A paixão nasceu durante um desfile de moda em Coimbra. Desde então, Débora Montenegro e Ricardo Guedes, de 24 e 30 anos respectivamente, vivem um intenso namoro, com muito romantismo à mistura. Débora mantém uma relação saudável com Tiago, de cinco anos, filho de Ricardo, mas não pensam, para já, ter um filho em comum.
VIP – Esta é uma curta visita ao Algarve. O que é que vos trouxe até cá?
Ricardo Guedes – Foi a paixão por conduzir carros clássicos e o querer experimentar que nos trouxe a Vilamoura. Já tinha conduzido um Mustang de 1973 e de 77. É uma forma diferente de conduzir, mas ao mesmo tempo há um certo glamour.
Débora Montenegro – Também gosto muito de carros, mas, acima de tudo, tinha curiosidade em saber como é um carro antigo e adorei.
Para além da paixão em comum pelo desporto motorizado, que outras paixões partilham?
DM – Ao longo do tempo de namoro temos vindo a descobrir mais coisas. Tenho uma paixão desde pequenina por aviões e há pouco tempo descobri que ambos partilhamos esse gosto. Há muita coisa que temos em comum a nível do desporto e de adrenalina.
Para quando umas férias a dois?
RG – Todos os dias são umas férias a dois. Estivemos há pouco tempo no Brasil, que ela já conhece desde os 12 anos e eu não. Mas vamos fazendo férias sempre que temos tempo e oportunidade.
Sentem necessidade de ter momentos românticos?
RG – Temos uma média muito boa de momentos íntimos e românticos. Se continuarmos assim vamos ter sempre romantismo na nossa relação.
Qual dos dois é mais dado a pequenas demonstrações?
RG – É à vez.
DM – O Ricardo é um bocadinho mais. Eu sou mais tímida e envergonhada.
A relação entre a Débora e o seu filho Tiago parece ser bastante positiva. Isso deixa-o satisfeito?
RG – Sempre, porque o Tiago é a pessoa mais importante na minha vida. Se o Tiago e a Débora se dão bem, eu também me sinto bem por estarmos os três juntos.
Débora, como é a sua relação com o Tiago? Muita brincadeira?
DM – É. Principalmente quando é para desafiar o pai a fazer alguma coisa. “Vamos fazer cócegas ao pai?” É sempre com muita brincadeira. O Tiago é uma criança supereducada e muito fácil de estar, e é sempre bom estar com ele.
Pensam ter um filho?
RG – É sempre uma coisa natural de acontecer. Pensa-se sempre nas coisas boas em comum e claro que isso também passa sempre pela cabeça.
E a Débora pensa ser mãe um dia mais tarde?
DM – Sim. Para já quero aproveitar enquanto ainda posso trabalhar, porque depois de ter um filho as coisas mudam. Vai ter de ser uma decisão muito bem tomada. Tenho imensa vontade de ser mãe.
Moram juntos há pelo menos meio ano, mas há outras formas de oficialização…
DM – Nós também não nos importamos de ter uma festa. Eu acho que essas coisas acabam por ser naturais numa relação. Vamos ver. Tudo pode acontecer.
E o Ricardo também não descarta a possibilidade de casar?
RG – São situações que acontecem naturalmente nas relações. As pessoas gostam uma da outra, querem estar juntas, se quiserem oficializar e casar, casam, se não o precisam de fazer, não o fazem porque continuam bem. Se um dia nos der para casar é de um dia para o outro, que eu sei como é que nós somos.
DM – Tinha de ser, porque essas coisas demasiado pensadas acho que acabam sempre por não dar certo.
RG – Depois é muita expectativa…
DM – Tem de ser uma coisa de vontade, de aproveitar o momento e de saber o que queremos.
Sentem que se complementam um ao outro em vários aspectos da vossa vida?
RG – Sim e se calhar é por isso que a relação funciona, porque um complementa o outro. Acima de tudo, é a empatia do dia-a-dia e a alegria de estarmos juntos, porque não é fácil estar sempre junto, principalmente na nossa profissão em que não se trabalha de segunda a sexta-feira e temos muito tempo de lazer para aproveitar. E uma coisa que eu gosto na Débora é que ela sabe aproveitar a vida e adoro as ideias que ela tem, porque ela sabe que eu nunca digo que não.
E como está a vossa carreira no mundo da moda?
DM – Mudei de agência há pouco tempo, estou na Central, onde comecei. Antes estava na Elite. Agora estamos os dois na mesma agência.
Já tiveram a oportunidade de desfilarem juntos?
DM – Já, foi aí que nos conhecemos.
RG – Ultimamente, pelo facto de sermos um casal, temos vindo a trabalhar cada vez mais juntos. Vamos os dois para o trabalho e voltamos os dois para casa.
DM – É bom ter o apoio um do outro em trabalho, acabamos por estar mais à vontade.
Portanto, de cada vez que desfilam recordam o momento em que se conheceram. Onde foi?
DM – Sim. Foi em Coimbra, em Setembro do ano passado. Era o desfile do Fórum Coimbra e foi lá que nos vimos pela primeira vez.
E a sua carreira como manequim em termos internacionais como ficou, Ricardo? Um pouco de lado?
RG – Eu estive muito tempo no estrangeiro. Estive a viver em Londres até Julho do ano passado. Depois até Outubro não estive muito tempo fora, mas por opção própria, não foi por falta de trabalho. Sinto que a qualquer altura posso sempre voltar, pois foram 12 anos. Mas optei por estar mais tempo com o Tiago, acabei por me apaixonar e quis estar em Portugal.
Agora com a Débora e com um filho prefere ficar cá a tempo inteiro?
RG – Eu sei que ao ficar em Paris um mês tenho mais oportunidade de trabalhar, mas também perco situações da infância do Tiago e de estar com a Débora. Não vale a pena estar lá fora um mês. Débora Montenegro e Ricardo Guedes deram um romântico passeio de carro ao volante de um MGB 1967, no Algarve Classic Cars 200 Então reduzi o tempo para uma semana. Posso chegar e fazer o mesmo que fazia num mês. Tem é de ser mais intenso. Por vezes não compensa estar só a ganhar dinheiro. É importante estar com a família, estar com o meu filho e saber que, a qualquer altura, também posso voltar.
E posar para a Playboy. Como foi a experiência?
DM – Encarei o trabalho com naturalidade, porque trabalho em moda há muito tempo. Foi uma honra sermos o primeiro casal, em 55 anos de Playboy. Eu já conhecia a equipa de trabalho e por isso senti-me à vontade. Hoje em dia, os trabalhos de moda em que a matéria é a nudez são uma coisa banal. Identifico-me com o trabalho. Aquela é a Débora, no íntimo, com o Ricardo. Aquela sou eu. Tenho recebido muitos telefonemas e mensagens a darem-me os parabéns.
Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Carlos Tavares
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