela…
As pessoas sempre me viram como artista, porque conhecem a minha vivacidade nos espetáculos. Ao fim ao cabo, cantar é representar. Agora do que não estava à espera era de ir na rua e começarem a chamar pela Elsa. Dizem-me que gostam muito de me ver, mas que têm saudades de me ouvir cantar… E aí cai um bocadinho a “ficha”.
E quando volta?
Desde os meus cinco, seis anos que o que queria ser era atriz e cantora. Queria ser artista! A música tornou-se mais forte porque os concursos onde participei eram de canto. Estou cada vez mais segura do que gosto e quero ser: cantora e atriz! Agora tenho de conciliar as duas coisas de forma suave, não querer tudo ao mesmo tempo. Não quero mais da vida.
Este ano já lançou um trabalho.
Sim, um projeto de house music, com o Otis no saxofone e com o Quimbé no videoclip. Contudo, mesmo tendo passado na rádio não fiz qualquer tipo de live act porque o mercado está cheio. O espaço na noite para os cantores dispersa-se para outras coisas, como DJs e Casa dos Segredos. Mas não deixei de cantar e pretendo lançar um best of dos meus temas, que mesmo não tendo sido um boom foram conhecidos. Depois tenho uma outra ideia que é gravar temas de soul music e disco sound dos anos 70, 80. Isso já está a ser delineado. Não vou desistir de nada!
Parece-me mais tranquila desde a última vez que a entrevistei. Há talvez três anos estava mais desiludida…
É verdade! Agora estou de bem com a vida e também tem a ver com a representação, com aquilo que se aprende diariamente com as pessoas e sobretudo com uma fase em que olho para trás e penso que, apesar de tudo, nunca me faltou um prato de sopa na mesa, nem uma peça de roupa para vestir. E não me falta amor. Então porquê desesperar? Há tanta gente que faz aquilo de que não gosta. Os artistas são, de certa forma, privilegiados. Não temos benefícios é certo, não trabalhas não recebes, mas estás fazer aquilo que gostas. Quando se fecha o pano é lógico que ficas sozinho. Quando estás inativa pensas em muita coisa que não deves… Olhei para trás e pensei: tenho dois braços para trabalhar, graças a Deus sei fazer tudo e sou autodidata. Portanto, o truque é lutar, tranquilizando–me porque a ansiedade não me leva a nada. Há que confiar, acreditar e amar-me! De resto continuo extrovertida, brincalhona e a falar imenso, como agora (risos)! É isso que me caracteriza.
Fotos: Luís Baltazar; Maquilhagem e cabelos: Ana Coelho com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel; Produção: Romão Correia
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