Francisca Pinto Ribeiro
“Vou ser uma pessoa muito mais completa”, diz RICARDO PEREIRA

 Habituado ao constante vaivém entre Brasil e Portugal, Ricardo Pereira certamente não irá esquecer a última viagem que fez ao seu país. Na bagagem, além do sotaque brasileiro, o actor, de 31 anos, trouxe a notícia da gravidez da mulher, Francisca Pinto Ribeiro, de 27 anos, com quem se casou há dez meses. “Já sabíamos há algum tempo, mas guardámos a notícia porque queríamos dá-la primeiro aos meus pais e aos meus sogros”, explica Ricardo Pereira, não escondendo que o casal ficou “muito feliz” com a boa-nova.

A pesquisadora de arte está no terceiro mês de gestação e o casal está a aprender a lidar com a nova fase da sua vida. “Acho que se descobre o 'ser pai' quando o filho nasce. Já sou feliz e acho que serei uma pessoa muito mais completa quando o bebé nascer. Penso que vou trazer felicidade a outras pessoas, ao resto da família e isso deixa-me feliz. Gosto de perpetuar valores. Vai fazer-me muito bem”, refere, orgulhoso. Ricardo Pereira conta ainda que não se nota muito a barriga da mulher e que o casal não está preocupado em saber o sexo do primeiro filho. “Não tenho muita curiosidade em saber se é um rapaz ou uma rapariga. Não tenho preferência, é um filho. Que venha com saúde. O que vier é porque teve de vir”, diz. E, apesar de Francisca pensar da mesma forma, o actor não acredita que esta consiga ficar os nove meses sem saber o sexo do bebé. “Não vai aguentar sem saber. Conheço a minha mulher”, graceja.

Ricardo Pereira revela também que a gravidez foi ponderada pelo casal. “Nós já vivemos juntos há algum tempo, por isso não se colocava aquela questão de aproveitar o tempo depois do casamento. A partir do momento em que entendemos que estava na altura certa, o que viesse, vinha. Decidimos que estávamos prontos para isso.”

Prestes a integrar o elenco de uma nova novela brasileira, o actor não exclui a hipótese de o seu primeiro filho nascer no Brasil. “Poderá acontecer. Por um lado, o Brasil tem uma grande história nas nossas vidas. Pode nascer lá, faz sentido. Não temos urgência em que nasça em Portugal, pois a sua cidadania será portuguesa. Acho interessante que nasça lá. É prematuro falar disso, mas é uma hipótese porque estamos a trabalhar lá e a viver lá”, diz, realçando que o seu novo projecto o impedirá que venha a Portugal "com assiduidade” ao longo dos próximos meses.

Família grande

Ao optarem, para já, por não saber o sexo do primeiro filho, Ricardo e Francisca pouco têm falado sobre eventuais nomes. “Tenho a preocupação de escolher um nome que seja agradável enquanto criança e enquanto adulto. Acho que isso é bom para o crescimento”, diz, sorridente. E o nome escolhido poderá ser brasileiro? “Já pensámos nisso, mas acho que será um nome português”, conta.

Apesar de ainda faltarem cerca de seis meses para o nascimento da criança, Ricardo Pereira não esconde o desejo de ser pai várias vezes. “Se quero ter uma família grande? Quero. Vamos é ver se posso. Não gostava que fosse filho único porque habituei-me a viver com gente.”

Se a vida pessoal de Ricardo Pereira corre bem, a profissional não lhe fica atrás. O actor esteve alguns dias em Portugal para participar em mais uma iniciativa da Throttleman, marca com a qual trabalha há algum tempo. “Temos uma relação longa e gosto de ter relações assim com as marcas com as quais trabalho. Fico feliz por continuarem a apostar em mim.”

Do outro lado do Atlântico, Ricardo Pereira continua a somar sucessos. Depois de entrar para a história da representação, ao ser o primeiro estrangeiro a protagonizar uma novela e o primeiro a assinar um contrato de longa duração com a Globo, o actor prepara-se para ser protagonista pela terceira vez, agora, numa novela das sete, da autoria de Miguel Falabella. “Sinto-me muito feliz. É uma aposta muito grande da Globo em mim.” Além da novela, vão estrear durante este ano duas longas-metragens brasileiras onde participou.

Por fim, o sucesso internacional do filme Mistérios de Lisboa, no qual participou, tem-lhe aberto algumas portas. “Tive convites de cinema francês e de um agente dos Estados Unidos da América”, avança. Como tal, não sabe como e onde será o seu futuro. “Não sei se no próximo ano estarei no Brasil, nos EUA ou em Espanha. Tenho 31 anos e muito para conquistar. Espero que uma criança que ainda não nasceu partilhe do mesmo sentimento que eu. Isso torna-nos maiores”, conclui.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Bruno Peres;  

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