Princesa Mette-marit
Princesa METTE-MARIT chora a perda do meio-irmão

A Noruega sofreu na última sexta-feira, dia 22, dois atentados que deixaram muitos mortos, nesta que é a maior tragédia do país desde a Segunda Guerra Mundial. A família real norueguesa, chocada, tenta confortar os familiares das vítimas, apesar de eles próprios terem sofrido uma perda pessoal: o meio-irmão da princesa Mette-Marit é uma das vítimas fatais confirmadas.

Primeiro, uma bomba explodiu no centro de Oslo, onde estão localizados vários prédios governamentais. Pouco mais de uma hora depois, na ilha Utoya, Anders Behring Breivik, um homem de 32 anos, vestido com uniforme da polícia, disparou contra jovens reunidos num acampamento. Quase uma centena de mortes já foram apuradas, a maioria causada pelos tiros disparados, outros morreram afogados ao tentarem fugir a nadar. O atacante, ligado à extrema-direita, foi detido logo depois e admitiu o crime, além de confirmar as suspeitas de ser ele também o responsável pelos ataques na capital.

A porta-voz da casa real, Marianne Hagen, informou que Trond Berntsen, o filho do padrasto de Mette-Marit, está entre as pessoas que foram mortas pelo atirador. Segundo disse a porta-voz, o meio-irmão da princesa encontrava-se a fazer segurança privada na ilha de Utoeya, onde decorria o encontro de jovens do Partido Trabalhista norueguês.

No domingo aconteceu um serviço na catedral de Oslo em memória das vítimas do atentado. Num país relativamente pequeno como a Noruega muitos sentiram de perto a dor dos atentados e a multidão na igreja era grande. A família real do país também esteve presente e Mette-Marit chorou a morte do meio-irmão.

A busca por vítimas continua, mas as autoridades ainda não divulgaram a lista com os nomes e o atirador deve comparecer ao tribunal na segunda-feira. Até lá, vai acontecer um estudo profundo ao documento de 1,5 mil páginas redigido aparentemente pelo norueguês e que revela que o ataque já era preparado desde 2009. O documento, publicado na Internet, inclui um manual sobre como montar bombas e um discurso contra o Islão e o marxismo.

Texto: Joana Woss; Foto: Reuters

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