Quando for formalmente acusado de fraude fiscal e desvio de dinheiro público, Iñaki Urdangarín, marido da infanta Cristina de Espanha, vai ter de se defender “como mais um cidadão normal”, já que a casa real espanhola se desvincula deste escândalo.
“Parece lógico que o Senhor Urdangarín tem de se ocupar do funcionamento da sua vida privada”, afirmou fonte da casa real, citada pelo El Mundo.
Esta é a primeira vez que um membro desta casa real está sob suspeita de ter cometido um crime. O marido da Infanta Cristina e sogro do rei Juan Carlos e o seu sócio, Diego Torres – que já foi indiciado -, estão envolvidos no chamado Caso Palma Arena e podem vir a ser condenados por falsificação de documentos, prevaricação, fraude e má gestão de fundos públicos.
O Grupo de Delinquência Económica da polícia espanhola emitiu, na quarta-feira, um comunicado onde referia que as provas reunidas são fortes e claras, tornando “inevitável” que Urdangarín se torne arguido.
Há suspeitas de ilegalidades na gestão do Instituto Noos de Investigação Aplicada, que organizou vários eventos para o Governo nas ilhas Baleares entre 2003 e 2007, no mandato de Jaume Matas do Partido Popular.
Texto: Ricardina Batista; Foto: Reuters
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