Avida pessoal e sentimental é algo que Helena Coelho, de 28 anos, preserva ao máximo. A apresentadora e manequim só abre uma excepção quando o tema é Mariana, a sua filha de oito anos. Indiferente aos boatos amorosos que vão surgindo, Helena Coelho revela que “o que flui com naturalidade é mais verdadeiro”.
VIP – Como correu a sessão fotográfica do catálogo que fez para a Throttleman?
Helena Coelho – Muito bem. É uma marca com a qual me identifico. Sinto-me confortável a trabalhar com eles.
Recusa um trabalho com uma marca com a qual não se identifique?
Sim, sem dúvida. Quando me entrego tenho de me identificar com o produto. Tenho de acreditar nessa marca e sentir-me confortável. Aí entrego-me de corpo e alma.
Foi bom trabalhar com o Ricardo Pereira?
Conheço o Ricardo desde os 15 anos. Já trabalhámos muitas vezes juntos. Não foi uma novidade e funcionamos muito bem um com o outro. Temos uma sintonia profissional muito boa.
Sente-se uma mulher bonita quando olha para as fotos?
Pode parecer antagónico, mas não dou grande importância à minha imagem. Tudo bem que vendo produtos com a minha imagem, mas acaba por ser, de certa forma, uma ferramenta de trabalho. Quando olho, vejo a minha imagem (risos).
E como é que a sua filha reage quando vê fotografias da mãe na rua?
Não liga nada (risos). Felizmente, não liga nenhuma.
Foi sempre assim?
Eu já trabalhava há cinco anos quando a Mariana nasceu. Foi algo que sempre esteve presente na vida dela
e acaba por ser um trabalho como outro qualquer de outra mãe.
Também faz campanhas em lingerie. A reacção
é igual?
Ela olha de forma natural.
Relação com a filha
O facto de ter sido mãe aos 20 anos influenciou a sua carreira?
Quando temos um filho não pensamos naquilo que poderíamos ter feito. O amor é tão grande, que tudo o que sejam condicionalismos inerentes ao facto de ser mãe deixam de o ser. Não sou um todo sem a minha filha. Como tal, não penso nisso.
Ter muitos trabalhos permite-lhe ser a mãe que sempre sonhou?
Acho que não seria boa mãe se não quisesse ser sempre melhor. Tenho uma relação muito boa com a Mariana. Ser mãe é algo que flui naturalmente. Tenho a sorte de ter uma filha como ela.
Não tem falta de tempo?
Não. Apesar de ter semanas de grande intensidade, tenho sempre dias para ela.
Faz questão que seja assim?
Sim, sem dúvida.
A Mariana não lhe pede para trabalhar menos?
Não (risos). Ela não se queixa disso porque temos muito tempo para nós. Nas férias nunca vai para o colégio porque tento que coincida com alturas em que tenho pouco trabalho.
É o tipo de mãe que faz os trabalhos da escola com a filha?
Ela tem apoio escolar no colégio. Existe uma sala de estudo onde são feitos os trabalhos de casa. Gosto que ela chegue a casa e que não tenha nada para fazer. Quero que só tenha tempo para brincar e ser criança.
Isso é muito importante?
Sim. Precisa de brincar e de se sujar. Quero educá-la dessa forma. O mesmo se aplica à sua vida profissional. Quero que ela não seja o trabalho, ou seja, que o trabalho termine assim que abandone o local de trabalho, que é o que eu faço.
Sucedeu à Cláudia Vieira em duas campanhas seguidas. Colocando-se no lugar de quem vos contrata, acha que são parecidas?
Não. Fisicamente somos muito diferentes e temos personalidades distintas. A Cláudia é uma pessoa muito querida e é óptima profissional. Sucedê-la é muito bom.
Mais filhos, mas não para já
Tal como aconteceu à Cláudia Vieira, poderá ser substituída numa campanha por estar grávida?
(Risos) Infelizmente não. Gostava imenso de ter outro filho, mas não faz parte dos meus projectos, para já.
Costuma fazer muitos planos?
Não. As coisas acontecem quando têm de acontecer. Não costumo fazer futurologia nem planifico demasiado a minha vida. Não projecto voos demasiado altos. O que costumo fazer é aceitar as coisas que aparecem de forma responsável e de peito aberto.
Na vida sentimental funciona da mesma forma?
Seja nas relações amorosas ou de amizade o que flui com naturalidade é sempre mais verdadeiro.
Nos últimos tempos voltou a fazer muitos trabalhos em moda. Sente-se dividida entre a moda e a televisão?
Não. São coisas distintas. A televisão tem uma exposição maior e talvez por isso seja mais requisitada pelas marcas.
O que gostava de fazer em televisão?
Sinto-me preparada para tudo o que a RTP tenha para me propor. Já fiz coisas muito distintas como as corridas de touros e o Destinos.pt. Sinto-me preparada para tudo o que há na área do entretenimento.
Costuma aguardar por propostas da RTP ou também sugere ideias?
Já aconteceu. Mas quando me entrego a um projecto tento sempre moldá-lo e pôr–lhe um pouco da minha personalidade.
Aplica-se o mesmo na moda. Há pouco falava dos projectos com os quais se identificava.
Tenho de acreditar no que faço. Por exemplo, jamais conseguiria apresentar as corridas de touros se não fosse aficionada.
Apresentar as corridas de touros nunca lhe trouxe problemas com alguém antitouradas?
Por acaso não. Há pessoas que me dizem que não imaginavam que fosse aficionada.
Vida sentimental guardada a sete chaves
Manequim e apresentadora. Há algum talento que tenha e que não seja público?
(Risos) Tenho alguns refúgios com os quais me tento nutrir enquanto pessoa.
Esses refúgios vão ser sempre secretos?
Sim (risos).
Apesar de não fazer planos, há algo que gostasse de realizar, por exemplo profissionalmente?
Estou muito contente com o meu trabalho. Tenho sorte por fazer aquilo de que gosto. Mesmo assim, vejo-me daqui a alguns anos a dedicar-me a outra paixão que tenho, mas que não vou revelar (risos).
Porquê?
Tenho algum pudor em falar sobre isso.
E sonhos pessoais?
Muito pudor (risos).
A parte chata de ser uma figura pública é quererem saber com quem namora?
Sim, isso é chato (risos). Percebo o trabalho dos jornalistas, mas se perder o controlo da minha privacidade sinto-me muito incomodada.
Como é que reage quando vê uma relação exposta?
É algo que me incomoda (risos). É algo pessoal e muito intímo para ser partilhado.
Texto: Bruno Seruca; Fotos: Rui Costa
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