Sandy cresceu e está diferente da menina que cantava ao lado do irmão Júnior. Aos 27 anos, a brasileira estreia-se a solo com o disco Manuscrito. À VIP falou sobre a carreira, o casamento com Lucas Lima e a vontade de ser mãe.
VIP – O que podem esperar deste CD as pessoas que estavam habituadas a vê-la cantar ao lado do seu irmão?
Sandy – Um trabalho diferente do que era feito com o meu irmão. Será mais alternativo e menos pop. As letras e melodias são mais reflexivas e com uma certa dose de melancolia.
O Júnior teve uma grande participação no seu álbum. Era complicado cortar totalmente com a relação profissional?
É muito bom trabalhar com ele (risos). Nós conhecemo-nos muito bem, tanto no campo pessoal como no profissional. O Júnior e o meu marido dividem a produção musical do meu disco.
É fácil separar as relações profissionais das pessoais?
Não é muito fácil porque somos seres humanos e não conseguimos ser muito racionais. Tento separar as coisas, mas acabo por levar o trabalho para casa. Às vezes, quando existem opiniões contrárias, acabamos por nos chatear. Por outro lado, é muito bom trabalhar com alguém que amamos. Compor músicas com o meu marido é algo que não tem preço, é bom demais.
Usa a palavra "liberdade" para definir este trabalho. Faltou-lhe essa condição nos trabalhos anteriores?
A partir do momento em que decidi fazer um trabalho a solo, percebi que essa liberdade era fundamental para me expressar enquanto artista. Se tivesse existido influência da editora, ou de outras pessoas, não teria feito um trabalho tão verdadeiro, intimista e introspectivo.
Sentiu-se pressionada pelo que as pessoas podiam esperar de si por causa da imagem criada ao longo dos anos?
Senti que existia uma enorme expectativa, mas procurei não me preocupar com isso para não perder espontaneidade. Até ao momento, vejo que as pessoas estão a identificar-se com o trabalho, superando as minhas expectativas. Estou feliz.
Este disco tem um pouco de rock. Isto significa uma Sandy mais rebelde em palco?
Acho que uma coisa não está relacionada com a outra. A música que faço não pede isso. Se eu quisesse poderia sê-lo, mas não é a minha escolha.
A rebeldia na atitude e as roupas provocantes são uma forma fácil de atingir o sucesso e ganhar muito dinheiro?
Acho que sim. Quando se junta a sensualidade ao trabalho acaba por se atrair a atenção do público e mexer com o imaginário dos homens e das mulheres, que sonham ser iguais à artista. Não gosto de usar esses artifícios e faço questão de chamar a atenção com a música e não com o resto. Mesmo assim, costumo estar nos tops das mulheres mais sexy (risos). Não provoquei esta situação, mas acho óptimo, pois sou mulher e o meu ego é "massajado".
Tem recebido muitos convites para posar nua…
Não me incomoda ser convidada, mas continuo a dizer não. Sinto-me lisonjeada e é bom saber que gostavam de me ver nas revistas. Não é algo que faria porque o meu corpo é para mim e para mostrar a quem quiser, que neste caso é o meu marido. Não quero dividir isso com o Brasil inteiro.
Aos 27 anos já conta com mais de duas décadas de carreira. Nesta fase, o sucesso já não é o mais importante?
Realmente, nesta fase o sucesso não é o que mais me preocupa. Já enchi muitos estádios e vendi milhões de discos com o meu irmão. Falo com muito orgulho sobre o meu passado e fico feliz pelo que consegui, mas, neste momento, quero divertir–me a fazer música e, quem sabe, passar uma mensagem positiva para o meu público.
No dia 12 celebrou dois anos de casada. Que balanço faz desta nova fase da sua vida?
Ser casada é bem "gostoso"! Os primeiros três meses corresponderam a uma fase de adaptação, em que me habituei à vida de casada e a ter de dividir tudo com outra pessoa. Foram dois anos muito felizes e o tempo passou muito depressa.
Já pensa no primeiro filho?
Ainda não. Sou muito apaixonada pela maternidade e sonho ser mãe, mas acho que ainda vou esperar mais três anos. Gostava de trabalhar mais e lançar um novo disco antes de ser mãe.
O casamento mudou-a enquanto artista?
Como cantora acho que não mudei. Como compositora, sim. Passo para as músicas as minhas experiências, vivências e sentimentos. Aprendemos muita coisa estando casados e isso nota-se na minha faceta de compositora.
Anda em digressão desde os sete anos. Não sentiu falta de uma infância normal?
Não podemos sentir falta daquilo que não tivemos. Antes de começar a cantar já era filha de um homem famoso. Nunca tive muita privacidade nem liberdade durante a minha infância. Mesmo assim, os meus pais preocuparam-se para que não faltasse nada daquilo que é essencial na vida de uma criança.
Apesar dos 27 anos continua a ser vista como uma menina. Será sempre assim?
Não sei (risos). Depois do casamento essa imagem mudou um pouco e acho que ainda vai mudar mais quando for mãe.
Já está planeado algum concerto em Portugal?
Ainda não está nada previsto. Gostava muito de fazer um concerto em Portugal porque a única experiência que tive, fora dos programas de TV, foi um show na Fnac. A polícia não me deixou acabar porque estava muita gente na loja. Fiquei um pouco frustrada.
Texto: Bruno Seruca; Fotos: DR
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