Um dos mais conhecidos comunicadores da área do social continua polémico como só ele sabe… e gosta. Cláudio Ramos volta a inovar no seu Jornal Rosa, um formato que vai para o ar durante o programa de Júlia Pinheiro, Querida Júlia, na SIC, e foi esse o mote para um início de conversa entre as típicas ruelas do bairro lisboeta de Alfama. Uma conversa que se desenrolou também para outros rumos, sempre com a frontalidade característica do homem que um dia trocou Vila Boím, em Elvas, por Lisboa.
VIP – Como é que tem acompanhado todas estas transferências nas televisões?
Cláudio Ramos – São movimentos que estavam destinados a acontecer mais cedo ou mais tarde. Só provam que nada é para sempre e ninguém é insubstituível. Prova ainda que os profissionais têm de ser acarinhados mesmo quando têm um contrato de exclusividade com a estação onde estão.
O Cláudio tem estado imune a todas estas mudanças…
Pois, vão sendo as mudanças a passar por mim. Não é por acaso que estive por todas as direcções de programas da SIC dos últimos anos. Saí do Emídio Rangel para o Manuel da Fonseca, deste para o Penim, depois para o Nuno Santos e agora para Luís Marques. E passei por todos sempre a mostrar trabalho.
Este seu Jornal Rosa é mais um formato relativamente inovador no mundo do social…
É um telejornal como outro qualquer, com genérico, pivô e tudo o mais inerente a este registo. É como se a Júlia (Pinheiro) fosse a Clara de Sousa e eu o Miguel Sousa Tavares. Falamos das crises existenciais da Isabel Figueira e dos problemas da Elsa Raposo com a mesma sobriedade e seriedade com que os outros noticiários falam do sismo no Japão.
Alentejo dos meus amores
Durante a realização desta sessão fotográfica, meia Alfama meteu-se consigo. Gosta desta urbanidade tão diferente do seu Alentejo?
Nem por isso. Lisboa, para mim, é apenas uma passagem. Tem pouco a ver comigo. Gosto mesmo muito do Alentejo, de poder dizer bom-dia a toda a gente, de andar à vontade. É lá que está a minha família, os amigos que conheço desde pequeno. Vamos ao café à noite…
Não acredito que não seja apreciador desta movida lisboeta…
Ao contrário do que as pessoas pensam, não sou muito de sair. É óbvio que gosto de ir ao Bairro Alto, ao Frágil, aos jantares com os amigos. Mas tenho feito cada vez menos. Aqui, tudo é mais cansativo. É o trânsito, é o trabalho, são as pessoas que me encontram na rua… No Alentejo não é assim e é por isso que fujo para lá sempre que posso. Às vezes vou num dia e regresso no mesmo, pela noite…
E há a sua filha, Leonor, que já tem seis anos…
Pois, vive no Alentejo, e já começa a sentir mais a minha falta. Já começa a perguntar porque não estou lá com ela todos os dias. Eu próprio gosto de lá ir, de estar com ela e viver uns dias diferentes daqueles que passo em Lisboa.
O pior é o trabalho. Há quem diga que é workaholic…
Não, sou é um bocadinho obcecado com o futuro. Preocupo-me e isso leva-me a trabalhar mais. Fazendo várias coisas ao mesmo tempo, não estou preso ao "chequezinho" ao final do mês que, porventura, poderá um dia não chegar. E depois quero poder fazer aquilo que me apetece. Para que isso aconteça, tens de poder dizer que "não" de quando em vez.
Nem todos os jovens que vêm para Lisboa à procura de um sonho o conseguem concretizar. Qual é o segredo?
Foi difícil. O segredo é fazer aquilo que eu fiz: batalhar muito! Mas sinto que consegui alcançar o sonho de trabalhar na televisão.
Há um reverso da medalha…
Sim, claro. Parece-me, por exemplo, que as pessoas têm um bocado de má vontade a meu respeito.
Mas gosta de ser reconhecido na rua?
Trabalho para as pessoas. É justo que me reconheçam na rua, que o meu nome seja conhecido. Mas convém não esquecer que leio muita coisa sobre mim que me aborrece bastante.
Fala-se muito sobre opções sexuais…
Pois… Mas eu não tenho nada para as-sumir e acho que ninguém tem de ter um letreiro na testa a dizer com quem dorme. As figuras públicas têm de dar o exemplo ao não fazerem coisas que podem chocar quem os segue, sobretudo os mais jovens. Mais do que assumir ou não, é a conduta que está em questão. Não se pode apelar a que as pessoas não fumem e depois andar pela rua a fumar.
Mas gosta da ambiguidade que a "figura" Cláudio Ramos suscita?
Gosto dessa incerteza… Gosto de jogar com o que as pessoas pensam que sabem sobre mim… Mas tento sempre agradar a toda a gente. Já o que se passa dentro da minha casa, é um problema meu.
Mas há sempre os rumores…
Lido com isso muito bem desde há muito tempo. É-me completamente indiferente… As pessoas vão sempre acreditar naquilo que querem. Se amanhã apanhassem um filme pornográfico caseiro meu, com 20 mulheres bonitas, iriam sempre pensar que era ficção… Mas confesso que gosto que não se saiba qual é a verdade e de jogar com isso…. E as pessoas andam muito longe da verdade… Mesmo muito. Se um dia soubessem, iam ficar boquiabertas.
Texto: Miguel Cardoso; Foto: Bruno Peres; Produção: Manuela Costa; Maquilhagem: Tita Costa, com produtos Maybelline e L'Oréal Professionel
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