Débora Montenegro E Ricardo Guedes
Falam da sua relação de três anos

Famosos

“Tentamos lutar contra a rotina”, dizem

Dom, 19/02/2012 - 0:00

 Namoram há três anos e partilham casa há dois anos e meio, mas Ricardo Guedes, de 32 anos, e Débora Montenegro, de 27, não conhecem a palavra “rotina”, até porque vivem constantemente apaixonados.

VIP – Namoram há três anos. O Dia dos Namorados continua a ter uma grande importância ou preferem celebrar noutros momentos?
Débora Montenegro – Não ligamos muito. Normalmente também estamos sempre a trabalhar nesse dia. Obviamente não passa despercebido. Fazemos um programa, mas não pensamos nisso durante meses. Ligamos muito mais às nossas datas de aniversário.

E o Ricardo é muito romântico, faz-lhe muitas surpresas?
DM – Não me posso queixar. Quando ele quer e está disposto a isso é muito romântico e surpreende-me bastantes vezes. Há dias, por exemplo, fez o jantar e eu filmei. São pequenas coisas que fazem a diferença e que acabam por ser memoráveis.

Passa-se o mesmo em relação à Débora?
Ricardo Guedes – A Débora é extremamente romântica. Aliás, tem uma visão romântica de tudo o que faz. Não é por ser Dia dos Namorados que o dia é mais ou menos romântico. Ao longo do ano temos sempre pequenos e grandes momentos.
DM – Eu gosto muito de fazer surpresas, seja a quem for. Por exemplo, a última surpresa que lhe fiz foi no dia de aniversário dele…
RG – Levou-me ao Rio de Janeiro!
DM – Comprei-lhe uma viagem, mas não lhe disse o destino. Estive até à ultima para lhe dizer onde ia. Até brinquei e disse: “Vamos para Aveiro. Faz a mala.” Ele já estava a ficar irritado porque não sabia se havia de levar roupa quente ou fria. Às vezes é difícil surpreendê-lo porque fica impertinente e quer saber onde e como é que vai ser. Mas depois adorou.

E a nível profissional como é que são como dupla? Fazem muitos trabalhos juntos?
DM – Sim, fazemos desfiles, catálogos. Somos uma dupla que funciona bem.
RM – Eu continuo ligado à Multiopticas com uma marca de óculos PRG (Pedro e Ricardo Guedes). Vamos para o terceiro ano com a nossa linha de óculos de sol. Tem sido uma parceria que nos tem dado um ânimo diferente para continuar a estar ligado à moda porque deixam-nos mais ao menos à vontade para fazer a campanha de acordo com a nossa personalidade. Tirando isso, vamos continuando a trabalhar, a viajar e a fazer o melhor porque cada vez há menos orçamentos para publicidade.

Como modelos profissionais sentem muito a crise?
RG – Sente-se a descida do valor do cachet. Felizmente continua a haver trabalho, mas já não com os mesmos valores. Enquanto houver trabalho já não é mau.

E a carreira da Débora como está? Há novidades?
DM – Continuo a fazer da moda a minha vida, mas neste momento tenho um desafio novo, que é um blogue que se chama Etecetera, em deboramontenegro.tumblr.com. É onde falo sobre várias coisas: viagens, marcas e novidades. Como ando sempre a viajar, nomeadamente para Nova Iorque, estou sempre atenta às últimas novidades. Conto às pessoas as minhas experiências. Depois, gosto de escrever e considero que o futuro está na Internet.

Como surgiu esta ideia?
DM – Surgiu do meu booker, o Mário Oliveira. Inicialmente como desafio, mas quem sabe se mais tarde pode fazer parte de uma revista ou dar-me a oportunidade de ser blogger profissional. É uma forma de também dar visibilidade às marcas que me apoiam e confiam na minha experiência.

Abraçam os desafios diários juntos?
DM – Acima de tudo respeitamos muito o trabalho de cada um, apoiamonos mutuamente. O facto de termos a mesma profissão ajuda e por vezes aconselhamo-nos um com o outro antes de realizar um trabalho mais exposto. É importante ter este suporte na nossa relação.
RG – Sim, enquanto estivermos juntos há sempre um futuro. Não podemos ser negativos e estarmos sempre a pensar na crise. Tudo isso também passa.

E também é assim que pensam nos momentos menos bons entre vocês. Que amanhã será um dia melhor?
RG – A Débora é mais positiva em relação aos problemas. Ela diz logo “amanhã vai ser melhor” e eu acredito sempre nela.
DM – Defendo que é uma perda de tempo andar aborrecida ou triste. O meu lema de vida é sorrir e estar bem comigo própria e com os outros.
RG – Engraçado. Com a Débora é difícil estar zangado muito tempo. Ela não deixa. É difícil tirar os braços de cima desta mulher. Mesmo que esteja aborrecido, olho para ela e só me apetece dar-lhe beijinhos. É difícil largá-la.

Pensamos muito em ir para fora”

Voltando ao trabalho, querem apostar mais no mercado internacional?
DM – Neste momento pensamos muito em ir para fora devido às condições que temos no nosso país. Mas lá está, depois pensamos que aqui temos uma vida tão boa – acima de tudo existe qualidade de vida – e felizmente ainda vamos tendo trabalho. Mas se tiver de ser, vamos.
RG – Portugal é dos melhores países do mundo parar morar. Enfrentar a crise pode passar pelas viagens e pelo trabalho no estrangeiro.
DM – Às vezes é importante ir um mês ou dois lá fora só para ver como está o mercado e depois voltar.
RG – Mas não é para fazer viagens prolongadas. É uma temporada.

Não pensam mudar de área?
RG – Vejo-me também ligado ao desporto. Gostava de explorar o lado de treinador ou de professor. Ligado ao golfe, ao surf, aos desportos radicais.

Porquê?
RG – Eu sou os meus hobbies. Por vezes vivo mais dos meus hobbies do que da minha própria profissão. Acho que no futuro vai ser a minha solução.

Como é que se descrevem um ao outro?
RG – Vejo a Débora como uma pessoa estável, muito sólida naquilo que quer e bastante madura para a idade que tem. Desde o começo que foi o que mais me surpreendeu. É uma pessoa carinhosa, muito fácil de estar, com quem consigo manter os meus hobbies. Não pressiona muito porque sabe que também preciso de fazer as coisas que gosto. E depois, é linda de morrer.
DM – O Ricardo tem um espírito muito jovem. É um homem meigo, carinhoso, bom amigo, muito romântico. Tem noção de família. Isso tem a ver com a educação das pessoas. Há homens que não têm tanta facilidade em demonstrarem os sentimentos, mas ele é mesmo assim. É puro. Foi também uma das coisas que me chamou a atenção quando o conheci. Foi essa parte romântica e carinhosa. Ele também é fácil de estar porque eu digo “vamos” e ele diz “vamos”. Alinha em tudo, temos muita cumplicidade nesse aspecto. Obviamente que compreendo que ele queira jogar golfe ou fazer surf, porque ele também compreende que eu faça viagens com as minhas amigas.
RG – Respeitamos muito o espaço um do outro.
DM – Exato. Isso é importante, porque também é essencial darmos esse espaço um ao outro, para haver saudades e estarmos bem os dois. Se estivermos 24 horas colados um ao outro, acabamos por nos cansarmos. Respeitamo-nos um ao outro. Acima de tudo isso é o mais importante.

E já pensam em casamento, filhos?
RG – Está tudo em mente. Continuamos sempre com esses planos, mas quero que seja surpresa. Então não posso revelar mais nada (risos).

A palavra rotina não existe na vossa relação?
DM – Tento lutar contra isso. Há a nossa rotina diária em casa, mas todos os dias são diferentes.
RG – Para mim a rotina é dar beijos na boca e abraços (risos).
DG – É uma rotina romântica.

Recordem-me como é que se conheceram. Sei que foi a trabalhar.
DM – Foi num desfile em Coimbra.
RG – Apaixonámo-nos a trabalhar, mas por incrível que pareça já nos conhecíamos há imenso tempo. Mas nunca tínhamos reparado um no outro. O que me chamou logo a atenção foi os seus olhos. Só depois é que descobri a Débora e quanto mais descubro mais gosto. Ainda tenho aqui tanta coisa para descobrir e ainda tenho muita coisa para gostar.
DM – Praticamente não nos separámos mais… desde que nos conhecemos.

Texto: Ricardina Batista; Fotos: Paulo Lopes; Produção: Elisabete Guerreiro; Maquilhagem: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oréal Profissionel; Cabelos: Tony&Guy Lisboa

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