Esta quadra natalícia, Martim, de dois anos, teve uma surpresa especial. O pai, Francisco Vidal,
de 39 anos, proprietário da XCult Surfboard, vestiu-se de Pai Natal. "Ele é muito observador e tenho de ter cuidado com os sapatos que vou usar porque ele ‘topa’ tudo", dizia antes da surpresa. A actriz Cristina Homem de Mello, de 45 anos, não podia estar mais entusiasmada por ter passado o Natal com o filho já mais crescido, pois pôde partilhar com ele novas experiências e a magia da quadra em família.
VIP – Como é vivido o vosso Natal?
Cristina Homem de Mello – É muito tradicional, apesar de hoje em dia as famílias já serem menos tradicionais. Há mais pais divorciados e o conceito de família alargou-se um bocadinho. Normalmente os Natais são uma maratona para podermos estar juntos com todas as pessoas, que começa 24 à noite e termina 25 à noite. Digo isto mais por causa da Carolina, mas também porque a minha família alargou-se com os meus sogros e a família do meu marido.
O Martim já está mais crescido. Estavam expectantes para ver como é que ele ia viver a quadra?
Francisco Vidal – Acho que este ano é que o Martim gozou mesmo o Natal connosco. No fundo, o que fazemos é muito direccionado para os nossos filhos, eles é que gozam os presentes. Nós gozamos o dar, vê-los a abrirem e gostarem. Este foi o segundo Natal dele, porque nasceu em Fevereiro.
O que mudou no vosso Natal com a chegada do Martim? Ficou ainda mais especial do que já era?
CHM – Eu acho que o Natal cada vez mais tem de ser vivido como um símbolo da nossa maneira de estar na vida. Cada vez mais estamos em família e o Martim veio trazer isso. Procuramos os programas com os primos para ele poder crescer com eles e perceber que não existem só os pais e que o afecto não vem só dos pais e da irmã, mas vem também dos avós, dos primos e dos tios. Nesse sentido, o Natal é um símbolo daquilo que eu quero para a minha vida.
Mas o ano passado foi o primeiro Natal com o Martim. Foi uma enorme felicidade ter passado o primeiro Natal com ele?
CHM – Se calhar sou pouco ‘romântica’ nesse género de coisas. Mas para mim foi uma canseira (risos) porque ele ainda era pequenino e os outros pisavam-no. Ele sempre foi uma criança activa e queria acompanhar os primos e não conseguia. Depois, tinha de adormecê-lo, senão não conseguia jantar… A partir deste ano, como ele já tem outra independência, vou conseguir realmente viver o Natal com ele, a euforia dele a abrir os presentes e a paródia do Pai Natal.
E quem é que se vestiu de Pai Natal? O Francisco?
FV – Eu.
E como é que ele reagiu?
FV – Ele é muito observador e tive de ter cuidado com os sapatos porque ele ‘topa’ tudo. Foi a minha estreia com o Martim, mas já tinha feito com a Carolina, quando ela era pequenina. Tem de ser, faz parte e um dia mais tarde ele vai lembrar-se.
Na educação diária, que valores procuram transmitir ao Martim?
CHM – Perceber o que é ser generoso e o sentido de responsabilidade, desde que não sejam regras complicadíssimas. Ele está na escola desde pequenino e sabe que tem de cumprir certas regras para poder ir brincar depois. Sabe que há regras para almoçar e que tem de usar os talheres, por exemplo. Mas sobretudo é ser generoso e estar atento aos outros, saber que o mundo não gira só à sua volta, mas de todos e que nós não vivemos sozinhos.
No caso do Francisco, que tem dois filhos, o que procura transmitir a ambos?
FV – A Carolina é uma miúda muito equilibrada e boazinha. No fundo eu transmito o que é viver em comunidade, porque saber viver bem em comunidade é saber partilhar e ajudar. Eles têm noção disso, porque eu e a Cristina somos assim.
CHM – Há outra coisa que o Francisco transmite e que eu acho muito útil, que é um estilo de vida saudável. O Francisco é uma pessoa ligada ao surf e isso é importante, porque faz parte do equilíbrio interior. Uma pessoa ligada à Natureza, aos animais e às pessoas, é uma pessoa mais atenta aos outros, muito mais generosa e menos centrada nela própria. A ligação ao mar para mim é essencial e desde pequenino que eu fomento isso, que seja um programa pai e filho. Eu vou para a praia com ele e brincamos com os baldinhos, as conchinhas e a areia, mas o mar é a ligação que o pai tem de ter com o filho. E eu quero que o Martim tenha essa ligação com o mar, com o desporto, com uma vida saudável e que se reflecte numa mente muito saudável. Porque eu sei que se o Francisco tem algum problema vai para o mar às sete da manhã e o problema resolve-se.
O Martim veio complementar a felicidade do vosso casamento. O que sentem que ele veio mudar na vossa vida?
FV – Um compromisso ainda maior. Nós começámos a nossa relação como muito amigos, acabou em namoro, depois em casamento e agora com um filho. Estamos juntos há cinco anos.
CHM – Mas é isso mesmo, é um compromisso para a vida. O Martim fez-me uma pessoa muito menos egoísta, apesar de ainda ser a minha característica que eu acho mais difícil de lidar. Tenho tão pouco tempo para mim que quando o tenho preservo-o egoísticamente.
A Cristina foi mãe aos 42 anos. Acha que a maturidade que se tem com essa idade fê-la viver com mais intensidade a maternidade?
CHM – Não faço a mais pequena ideia porque não tinha qualquer experiência. Juro que não sei. Para mim foi muito bom, mas não sei se tem mais-valias. Sei que tem algumas dificuldades acrescidas, porque temos menos capacidade de resposta e energia, as noites mal dormidas são muito mais difíceis de recuperar. É realmente mais difícil.
Como é o Martim enquanto criança?
CHM – É meigo, ternurento, mas também é muito rapaz. Irrequieto, desconcentrado e um pouco bruto.
O que é que ele tem de si?
CHM – Ele tem a personalidade dele, como é óbvio. Mas tem o sentido de humor e é gozão como o pai, definitivamente. Talvez tenha herdado de mim o falar bem. É bem articulado nas palavras. Espero que ele herde o gosto do pai pelo desporto e o gosto da mãe pela leitura.
Pensam dar um irmão ao Martim?
FV – Só adoptado e com 27 anos, que já trabalhe e ajude para casa (risos).
CHM – Não. Nem adoptado, nem meu natural. Já somos quatro, é um trabalho a tempo inteiro.
E ele não pede?
CHM – Ele por acaso há dias pediu.
FV – Pediu o quê?
CHM – Um irmão. Estávamos na varanda a ver o parque infantil e ele disse: "Quero ir brincar para o parque infantil com o meu mano." E eu, "eh lá"… Disse-lhe logo: "Os primos!"
O Francisco é da mesma opinião? Acha que a família está completa?
FV – Acho que está óptima. Se fôssemos mais novos com certeza teríamos mais, mas assim está tudo equilibrado e a Cristina agora já está a conseguir "respirar".
CHM – E eu gosto muito de namorar com o meu marido e tem de haver tempo para isso, não pode ser só aos domingos ao final da tarde. Vamos arranjando tempo para nós. Faz parte dos conceitos úteis de se ter uma família.
Voltando ao Natal. O que é que o Martim pediu de presente?
FV – Não pediu nada.
CHM – Não pediu nada? Isso é porque tu não sabes. A minha mãe apareceu com um catálogo de uma loja de brinquedos e disse: "Escolhe Martim que é para dizermos ao Pai Natal." E ele escolheu a revista toda.
Preocuparam-se com a escolha dos presentes para lhe oferecerem?
CHM – Não nos preocupámos com isso. Nesta altura, recebem tantas coisas e eu ofereço-lhe coisas todos os dias. Compro-lhe vários livros para ler histórias, mas depois são os Gormitis, Bakugans… prefiro ir dando à medida que sinto que ele já se aborreceu dos três puzzles que tem ou do jogo da memória, e então compro-lhe um jogo novo.
Qual foi o vosso principal desejo para o sapatinho?
CHM – Saúde e que a minha família se mantenha em saúde e bem-disposta.
FV – Saúde, boa disposição, poucos problemas apesar da crise e muito trabalho, que graças a Deus temos tido bastante. Que as pessoas se liguem mais umas às outras porque os problemas resolvem-se por si próprios.
Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Paulo lopes; Produção: Nucha e Zita Lopes; Maquilhagem e cabelo: Tita Costa, com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel
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