A interpretar o seu grande papel enquanto Aurora na novela Remédio Santo, da TVI, Sara Barradas prepara-se para, aos 20 anos, dar mais um passo decisivo na sua vida. Em Setembro casa-se com o actor José Raposo, 48 anos, o homem que diz reunir tudo o que é preciso para a conquistar. Foi de amores, desilusões e sonhos que se fez esta conversa com a jovem actriz, que também está a formar-se em Psicologia.
VIP – Com 20 anos vai casar com José Raposo. É um sonho tornado realidade?
Sara Barradas – Casar não era para mim um sonho. Há coisas na vida que só fazem sentido numa certa altura, com uma dada pessoa, sem sabermos porquê.
Já é público que vai ser uma cerimónia só pelo civil. Não tem pena que não seja pela Igreja?
Quando casar, será pelo civil porque não sou católica. E o Zé já foi casado pela Igreja.
Muito se tem escrito sobre a diferença de idades entre vocês. Alguma vez pensou que fosse criar tanta polémica?
Por mais que tivesse pensado que podia ser polémico, só me convenci quando me caiu tudo em cima, nem sempre da maneira mais simpática.
Este assunto dividiu inclusive os seus pais. É uma pessoa que precisa do aval deles para tomar uma decisão ou é independente desse ponto de vista?
A minha relação com o Zé não dividiu os meus pais. Eu sempre fui em parte independente, mas não descuro as opiniões da minha mãe.
O que é o mais importante para si numa relação?
O amor, que subentende amizade, a partilha e a entrega e a sinceridade. Esta é para mim a base de qualquer relação. Depois, em cada relação o casal encontra nas convergências e divergências um equilíbrio de gostos, hábitos e formas de pensar.
E o que é preciso um homem ter para a conquistar?
Tudo o que o Zé tem. E quem o conhece sabe do que falo.
Sente que o José Raposo é o homem da sua vida?
É, sem dúvida alguma.
Curiosamente, são os dois actores. Acha que isso pode ser bom ou mau a nível pessoal?
É, certamente, muito bom. Compreendemo-nos muito mais do que os casais que têm profissões e cargas horárias diferentes. E naturalmente, partilhamos muitas opiniões e trocamos muitas ideias.
Está preparada para contracenar com ele, mesmo que seja para fazer outros papéis que não namorada?
O que mais quero é ter muitas oportunidades para contracenar com ele e, obviamente, em papéis que não seja sua namorada. A nossa relação não deve ser um rótulo na nossa profissão.
Começou a ser actriz muito nova. Nunca quis fazer mais nada?
Lembro-me de em criança dizer que gostava de ser actriz e médica… até ter percebido que quando vejo sangue desmaio.
Como é que os seus pais reagiram quando lhes disse o que queria seguir?
Eles sempre me ouviram dizer isso e não ligavam. Há dez anos não se era actor com a facilidade com que se é hoje, como tal, pensavam que era impossível e não tinham ideia se eu tinha jeito ou não.
Sente que a sua personalidade mudou por ter ganho fama tão nova?
Talvez tenha ficado com um pé atrás em relação a muitas pessoas. A fama mostra-nos a maldade e a hipocrisia da nossa sociedade. Obviamente, existem excepções. Mas não sinto que tenha mudado por causa disso.
Ser actriz é uma profissão instável. É por isso que está na faculdade, para ter outras alternativas?
Sim, cada vez mais é uma profissão instável, mas não é por isso que estou a tirar o curso de Psicologia. Estou a tirá-lo porque adoro. Mas nunca me imaginei a ser só psicóloga, sendo que o que me preenche é a arte de representar.
Como é interpretar a Aurora de Remédio Santo?
É bom e mau. Bom por ser tão diferente de tudo o que tenho feito, e de tudo o que tem sido feito – e nesse sentido está a dar-me muito prazer –, mas é por outro lado uma personagem cansativa. Está sempre a sofrer e eu empresto-lhe toda a minha emoção. Às vezes chego ao fim do dia mais em baixo, mas… são ossos do ofício. E eu estou a adorar, principalmente trabalhar e conviver com a Manuela Maria. É muito talentosa e divertidíssima.
Como é que construiu este papel de santa?
Quando li a sinopse fiquei um pouco assustada, com medo de não conseguir dar credibilidade suficiente. Na fé baseei-me na minha avó materna, visto ser crente em Deus. A minha avó tem muita fé e mesmo os momentos de sofrimento, dedica-os a Jesus. No que respeita ao lado mais oculto e de premonições, inspirei-me, de alguma forma, na personagem da Priscila Fantin, na novela Alma Gémea.
O que é que a equipara e a diferencia da Aurora?
Tenho parte da sua ingenuidade e honestidade. Acredito e gosto de acreditar que as pessoas são boas ao invés de más. O que me diferencia dela é que vou percebendo que não é bem assim e vou sendo menos crédula do que ela.
Qual é a reacção do público na rua?
Só me chamam "santinha" e pedem-me milagres! É gratificante.
Conte-nos um episódio engraçado.
Há pouco tempo, na aldeia onde gravamos (Mundão), uma senhora veio ter comigo e começou a "representar" uma cena da santinha que tinha dado no dia anterior. E foi muito engraçado! Ela a fazer a cena com um ar desesperado à minha frente e a dizer as minhas falas. Por fim, "atirou-se" para cima de mim aos beijos e abraços.
Gravar esta novela obriga-a a passar temporadas em Viseu. Como lida com isso? Deve ser cansativo…
É bom para espairecer e respirar outro ar. Só as viagens é que são aborrecidas. Mas come-se muito bem em Viseu!
Com que regularidade e por quanto tempo costuma ficar lá?
Cerca de dois ou três dias por semana.
Como lida com as saudades da família?
Estamos sempre em contacto. E como não fico semanas fora, mas sim alguns dias, não custa tanto.
Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Bruno Peres; Produção: Romão Correia; Maquilhagem e cabelo: Ana Coelho com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel
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