Para trás ficou uma vida independente. Actualmente, Sofia Jardim é mãe de uma menina de dez meses, Leonor, fruto da relação que vive ao lado de Domingos Amaral, jornalista, de 42 anos. Uma mudança com a qual a relações públicas se sente muito bem. "Acho que esta vida chegou na altura certa, porque se tivesse chegado antes se calhar não estava preparada." Sofia e Domingos são o espelho de uma família feliz ao lado da bebé e dos dois filhos do jornalista, Carolina e Duarte, de 11 e oito anos, fruto de uma relação anterior. Falámos com eles durante um fim-se-semana no Algarve passado em família.
VIP – Costumam viajar muitas vezes juntos?
Domingos Amaral – Já fizemos duas ou três viagens juntos, mas também costumamos ir só os dois. É importante haver um compromisso entre as duas coisas. É bom ter estes fins-de-semana com os filhos, mas também só nos os dois para podermos namorar um bocadinho.
Isso é fundamental na vossa relação?
Sofia Jardim – Tem de ser. A família e as crianças são muito absorventes e temos dois cães, por isso, é uma logística muito intensa. Se não arranjarmos tempo para nós os dois não dá. Há que alimentar o lado amoroso da relação.
A Leonor ainda só tem dez meses e acompanha-vos nas vossas jornadas. Preferem ter a companhia dela?
SJ – Prefiro muito mais que ela venha connosco. Agora estou a trabalhar e o Domingos também e todo o tempo que podemos passar com ela é sempre bom. Não temos muito tempo durante a semana e aproveitamos o fim-de-semana para estar com ela. E esta é uma altura em que evolui tão depressa que é giro acompanhar todas as novidades que ela faz.
E quais são as mais recentes novidades dela?
SJ – Diz adeus e começa a falar. Eu estou sempre a dizer que ela diz "mãe", mas estou na dúvida.
DA – Já nasceram três dentinhos. A partir do sexto e sétimo mês eles começam a ficar mais comunicativos e interactivos e isso é giro de assistir.
O que mudou nas vossas vidas com a chegada da Leonor?
SJ – A minha vida era completamente diferente. Vivia sozinha com a minha cadelinha, portanto, a gestão toda da minha vida mudou um bocadinho e acho que uma pessoa dá prioridade a coisas que antes não dava. Hoje prefiro muito mais ir a correr para casa para ir ter com ela do que fazer outros programas a que estava habituada.
Não sente saudades da vida mais independente?
SJ – Tem momentos. Foram muitos anos que vivi sozinha e habituada à minha independência, fui mãe muito tarde. Mas acho que esta vida chegou na altura certa, porque se tivesse chegado antes se calhar não estava preparada. Agora sinto-me preparada para ter uma vida destas, com duas crianças "emprestadas", mais um bebé e dois cães. Diverti-me tanto, tive uma vida tão preenchida, que para mim faz sentido nesta altura ter a vida que tenho.
E a experiência de ser mãe preenche-a? É costume dizer-se que as mulheres sentem-se mais completas.
SJ – Completas é a palavra certa. Eu acho que fui mãe na altura certa e sinto-me mesmo completa. Ela é um "acrescento" de mim.
O que é que a assustou mais quando se viu com um bebé?
SJ – Não me assustei muito porque tinha o Domingos. Ele já foi pai, sabia todos os meus medos e sabia resolvê-los. Qualquer dúvida que eu tinha ele ajudava-me.
Em que é que o Domingos a ajudou?
DA – Quando uma pessoa tem um filho pela primeira vez é tudo novo. É uma responsabilidade enorme perante um ser pequenino que está totalmente dependente de nós. Por mais que uma mulher tenha instinto maternal, não nascem ensinadas. Além de que passaram por uma fase muito exigente fisicamente que é a gravidez e depois o nascimento, estando por isso fragilizadas. Estão fisicamente e psicologicamente cansadas. É importante a outra pessoa saber ajudar e desdramatizar, dar sugestões para que a aprendizagem do que é ser mãe e lidar todos os dias com uma criança se faça com mais à vontade e sem essas angústias e dramas.
Para si também foi um recordar…
DA – Sim, eu já tinha tido a Carolina e o Duarte e o facto de já ter tido essa experiência facilita muito. Já se sabe quais são as coisas mais e menos difíceis, quais são as estratégias que às vezes é preciso ter. Às vezes dizia à Sofia que ao fim de cinco a seis meses era importante termos uma semana só para nós dois sozinhos, porque de facto as pessoas ficam muito cansadas e fragilizadas. Estivemos uma semana no Brasil, o que foi óptimo para os dois e fez muito bem à Sofia.
Já conseguiram recuperar as vossas rotinas? Pelo menos deixar de acordar durante a noite…
SJ – O próprio corpo adapta-se a isso e aquelas noites seguidas já não existem.
DA – Ela ainda acorda durante a noite de quatro em quatro horas, mas devagarinho… Para todos os efeitos, desde Outubro que a Sofia voltou a trabalhar e esta é uma fase difícil.
SJ – É complicado. Não durmo bem, não descanso e tenho de ir trabalhar. Não posso ficar na cama até às 11 da manhã. Esta fase custa um bocado fisicamente. À noite quando chego a casa não posso descansar porque é quando ela quer estar acordada e brincar com os pais. Mas agora já começámos a conseguir sair à noite quando gostamos. Acho que também é importante continuarmos a fazer as coisas que gostamos e o bebé não tem de ser um problema. Com certeza que a prioridade mudou e agora apetece-nos menos fazer tantos programas.
A Leonor tem mais dois irmãos. Eles são muito protectores com ela?
DA – São, ajudam imenso e gostam muito de estar com ela. Têm uma boa ligação entre eles, ajudam, brincam e puxam por ela. Sentimos que se dão todos bem.
SJ – Ela própria reconhece-os e ri-se quando eles chegam. Vê-se que ela gosta deles.
Ela veio reforçar ainda mais o vosso amor?
DA – Claro que vem. Nós já tínhamos uma boa relação um com o outro e de repente há aqui um novo ser que nos tem dado muitas alegrias
Depois da Leonor, agora gostavam de ter um menino?
SJ – Rapariga ou rapaz tanto faz, mas agora já apetece ter outro. Não é já. Eu sempre disse que ia ter só um filho, mas depois desta experiência até tinha mais do que um.
Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Jorge Fernandes; Agradecimentos: Grande Real Santa Eulália Resort & Hotel Spa
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