A VIP encontrou-se com a vilã de Laços de Sangue no coração da cidade de Lisboa. Totalmente diferente do papel de Diana Silva, Joana Santos, contou-nos, surpreendida, que a sua personagem se “agiganta” a cada novo episódio que grava e começa por revelar o segredo na construção desta "má da fita". “Consigo encontrar sempre um fundamento para as maldades dela. Preciso de acreditar, porque me ajuda a construir o personagem. Tenho de perceber sempre os seus objectivos.”
Desde que ficou com este papel, os dias da jovem actriz, de 25 anos, passam invariavelmente por muitas horas a gravar, a ler textos para o dia seguinte e, quando consegue, gosta de assistir à novela para se ver. De um modo geral, o saldo é positivo, apenas com um senão. “Não gosto nada de me ver a chorar na televisão. Acho-me horrível, é muito estranho, mau! Mas quando vejo o personagem fazer mal às pessoas começo a rir-me para a televisão, porque é uma concretização”, diz, com um sorriso rasgado, garantindo que a família também já é fã: “A minha mãe está a adorar a novela, a minha avozinha já me perguntou se eu sou mesmo assim e o meu pai, por trabalhar fora, vê-me através da SIC Internacional sempre que pode. Estão todos muito orgulhosos.”
Igualmente fã é o namorado – com quem está há mais de um ano e que prefere manter anónimo –, que mesmo não sendo actor, entende o seu trabalho: “Apoia-me imenso. Vê as cenas de beijos e não se importa porque sabe que é a minha profissão e tem um orgulho enorme em mim.”
A viver a sua primeira protagonista, Joana diz orgulhosa que o seu percurso está a ser como sempre quis, “um degrau de cada vez”. “Comecei na agência Elite como modelo e no curso tínhamos expressão dramática e outras matérias ligadas à representação. A directora achou que eu tinha jeito para representar… agora, pensando bem, acho que isso era algo recalcado em mim, porque quis ser mil e uma coisas… arquitecta, arqueóloga, astronauta”, disse, recordando o primeiro casting que lhe marcaram: “Armada em rebelde não fui e ficaram muito chateados comigo.” Ainda assim, a segunda oportunidade surgiu e valeu-lhe o seu primeiro trabalho como actriz, em Fala-me de Amor, na TVI. “Depois disso percebi que é isto que quero fazer”, diz, com um sorriso genuíno. Seguiram-se Rebelde Way, Um Lugar Para Viver e dois filmes, que ainda não estrearam.
Falta-lhe fazer teatro. “Deus queira que seja o que venha a seguir, mas acho que ainda me faltam bases… tenho uma admiração enorme pelas pessoas que estão em palco e uma grande adrenalina por querer estar ali, mas ter medo.”
Apesar das cenas íntimas e dos beijos técnicos trocados em trabalho – “para mim um beijo técnico é um beijo sem sentimento”, – Joana tenta não pensar demasiado na exposição do corpo. A prova disso surge quando lhe perguntamos se faria um nu integral. Instintivamente cora. “Acho que não é o momento ideal para fazer cenas dessas”, diz envergonhada, revelando que as cenas mais íntimas ainda a deixam um pouco nervosa. O truque é “tentar não pensar muito nisso”.
Texto: Carla Simone Costa; Fotos: Elite Lisbon
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